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Inadimplência e juro bancário recuam em junho, diz Banco Central
Publicado em 28/07/2016 , por EDUARDO CUCOLO
A taxa média de inadimplência de empresas e consumidores recuou pela primeira vez em 12 meses. De acordo com a pesquisa de crédito bancário do Banco Central, o indicador passou de 3,7% em maio para 3,5% em junho, retornando ao nível verificado entre janeiro e março deste ano.
A taxa média de juros também caiu, o que não acontecia desde dezembro do ano passado. Passou de 32,7% para 32,6% ao ano entre maio e junho.
Os dados do BC divulgados nesta quarta-feira (27) mostram ainda que o estoque de operações de crédito voltou a cair no mês passado, depois de uma ligeira recuperação em maio. A queda, no entanto, se deu apenas para as empresas (-1,3% no mês). Para as pessoas físicas, houve aumento de 0,3%, segunda alta seguida, influenciada pelo aumento de 0,7% no crédito imobiliário, cujas concessões voltaram a crescer nos últimos dois meses.
No primeiro semestre, o estoque total de crédito encolheu 2,8%, para R$ 3,13 trilhões. Nos últimos 12 meses, cresceu 1%, bem abaixo da inflação acumulada no período de quase 9%. A previsão do BC é fechar o ano com crescimento de 1%, o que pressupõe uma estabilidade a partir de agora. Dados da instituição desde o Plano Real mostram que as menores expansões registradas até então foram de 3%, em 1997 e 2001.
Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o crédito segue em queda. Depois de atingir o pico de 54,5% em dezembro de 2015, recuou para 51,9% em junho.
ATRASOS
Houve queda nos atrasos tanto nas linhas com recursos livres como naquelas com direcionamento obrigatório e juros subsidiados, tanto para empresas como para pessoas físicas.
Dois destaques foram os recuos no crédito pessoal, de 9,9% para 9,3%, e no rotativo do cartão de crédito, de 37,5% para 36,8%.
JUROS
A taxa média de juros recuou nas linhas ao consumo, para pessoas físicas, e subsidiadas para empresas.
Houve recuo no crédito pessoal (para 128,3% ao ano), consignado (29,4% ao ano), veículos (26% ao ano) e rotativo do cartão (471% ao ano), por exemplo, embora a maioria dessas taxas continue próxima dos recordes já registrados pelo BC na última década.
No cheque especial, por outro lado, os juros bateram recorde pelo quarto mês seguido, atingindo 316% ao ano.
REAÇÃO
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que a melhora na confiança de consumidores e empresas, vista em alguns indicadores, ainda não se refletiu no mercado de crédito.
"O crédito ainda não reagiu a esses indicadores. [O mês de junho] mostra a mesma tendência dos meses anteriores", afirmou.
"Temos algumas indicações de concessões dando sinais de reação nos últimos dois meses, mas são sinais muito incipientes. Não dá para dizer que houve uma mudança no mercado de crédito."
Maciel afirmou que a queda da inadimplência acima de 90 dias em junho é uma boa notícia e destacou que houve recuo também nos atrasos entre 15 e 90 dias, indicador visto como uma espécie de pré-inadimplência. Disse, no entanto, que ainda é cedo para dizer se isso é ou não uma tendência.
Para o BC, também contribuiu para a queda nesses atrasos o aumento das renegociações, de 7% no semestre e 18% em 12 meses.
"Ainda é prematuro dizer que houve uma mudança de comportamento na inadimplência, mas ainda assim é uma boa sinalização", afirmou. "A gente tem informação de um maior volume de renegociações. Isso certamente favoreceu a queda de inadimplência."
Maciel disse ainda que a queda nos atrasos entre 15 e 90 dias pode ter contribuído para reduzir o "spread" bancário, parcela dos juros que embute, por exemplo, custos e riscos. Para ele, a queda no custo do crédito pode ajudar também a reduzir a inadimplência mais à frente.
A taxa média de juros também caiu, o que não acontecia desde dezembro do ano passado. Passou de 32,7% para 32,6% ao ano entre maio e junho.
Os dados do BC divulgados nesta quarta-feira (27) mostram ainda que o estoque de operações de crédito voltou a cair no mês passado, depois de uma ligeira recuperação em maio. A queda, no entanto, se deu apenas para as empresas (-1,3% no mês). Para as pessoas físicas, houve aumento de 0,3%, segunda alta seguida, influenciada pelo aumento de 0,7% no crédito imobiliário, cujas concessões voltaram a crescer nos últimos dois meses.
No primeiro semestre, o estoque total de crédito encolheu 2,8%, para R$ 3,13 trilhões. Nos últimos 12 meses, cresceu 1%, bem abaixo da inflação acumulada no período de quase 9%. A previsão do BC é fechar o ano com crescimento de 1%, o que pressupõe uma estabilidade a partir de agora. Dados da instituição desde o Plano Real mostram que as menores expansões registradas até então foram de 3%, em 1997 e 2001.
Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o crédito segue em queda. Depois de atingir o pico de 54,5% em dezembro de 2015, recuou para 51,9% em junho.
ATRASOS
Houve queda nos atrasos tanto nas linhas com recursos livres como naquelas com direcionamento obrigatório e juros subsidiados, tanto para empresas como para pessoas físicas.
Dois destaques foram os recuos no crédito pessoal, de 9,9% para 9,3%, e no rotativo do cartão de crédito, de 37,5% para 36,8%.
JUROS
A taxa média de juros recuou nas linhas ao consumo, para pessoas físicas, e subsidiadas para empresas.
Houve recuo no crédito pessoal (para 128,3% ao ano), consignado (29,4% ao ano), veículos (26% ao ano) e rotativo do cartão (471% ao ano), por exemplo, embora a maioria dessas taxas continue próxima dos recordes já registrados pelo BC na última década.
No cheque especial, por outro lado, os juros bateram recorde pelo quarto mês seguido, atingindo 316% ao ano.
REAÇÃO
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que a melhora na confiança de consumidores e empresas, vista em alguns indicadores, ainda não se refletiu no mercado de crédito.
"O crédito ainda não reagiu a esses indicadores. [O mês de junho] mostra a mesma tendência dos meses anteriores", afirmou.
"Temos algumas indicações de concessões dando sinais de reação nos últimos dois meses, mas são sinais muito incipientes. Não dá para dizer que houve uma mudança no mercado de crédito."
Maciel afirmou que a queda da inadimplência acima de 90 dias em junho é uma boa notícia e destacou que houve recuo também nos atrasos entre 15 e 90 dias, indicador visto como uma espécie de pré-inadimplência. Disse, no entanto, que ainda é cedo para dizer se isso é ou não uma tendência.
Para o BC, também contribuiu para a queda nesses atrasos o aumento das renegociações, de 7% no semestre e 18% em 12 meses.
"Ainda é prematuro dizer que houve uma mudança de comportamento na inadimplência, mas ainda assim é uma boa sinalização", afirmou. "A gente tem informação de um maior volume de renegociações. Isso certamente favoreceu a queda de inadimplência."
Maciel disse ainda que a queda nos atrasos entre 15 e 90 dias pode ter contribuído para reduzir o "spread" bancário, parcela dos juros que embute, por exemplo, custos e riscos. Para ele, a queda no custo do crédito pode ajudar também a reduzir a inadimplência mais à frente.
Fonte: Folha Online - 27/07/2016
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