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Política de desoneração fiscal de Dilma foi equivocada, diz Lula a jornal
Publicado em 14/07/2016
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontou a política de desonerações fiscais para empresas como um dos principais erros do governo Dilma Rousseff na área econômica e sugeriu que tenha sido esse um dos fatores responsáveis pelo crescimento da taxa de desemprego no país.
"Ao fim do primeiro mandato de Dilma, a taxa de desemprego estava muito baixa. Ela conseguiu manter o emprego e ao mesmo tempo, as políticas sociais. Mas era necessário continuar a investir. Agora, o caixa do governo estava vazio. Entre 2011 e 2015, o Estado brasileiro renunciou a cerca de R$ 500 bilhões em receitas. E, o que é extremamente grave, sem exigir contrapartidas das empresas. Os investimentos necessários para criar empregos não foram feitos", afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira (12) no jornal francês Libération.
Para o ex-presidente, porém, a culpa pela crise econômica também é do Congresso, que, segundo ele, agiu para aumentar as despesas do Estado quando Dilma tentava aprovar o ajuste fiscal, e da desaceleração de potências como EUA e China.
Na longa entrevista que concedeu ao veículo francês, Lula voltou a dizer que acredita que Dilma vencerá a votação do impeachment no Senado. "Se eu não acreditasse, não faria mais política. Dilma depende só de seis votos, isso não é difícil de conseguir."
Questionado se ela conseguirá governar caso sua previsão se concretize, o petista respondeu que "a política é a arte do impossível". "Eu acredito na democracia e na capacidade de persuasão. Para o Brasil recuperar sua credibilidade no mundo, é preciso restabelecer o mandato de Dilma, que foi eleita democraticamente por 54 milhões de brasileiros.
Lula também criticou o presidente interino Michel Temer, a quem acusa de praticar um golpe de não aplicar o programa de governo que venceu as eleições.
"Como presidente interino, ele deveria ter reunido os ministros de Dilma e ter se contentado em coordenar políticas que já estavam em prática. Mas agiu como se o processo de impeachment já tivesse sido finalizado, demitindo desde o ministro da Justiça até o rapaz que servia café", afirmou.
2018
O ex-presidente voltou a dizer que pode ser candidato a presidente em 2018, mas afirmou que sua decisão dependerá de sua saúde e da situação do país.
"Tenho 70 anos. A idade é implacável. Eu preciso ver em qual estado estarei. Até lá, espero que as jovens esperanças da política emerjam. Eu já fui presidente. Mas se existir um risco de retrocesso das nossas políticas sociais, vou me candidatar."
"Ao fim do primeiro mandato de Dilma, a taxa de desemprego estava muito baixa. Ela conseguiu manter o emprego e ao mesmo tempo, as políticas sociais. Mas era necessário continuar a investir. Agora, o caixa do governo estava vazio. Entre 2011 e 2015, o Estado brasileiro renunciou a cerca de R$ 500 bilhões em receitas. E, o que é extremamente grave, sem exigir contrapartidas das empresas. Os investimentos necessários para criar empregos não foram feitos", afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira (12) no jornal francês Libération.
Para o ex-presidente, porém, a culpa pela crise econômica também é do Congresso, que, segundo ele, agiu para aumentar as despesas do Estado quando Dilma tentava aprovar o ajuste fiscal, e da desaceleração de potências como EUA e China.
Na longa entrevista que concedeu ao veículo francês, Lula voltou a dizer que acredita que Dilma vencerá a votação do impeachment no Senado. "Se eu não acreditasse, não faria mais política. Dilma depende só de seis votos, isso não é difícil de conseguir."
Questionado se ela conseguirá governar caso sua previsão se concretize, o petista respondeu que "a política é a arte do impossível". "Eu acredito na democracia e na capacidade de persuasão. Para o Brasil recuperar sua credibilidade no mundo, é preciso restabelecer o mandato de Dilma, que foi eleita democraticamente por 54 milhões de brasileiros.
Lula também criticou o presidente interino Michel Temer, a quem acusa de praticar um golpe de não aplicar o programa de governo que venceu as eleições.
"Como presidente interino, ele deveria ter reunido os ministros de Dilma e ter se contentado em coordenar políticas que já estavam em prática. Mas agiu como se o processo de impeachment já tivesse sido finalizado, demitindo desde o ministro da Justiça até o rapaz que servia café", afirmou.
2018
O ex-presidente voltou a dizer que pode ser candidato a presidente em 2018, mas afirmou que sua decisão dependerá de sua saúde e da situação do país.
"Tenho 70 anos. A idade é implacável. Eu preciso ver em qual estado estarei. Até lá, espero que as jovens esperanças da política emerjam. Eu já fui presidente. Mas se existir um risco de retrocesso das nossas políticas sociais, vou me candidatar."
Fonte: Folha Online - 13/07/2016
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