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Alugar própria casa durante Olimpíada rende até R$ 1 mil por dia
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Alugar própria casa durante Olimpíada rende até R$ 1 mil por dia

Publicado em 13/07/2016 , por Martha Imen

Fazer bolo e faxina também rende grana a mais

Rio - Com o nível de ocupação de hotéis em quase 100% no Rio para os Jogos Olímpicos, alugar o imóvel por temporada é boa alternativa para quem quer garantir dinheiro a mais no orçamento em agosto. As diárias variam de R$ 300 a R$ 1 mil. As opções mais procuradas são de apartamentos mobiliados na Zona Sul ou Barra. Também há procura por bairros fora do tradicional eixo turístico, como Méier, Del Castilho, Tijuca e Marechal Hermes, em sites de aluguel de unidades.

Outra maneira de ganhar uma grana extra é prestar serviço de diarista e fazer quitutes, para vender, como bolos com a temática inspirada nos jogos . Mas quem pensa em alugar o imóvel deve tomar precauções, entre elas saber a procedência de quem vai ficar no espaço. Assim, a saída é criar mecanismos que evitem furtos ou depredação do patrimônio. De acordo com Mozart Alves, diretor da Agência Heidelberg, se prevenir de prejuízo, é preciso estipular espécie de depósito-caução no valor da diária. “Funciona como pressão psicológica para evitar problemas”, argumenta.

As áreas mais procuradas pelos turistas que vêm para a Olimpíada são Parque Oceânico, na Barra, e os bairros da Zona Sul, informa Ana Laura Fontana, captadora de imóveis da agência Living in Rio. Mas os da Zona Norte também atraem. “As diárias nestas regiões tendem a ser mais caras por conta da proximidade das arenas e locais em que vão acontecer competições”, diz.

Na Barra, por exemplo, um apartamento de dois quartos não sai por menos de R$ 1 mil a diária. Ela acrescenta: “Essa é uma boa chance para quem tem imóvel na região garantir dinheiro a mais”. Quem não quer contratar agência pode alugar diretamente em sites como Airbnb, TripAdvisor, Booking e OLX. Basta fazer cadastro para oferecer a vaga e seguir algumas regras. Airbnb confirmou, por exemplo, reservas para mais de 55 mil visitantes no Rio durante os Jogos. A diária fica, em média, R$ 578. A cidade é o quarto maior mercado do site no mundo, atrás de Nova York, Londres e Paris.

Entre os visitantes que já reservaram pela plataforma, 56% são estrangeiros, de mais de 110 países, vindos principalmente dos Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, França e Austrália. Os outros 44% são brasileiros. Embora os sites sejam confiáveis, Theo Kaschner, da imobiliária Nova Gestão Patrimonial, recomenda procurar pessoas nas redes sociais e pedir cópia de documentos.

Doméstica ganha até R$ 170 por dia

Além de alugar o imóvel é possível ganhar dinheiro extra prestando serviços de diarista. Segundo Gilberto Braga, economista e professor do Ibmec, pode faltar mão de obra para esse tipo de serviço. “Quem vem para os Jogos não vai querer ficar preso aos afazeres do dia a dia. Isso pode abrir oportunidade para domésticas”, avalia.

O valor médio da diária está entre R$ 150 e R$170, informou Carli Maria dos Santos, presidente do Sindicato das Domésticas do Rio. “Estamos na expectativa de que novas oportunidades apareçam”, afirma.
Fazer bolos vai reforçar o orçamento no período. Juliana Broxado, 36, está preparando doces com temática olímpica para atrair clientes. “Estou divulgando nas redes sociais . Acredito que terei êxito nas vendas no período dos Jogos”, conta ressaltando que chega a tirar R$ 3mil por mês com as guloseimas.

Referência ajuda na hora de receber

O ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e consultor de segurança, Paulo Sotrani, confirma que ter referência dos hóspedes ajuda a proteger o imóvel e a si próprio. “As pessoas devem tomar esses cuidados”, diz.

Alguns condomínios pedem que os moradores que quiserem alugar os imóveis apresentem cópia de passaportes ou identidade de todos os turistas durante a estadia. No Joia da Barra, por exemplo, a síndica do condomínio Vera Cravo determinou essa medida. “O morador identificará cada pessoa que esteja vindo se hospedar aqui”, conta. Ela informa que a segurança será reforçada.

Já Marcela Moreira, gerente do hostel Che Lagarto, em Copacabana, orienta quem vai receber turistas: “Pedir passaporte e identidade na hora do check in é essencial para conferir dados”.

Colaboraram as estagiárias Julianna Prado e Laila Ferreira.

Fonte: O Dia Online - 12/07/2016

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