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Alex Campos: Regra de ouro Nº 1 de educação financeira
Publicado em 11/07/2016 , por MURILO RODRIGUES ALVES
′Para acumular R$ 1 milhão, é fundamental resistir a 1 milhão de tentações′
Rio - Minha Regra de Ouro nº 1 é: “Para acumular R$ 1 milhão, é fundamental resistir a 1 milhão de tentações”. Lições ou orientações de Educação Financeira devem ser assim, preferencialmente elementares, para fazer parte do aprendizado fundamental dos orçamentos domésticos. Não devem ser complexas como estudos acadêmicos de relações monetárias. Qualquer criança de 6 ou 7 anos — sim, desde a infância — precisa entender que “só se deve comprar aquilo que se consegue pagar”... o resto é dívida. Nesse sentido, o salário precisa ser um “aliado” do nosso modo de vida, ele não pode ser a “razão” da nossa vida. Caso contrário, vira-se refém do consumo. Consumo é querer, o que não é a mesma coisa que precisar. Querer é impulso ou improviso. Precisar é fato ou fatalidade.
O DESAFIO DE ‘TER′ OU ′SER’
Sonho, desejo e ambição são coisas boas, desde que não se transformem em delírio, obsessão ou ganância. Método, controle, sacrifício e disciplina são coisas chatas, mas ninguém fica duro ou acaba falido experimentando esses esforços (há até quem fique rico fazendo isso).
Nada contra o conforto e os prazeres da vida, mas eles precisam ser planejados e organizados de modo que ninguém se torne capacho de hábitos, costumes e dívidas — escravo do dinheiro. É muito bom trocar com frequência o carro, os móveis, as roupas, e fazer com frequência viagens, compras ou despesas de todo o tipo. Mas esse comportamento, com frequência, revela mais o que a pessoa quer ter do que o que a pessoa quer ser. Ter é tentação. Ser é vocação.
Outra boa dica para descobrir a diferença entre ter e ser é se dar ao luxo de gastar menos, investir melhor e trabalhar mais. O que importa é que ter nunca será mais importante do que paz, saúde e prosperidade; e ser sempre será mais importante do que fama, sucesso, poder e dinheiro. Por tudo, antes de tudo e acima de tudo — como dizia minha avó — a gente precisa de muito pouco para ter paz e ser feliz... demora, mas a gente aprende.
OS ‘EMPURRÕEZINHOS’ NA DIREÇÃO CERTA
LIMITE, EQUILÍBRIO E RESPONSABILIDADE
Existem, sim, dicas e lições que, se forem levadas a sério, ajudam até na subida. Além de aplicar sobra de recursos, poupadores ou investidores precisam aplicar também muita garra, total disciplina e absoluta determinação. Para tanto, deve-se por em prática alguns ensinamentos pré-históricos e pós-universais. Uma pessoa, uma família ou um governo, por exemplo, não pode gastar mais do que ganha, tudo o que ganha ou quase tudo o que ganha. Qualquer orçamento — individual, coletivo ou federativo — tem que respeitar limites, equilíbrios e, sobretudo, responsabilidades.
COMEMOS, BEBEMOS E GASTAMOS DEMAIS
Em busca de comportamentos econômicos mais positivos, agentes públicos e privados no Brasil estão fazendo o que os profissionais norte-americanos chamam de “nudges” (“empurrõezinhos”). Essa é a linha de pensamento do economista Richard Thaler (ex-assessor do presidente Barack Obama), que visa ajudar pessoas a fazer escolhas certas e a seguir direções certas.
Thaler entende que a economia em geral trata os seres humanos como se fossem espertos ou sábios sobre os próprios interesses. O problema é que nós não somos assim. Comemos demais, bebemos demais, gastamos demais, mas não vamos à academia o bastante e não poupamos o bastante. A tese dos “empurrõezinhos” sugere meios de fazermos as coisas certas.
VALOR HISTÓRICO E HISTÉRICO NAS MENTES
A verdade é que o dinheiro só faz da gente o que a gente sempre foi, nem mais, nem menos, nem maior, nem menor. A gente até pode querer se tornar alguém melhor, mas, até que isso aconteça, o melhor alguém é ser o que a gente é... sem dívida e com dinheiro.
O crítico literário americano H.L. Mencken (1880-1956) alertava que o dinheiro não deve ser medido apenas pelos números nas cédulas, “mas também pelo valor histórico e histérico nas mentes”. A meu ver: nas mentes que só pensam coisas ruins, já que nas mentes que só pensam coisas boas prevalece a ideia de que cabe a gente controlar o dinheiro e não deixar o dinheiro controlar a gente. Como alertei aqui na edição passada, é sempre importante mostrar a ele “quem manda em quem”.
Rio - Minha Regra de Ouro nº 1 é: “Para acumular R$ 1 milhão, é fundamental resistir a 1 milhão de tentações”. Lições ou orientações de Educação Financeira devem ser assim, preferencialmente elementares, para fazer parte do aprendizado fundamental dos orçamentos domésticos. Não devem ser complexas como estudos acadêmicos de relações monetárias. Qualquer criança de 6 ou 7 anos — sim, desde a infância — precisa entender que “só se deve comprar aquilo que se consegue pagar”... o resto é dívida. Nesse sentido, o salário precisa ser um “aliado” do nosso modo de vida, ele não pode ser a “razão” da nossa vida. Caso contrário, vira-se refém do consumo. Consumo é querer, o que não é a mesma coisa que precisar. Querer é impulso ou improviso. Precisar é fato ou fatalidade.
O DESAFIO DE ‘TER′ OU ′SER’
Sonho, desejo e ambição são coisas boas, desde que não se transformem em delírio, obsessão ou ganância. Método, controle, sacrifício e disciplina são coisas chatas, mas ninguém fica duro ou acaba falido experimentando esses esforços (há até quem fique rico fazendo isso).
Nada contra o conforto e os prazeres da vida, mas eles precisam ser planejados e organizados de modo que ninguém se torne capacho de hábitos, costumes e dívidas — escravo do dinheiro. É muito bom trocar com frequência o carro, os móveis, as roupas, e fazer com frequência viagens, compras ou despesas de todo o tipo. Mas esse comportamento, com frequência, revela mais o que a pessoa quer ter do que o que a pessoa quer ser. Ter é tentação. Ser é vocação.
Outra boa dica para descobrir a diferença entre ter e ser é se dar ao luxo de gastar menos, investir melhor e trabalhar mais. O que importa é que ter nunca será mais importante do que paz, saúde e prosperidade; e ser sempre será mais importante do que fama, sucesso, poder e dinheiro. Por tudo, antes de tudo e acima de tudo — como dizia minha avó — a gente precisa de muito pouco para ter paz e ser feliz... demora, mas a gente aprende.
OS ‘EMPURRÕEZINHOS’ NA DIREÇÃO CERTA
LIMITE, EQUILÍBRIO E RESPONSABILIDADE
Existem, sim, dicas e lições que, se forem levadas a sério, ajudam até na subida. Além de aplicar sobra de recursos, poupadores ou investidores precisam aplicar também muita garra, total disciplina e absoluta determinação. Para tanto, deve-se por em prática alguns ensinamentos pré-históricos e pós-universais. Uma pessoa, uma família ou um governo, por exemplo, não pode gastar mais do que ganha, tudo o que ganha ou quase tudo o que ganha. Qualquer orçamento — individual, coletivo ou federativo — tem que respeitar limites, equilíbrios e, sobretudo, responsabilidades.
COMEMOS, BEBEMOS E GASTAMOS DEMAIS
Em busca de comportamentos econômicos mais positivos, agentes públicos e privados no Brasil estão fazendo o que os profissionais norte-americanos chamam de “nudges” (“empurrõezinhos”). Essa é a linha de pensamento do economista Richard Thaler (ex-assessor do presidente Barack Obama), que visa ajudar pessoas a fazer escolhas certas e a seguir direções certas.
Thaler entende que a economia em geral trata os seres humanos como se fossem espertos ou sábios sobre os próprios interesses. O problema é que nós não somos assim. Comemos demais, bebemos demais, gastamos demais, mas não vamos à academia o bastante e não poupamos o bastante. A tese dos “empurrõezinhos” sugere meios de fazermos as coisas certas.
VALOR HISTÓRICO E HISTÉRICO NAS MENTES
A verdade é que o dinheiro só faz da gente o que a gente sempre foi, nem mais, nem menos, nem maior, nem menor. A gente até pode querer se tornar alguém melhor, mas, até que isso aconteça, o melhor alguém é ser o que a gente é... sem dívida e com dinheiro.
O crítico literário americano H.L. Mencken (1880-1956) alertava que o dinheiro não deve ser medido apenas pelos números nas cédulas, “mas também pelo valor histórico e histérico nas mentes”. A meu ver: nas mentes que só pensam coisas ruins, já que nas mentes que só pensam coisas boas prevalece a ideia de que cabe a gente controlar o dinheiro e não deixar o dinheiro controlar a gente. Como alertei aqui na edição passada, é sempre importante mostrar a ele “quem manda em quem”.
Fonte: O Dia Online - 10/07/2016
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