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Inflação cederá com tombo do dólar, afirmam analistas
Publicado em 06/07/2016
A perspectiva de que o dólar vai cair mais levou analistas e investidores do mercado financeiro a prever que a inflação cederá com mais intensidade em 2016 e 2017.
O principal motivo para a percepção sobre a valorização do real foi a indicação feita pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que perseguirá a meta de 4,5% já em 2017. Foi a senha para previsões de que os juros não cairão nos próximos meses.
A projeção anterior era que a Selic, hoje em 14,25% ao ano, pudesse ser cortada neste mês ou em agosto. Isso ficou adiado para outubro.
Taxas de juros mais altas tendem a atrair capital externo e, por consequência, desvalorizar o dólar.
O otimismo com a possível confirmação do presidente interino, Michel Temer, no cargo também influencia nas expectativas sobre o dólar.
Projeções da pesquisa Focus, do BC, com cerca de cem economistas, mostram que a aposta central é que a inflação caia dos atuais 9,32% (taxa em 12 meses até maio) para 7,27% no fechamento de 2016. No ano que vem, a inflação medida pelo IPCA, calculado pelo IBGE, também deverá recuar, segundo as mesmas previsões, para 5,43%.
É a primeira vez, desde que Temer assumiu a Presidência de forma interina, em maio, que o mercado reduz a previsão de inflação de 2017.
A onda baixista afetou ainda também a inflação de 2018, cujas previsões recuaram de 5,5% para 4,8%.
Há um mês, a aposta majoritária era que a moeda chegaria ao fim do ano a R$ 3,70. Agora, a projeção é de R$ 3,46. O dólar mais barato reduz o preço de importados e de produtos brasileiros vendidos no exterior. Produtos como milho, soja, açúcar e carnes têm como referência preços negociados no exterior. Quando o dólar cai, o preço deles em reais também cai.
O Bradesco vê o dólar ainda mais baixo neste ano: R$ 3,20. Com isso, para o banco, a inflação em 2017 já poderia chegar aos 4,5% almejados pelo BC. "Um dos principais pilares da projeção é o câmbio", diz o economista Leandro Câmara Negrão.
A previsão também sugere que o desemprego continuará em alta até meados do ano que vem, o que desestimula altas de preços. E reflete a perspectiva de encaminhamento de medidas de controle fiscal neste ano, com aprovação no início de 2017.
O controle de gastos é considerado indispensável por economistas pois ajudaria o BC a conter a inflação. Por isso Ilan e analistas reforçam a ideia de que o governo Temer, se confirmado, deve aprovar medidas fiscais.
A máquina do tempo dos economistas, porém, mostra um cenário à frente bastante diferente do atual, em que os preços dos alimentos ainda puxam a inflação para cima.
Segundo Fábio Silveira, sócio da consultoria Macrosector, os alimentos pressionarão a inflação até agosto. Sua previsão é que a inflação de junho, a ser divulgada na sexta (8), deverá ser mais elevada do que o 0,78% de maio.
O principal motivo para a percepção sobre a valorização do real foi a indicação feita pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que perseguirá a meta de 4,5% já em 2017. Foi a senha para previsões de que os juros não cairão nos próximos meses.
A projeção anterior era que a Selic, hoje em 14,25% ao ano, pudesse ser cortada neste mês ou em agosto. Isso ficou adiado para outubro.
Taxas de juros mais altas tendem a atrair capital externo e, por consequência, desvalorizar o dólar.
O otimismo com a possível confirmação do presidente interino, Michel Temer, no cargo também influencia nas expectativas sobre o dólar.
Projeções da pesquisa Focus, do BC, com cerca de cem economistas, mostram que a aposta central é que a inflação caia dos atuais 9,32% (taxa em 12 meses até maio) para 7,27% no fechamento de 2016. No ano que vem, a inflação medida pelo IPCA, calculado pelo IBGE, também deverá recuar, segundo as mesmas previsões, para 5,43%.
É a primeira vez, desde que Temer assumiu a Presidência de forma interina, em maio, que o mercado reduz a previsão de inflação de 2017.
A onda baixista afetou ainda também a inflação de 2018, cujas previsões recuaram de 5,5% para 4,8%.
Há um mês, a aposta majoritária era que a moeda chegaria ao fim do ano a R$ 3,70. Agora, a projeção é de R$ 3,46. O dólar mais barato reduz o preço de importados e de produtos brasileiros vendidos no exterior. Produtos como milho, soja, açúcar e carnes têm como referência preços negociados no exterior. Quando o dólar cai, o preço deles em reais também cai.
O Bradesco vê o dólar ainda mais baixo neste ano: R$ 3,20. Com isso, para o banco, a inflação em 2017 já poderia chegar aos 4,5% almejados pelo BC. "Um dos principais pilares da projeção é o câmbio", diz o economista Leandro Câmara Negrão.
A previsão também sugere que o desemprego continuará em alta até meados do ano que vem, o que desestimula altas de preços. E reflete a perspectiva de encaminhamento de medidas de controle fiscal neste ano, com aprovação no início de 2017.
O controle de gastos é considerado indispensável por economistas pois ajudaria o BC a conter a inflação. Por isso Ilan e analistas reforçam a ideia de que o governo Temer, se confirmado, deve aprovar medidas fiscais.
A máquina do tempo dos economistas, porém, mostra um cenário à frente bastante diferente do atual, em que os preços dos alimentos ainda puxam a inflação para cima.
Segundo Fábio Silveira, sócio da consultoria Macrosector, os alimentos pressionarão a inflação até agosto. Sua previsão é que a inflação de junho, a ser divulgada na sexta (8), deverá ser mais elevada do que o 0,78% de maio.
Fonte: Folha Online - 05/07/2016
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