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Saiba como investir em tempos de crise
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Saiba como investir em tempos de crise

Publicado em 30/06/2016

Confira as recomendações da PROTESTE para investir em meio ao cenário de crise econômica e escolher a melhor alternativa para evitar perder dinheiro.

A vida não está fácil para o brasileiro e diante da situação econômica atual fica difícil para o investidor saber qual caminho seguir. A inflação está alta e as taxas de desemprego, juros para crédito habitacional, cheque especial, crédito pessoal e cartão de crédito também estão em ascensão.

Os fatos, além de tornarem o cenário não muito animador para o investidor, complicam a situação de quem recorre a créditos e financiamentos, que por muitas vezes – devido a juros altíssimos – resultam em dívidas impagáveis.

Diante da perspectiva pouco otimista, é recomendável usar reservas acumuladas para investir. Pois deixar dinheiro parado é perder poder de compra por conta da inflação. Entretanto, é preciso saber investir, pois um mau investimento pode significar literalmente perder dinheiro e ficar desamparado em um momento de necessidade.

Num momento de crise, é preciso considerar alguns fatores na hora de escolher o melhor investimento. Pois, apesar de haver diversos tipos de aplicações financeiras com promessas de um bom retorno, você deve ter em mente que a alternativa mais adequada varia de acordo com cada situação específica, como por exemplo:

  • Na interrupção de ganhos em casos de desemprego;
  • Na redução dos ganhos de quem possui rendimento variável.
Estes casos não previstos demandam que você tenha acesso ao dinheiro de forma imediata. Logo, investimentos que não possuam alta liquidez não são recomendáveis. Pois não estão acessíveis em curto prazo, onde o investidor precisa resgatar o dinheiro para atender uma emergência.

Período de crise: foque nas opções mais seguras

O primeiro passo que o investidor deve tomar é formar uma reserva de emergência, que é um dinheiro que esteja acessível a qualquer hora, para o caso de uma situação inesperada. É recomendável que essa reserva de emergência seja de valor equivalente a no mínimo seis meses de despesas da família, já contando com possíveis descontos com gastos supérfluos que existam no orçamento familiar atualmente.

Cinco dicas para administrar seu orçamento e garantir uma reserva para emergências

A reserva deve ser aplicada em investimentos com alta liquidez, para permitir saques eventuais sempre que necessário. Dê preferência a fundos DI ou de renda fixa, cujos valores podem ser resgatados livremente, ainda que você perca parte do rendimento. Ou até mesmo à caderneta de poupança. Aplicações como fundos DI podem demorar dias para estarem acessíveis na conta, já que normalmente se prevê um prazo para a conversão das cotas dos fundos, mas em regra estão disponíveis para o resgate a qualquer momento.

Caso ainda sobre dinheiro para além desses seis meses, você pode ser alocá-lo em aplicações com liquidez menor. Os títulos públicos passam a ganhar espaço para essa parcela do capital. E normalmente oferecem vencimento para longo prazo, e para se desfazer deles antes do vencimento é preciso recorrer ao mercado secundário e ao preço oferecido naquele momento.

Por isso, não é uma boa ideia ter pressa para desfazer-se desses títulos. Além disso, títulos como CDB, LCI ou LCA com vencimento mais alongado, até de um ano, passam a ser uma opção para investir essa parcela do dinheiro.

Investir em algumas opções requer mais cuidado

Em casos de investimento em CDB (Certificado de Depósito Bancário), em LCI (Letra de Crédito Imobiliário), ou em LCA (Letra de Crédito Agrícola) em geral com perfil conservador em relação ao risco normalmente estão atrelados à variação da taxa CDI, considerada uma taxa com risco zero do mercado.

Estas opções possuem respaldo do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e apesar disso, podem ser uma opção ruim para um período de crise, pois na maior parte desses investimentos o dinheiro só está disponível no vencimento. Ou seja, no caso de uma emergência financeira antes do período do vencimento desses títulos, é provável que não estejam acessíveis para resgate.

Neste caso, se o investidor precisar do dinheiro para suas necessidades habituais será necessário recorrer a algum tipo de crédito e por isso terá que desembolsar mais em gastos com juros do que irá receber com aplicação no CDB ou LCI.

A previdência privada funciona nessa mesma linha. É um investimento para longo prazo e só vale a pena frente a outras aplicações por um período superior a 10 anos. Se precisar fazer o resgate antes deste período, pagará mais imposto e provavelmente mais taxas de carregamento. Neste caso, a melhor alternativa é optar por outro tipo de investimento.

Sendo assim, o dinheiro reservado para a previdência privada deve ser somente destinado a essa finalidade quando se trata de objetivos de longo prazo como aposentadoria, faculdade dos filhos, etc. Ou seja, não é um tipo de investimento que deve ser priorizado num período de crise, exceto para aqueles investidores com patrimônio mais folgado.

Já a possibilidade de investir em ações ou fundo de ações não é recomendável a quem precisa recorrer ao dinheiro investido em um período de emergência. Neste tipo de investimento, os rendimentos são extremamente oscilantes e tendem a ter melhor desempenho em longo prazo (cinco anos em média) o que numa emergência, torna inviável esperar até que os papéis melhorem.

Fonte: Proteste - proteste.org.br - 29/06/2016

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