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Compra de imóvel continua sendo negócio desvantajoso
Publicado em 27/06/2016 , por Samy Dana
Muito antes do agravamento da crise econômica, o mercado imobiliário dava sinais de que não estava indo pelo melhor caminho. Depois de um boom de valorização dos preços entre 2008 até 2013, o volume de lançamentos e imóveis novos despencou vertiginosamente com a piora da economia. A consequência direta deste movimento é a redução dos valores de imóveis e melhoria das condições para negociação. Neste sentido, o momento ruim do setor leva muita gente a pensar: este é um bom momento para comprar um imóvel?
Em um primeiro momento isso pode soar como uma boa ideia, mas a realidade não é bem essa. Se por um lado as condições de negociação estão mais favoráveis e o comprador pode encontrar preços melhores, por outro o financiamento está mais caro e mais arriscado. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, os juros para financiamento de imóvel passaram de 9,9% para 11,2% ao ano. Sendo assim, quem financia precisa assumir o risco de adquirir uma dívida mais cara do que se tivesse feito a compra em um cenário com juros mais baratos. Somado a isso, há um risco maior de desemprego, fato que tira a segurança para fazer um comprometimento financeiro de longo prazo.
Além desta questão conjuntural, existe um outro aspecto: o dono do imóvel não terá interesse em vender sua propriedade pelo máximo valor possível. Seria como pensar em alguém comprando uma jaqueta nova no shopping e tentando vender a peça pelo mesmo preço em uma bancada ambulante na calçada – não faz sentido.
Essa flexibilidade de negociação é limitada. Só estará disposto a abrir mão de um imóvel por um preço mais baixo que o desejável quem estiver desesperado para vendê-lo ou quem deixou os preços anunciados artificialmente altos. Caso contrário, pode fazer mais sentido esperar o mercado melhorar. Quem compra também deve estar com recursos financeiros para pagar à vista ou dar uma entrada considerável, só assim é possível se proteger de um financiamento prolongado e arriscado – tendo em vista o cenário do desemprego e a situação econômica do pais.
Além de todos estes fatores, vale a pena fazer uma conta simples para avaliar se a compra do imóvel é realmente vantajosa, ou se é melhor permanecer no aluguel – veja o caso elaborado em cima de uma dúvida que recebi:
Imagine que você esteja interessado em um imóvel avaliado em R$ 200 mil e já tenha este dinheiro disponível. Suponha que se não fosse comprá-lo, você pagaria um aluguel de R$ 700. Se você dividir o valor do aluguel pelo valor do imóvel, terá uma taxa de 0,35%. Em aplicações financeiras, você consegue ter um retorno mensal aproximado de 0,9% ao mês, ou seja, o dinheiro aplicado rende muito mais.
Sendo assim, a compra de um imóvel só passa a ser vantajosa quando a taxa de aluguel fica acima do que você receberia em uma aplicação financeira.
Se a aquisição de um imóvel é um objetivo do qual você não abre mão, vale a pena juntar o maior montante possível para dar uma entrada grande ou pagar a vista. No entanto, do ponto de vista financeiro, a compra atualmente não é um bom negócio. Apesar de em queda, os valores dos imóveis ainda estão altos.
Em um primeiro momento isso pode soar como uma boa ideia, mas a realidade não é bem essa. Se por um lado as condições de negociação estão mais favoráveis e o comprador pode encontrar preços melhores, por outro o financiamento está mais caro e mais arriscado. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, os juros para financiamento de imóvel passaram de 9,9% para 11,2% ao ano. Sendo assim, quem financia precisa assumir o risco de adquirir uma dívida mais cara do que se tivesse feito a compra em um cenário com juros mais baratos. Somado a isso, há um risco maior de desemprego, fato que tira a segurança para fazer um comprometimento financeiro de longo prazo.
Além desta questão conjuntural, existe um outro aspecto: o dono do imóvel não terá interesse em vender sua propriedade pelo máximo valor possível. Seria como pensar em alguém comprando uma jaqueta nova no shopping e tentando vender a peça pelo mesmo preço em uma bancada ambulante na calçada – não faz sentido.
Essa flexibilidade de negociação é limitada. Só estará disposto a abrir mão de um imóvel por um preço mais baixo que o desejável quem estiver desesperado para vendê-lo ou quem deixou os preços anunciados artificialmente altos. Caso contrário, pode fazer mais sentido esperar o mercado melhorar. Quem compra também deve estar com recursos financeiros para pagar à vista ou dar uma entrada considerável, só assim é possível se proteger de um financiamento prolongado e arriscado – tendo em vista o cenário do desemprego e a situação econômica do pais.
Além de todos estes fatores, vale a pena fazer uma conta simples para avaliar se a compra do imóvel é realmente vantajosa, ou se é melhor permanecer no aluguel – veja o caso elaborado em cima de uma dúvida que recebi:
Imagine que você esteja interessado em um imóvel avaliado em R$ 200 mil e já tenha este dinheiro disponível. Suponha que se não fosse comprá-lo, você pagaria um aluguel de R$ 700. Se você dividir o valor do aluguel pelo valor do imóvel, terá uma taxa de 0,35%. Em aplicações financeiras, você consegue ter um retorno mensal aproximado de 0,9% ao mês, ou seja, o dinheiro aplicado rende muito mais.
Sendo assim, a compra de um imóvel só passa a ser vantajosa quando a taxa de aluguel fica acima do que você receberia em uma aplicação financeira.
Se a aquisição de um imóvel é um objetivo do qual você não abre mão, vale a pena juntar o maior montante possível para dar uma entrada grande ou pagar a vista. No entanto, do ponto de vista financeiro, a compra atualmente não é um bom negócio. Apesar de em queda, os valores dos imóveis ainda estão altos.
Fonte: G1 - 24/06/2016
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