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Especialista dá dicas para administrar finanças durante desemprego
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Especialista dá dicas para administrar finanças durante desemprego

Publicado em 27/06/2016

Uma das regras é cortar gastos supérfluos

O Brasil fechou em 2015 um total de 1,542 milhão de postos de trabalho e as previsões para 2016 não são otimistas. Há uma ala de especialista que chega a falar na perda de mais de dois milhões de vagas formais neste ano, o que tem deixado a população bastante preocupada.

Soma-se ao crescimento da taxa desemprego o aumento do tempo de recolocação no mercado de trabalho. O que antes girava em torno de quatro a seis meses, subiu para 10 a 12 meses. Dessa forma, os que já se encontram nessa situação precisam saber administrar muito bem o dinheiro. O educador financeiro, com MBA pelo Ibmec, e idealizador do blog Quero Ficar Rico, Rafael Seabra explica como lidar com as finanças em tempos tão difíceis.

Para os que acabaram de ser demitidos, Seabra aconselha utilizar os recursos do FGTS e da multa da rescisão como fundo de emergência para bancar as despesas mensais. Além disso, enxugar os gastos é uma obrigação, ou seja, cortar as despesas supérfluas e apertar o cinto até a recolocação no mercado. E de jeito nenhum deve se pensar na compra de bens que geram despesas, como um automóvel.

Uma boa prática, segundo o especialista, para reduzir os gastos mensais e ter um orçamento enxuto é se livrar, mesmo que temporariamente, de despesas como TV a cabo, além de mudar hábitos com custos, como idas ao shopping e a utilização do cartão de crédito, que deve ser guardado na gaveta até o novo emprego aparecer.

Mesmo sendo o consumo uma grande tentação, Seabra destaca que duas atitudes não devem ser tomadas em hipótese nenhuma durante o desemprego, para a situação financeira não se agravar. A primeira, não contrair novas dívidas e a segunda, não gastar mais do que estiver ganhando, seja por meio do seguro-desemprego ou de uma reserva financeira.

Enquanto o novo emprego não aparece, o especialista aconselha as pessoas a correrem atrás de dinheiro “rápido” e “fácil”. “Em momentos de desemprego, algumas pessoas se desesperam e não enxergam as oportunidades. A melhor forma de obter uma renda extra é utilizar ou conhecimento adquirido, técnico ou intelectual, para ajudar pessoas e consequentemente ser recompensado por isso. Pode ser desde a execução de algum serviço específico ou até uma consultoria, por exemplo.”

Durante a fase do desemprego, se possível, nem que para isso utilize um pouco do FGTS, é importante investir em conhecimento e capacitação, aproveitar a disponibilidade de tempo de uma forma produtiva. Seabra enfatiza que capacitar-se é uma excelente forma de diminuir o tempo de recolocação. Portanto, fazer algum curso focado na área de atuação ou colocar em prática um projeto que sempre quis, mas que nunca teve tempo, são atitudes positivas.

Agora, se o desemprego ainda não chegou, mas as chances são grandes, o especialista diz ser essencial montar um fundo de emergência para se precaver de imprevistos financeiros, que não necessariamente é a falta de emprego, mas uma despesa médica inesperada, por exemplo. Ele indica acumular um montante equivalente a, pelo menos, três vezes da despesa mensal, isto é, se a pessoa gasta R$ 2 mil por mês, é necessário acumular pelo menos R$ 6 mil, para ter tranquilidade financeira em caso de qualquer imprevisto.

Administrar bem as finanças, em momentos de crise econômica como a atual, é fundamental para desempregados e empregados, afinal o rendimento da população em geral vem diminuindo com a inflação tão alta. Dessa forma, de acordo com Seabra, todos devem rever seus gastos.

“Muitas vezes é possível diminuir um pouco o padrão de vida sem comprometer a qualidade de vida. Boa parte dos gastos dos brasileiros vem de dívidas, sobretudo com automóveis e cartões de crédito. Em outras palavras, bens de consumo. Controlar o consumismo é essencial para diminuir gastos e aumentar a qualidade de vida”, declara.

Fonte: Portal do Consumidor - 24/06/2016

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