<
Voltar para notícias
1776
pessoas já leram essa notícia
Juiz pede para abrir mão de reajuste enquanto crise perdurar
Publicado em 09/06/2016 , por MARCELO TOLEDO
"Para pagar mais a uns, cortam na carne de outros." A frase é de Luiz Guilherme Marques, 61, juiz há 29 anos que pediu ao TJ de Minas para abrir mão do reajuste salarial enquanto o país permanecer em crise econômica.
"Por isso, fui criticado por magistrados do país, sem uma voz sequer na categoria que me defendesse", disse.
Ele conta não se conformar quando vê notícias sobre o governo querer parcelar reajustes de aposentados e pensionistas. Por isso, pediu para não receber o seu.
Marques diz, porém, não ser contra o reajuste, "pois o trabalho de juiz é digno e importante". "Mas no momento isso significaria o empobrecimento de outras pessoas."
Após aprovação na última semana, os salários dos magistrados devem subir 16,38% por serem vinculados aos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que passarão a ganhar R$ 39,3 mil. Em Minas, o rendimento médio é de até R$ 33.689,15.
Marques recebe mais que isso. O rendimento mensal dele, de R$ 41 mil líquidos, é superior inclusive ao dos ministros. De acordo com o juiz, isso ocorre devido a gratificações e aos 29 anos de serviços prestados. "E não há irregularidade", garante.
Apesar do pedido de Marques, o Tribunal de Justiça de Minas indeferiu sua solicitação sob a alegação de que salário é "irrenunciável".
Titular da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora (MG), Marques atribui à sua formação familiar a decisão. O pai, Antonio de Arruda Marques, foi juiz da Justiça Militar Federal, mas teve de se aposentar em 1969 por força do AI-5 –um dos decretos mais autoritários da ditadura (1964-85).
Como o pai passou a ganhar dois terços do seu salário, a família –com outros quatro filhos– passou dificuldades. A situação piorou com a morte dele, em 1970.
"Comecei a trabalhar aos 17 anos e meus irmãos também precisaram ajudar de alguma forma."
Na internet, as críticas a ele foram pesadas. "Fui chamado de exibicionista, vaidoso, hipócrita e traidor. Mas o que fiz não foi nada demais."
"Não tenho vaidade, como me acusaram na internet. É que talvez quem não passou por isso não vai conseguir entender o motivo de eu ter tomado essa decisão de não querer receber o aumento."
"Esse dinheiro do reajuste não fará falta para mim, mas pode diminuir um pouco, por exemplo, o incêndio, como uma gota d′água."
"Por isso, fui criticado por magistrados do país, sem uma voz sequer na categoria que me defendesse", disse.
Ele conta não se conformar quando vê notícias sobre o governo querer parcelar reajustes de aposentados e pensionistas. Por isso, pediu para não receber o seu.
Marques diz, porém, não ser contra o reajuste, "pois o trabalho de juiz é digno e importante". "Mas no momento isso significaria o empobrecimento de outras pessoas."
Após aprovação na última semana, os salários dos magistrados devem subir 16,38% por serem vinculados aos dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que passarão a ganhar R$ 39,3 mil. Em Minas, o rendimento médio é de até R$ 33.689,15.
Marques recebe mais que isso. O rendimento mensal dele, de R$ 41 mil líquidos, é superior inclusive ao dos ministros. De acordo com o juiz, isso ocorre devido a gratificações e aos 29 anos de serviços prestados. "E não há irregularidade", garante.
Apesar do pedido de Marques, o Tribunal de Justiça de Minas indeferiu sua solicitação sob a alegação de que salário é "irrenunciável".
Titular da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora (MG), Marques atribui à sua formação familiar a decisão. O pai, Antonio de Arruda Marques, foi juiz da Justiça Militar Federal, mas teve de se aposentar em 1969 por força do AI-5 –um dos decretos mais autoritários da ditadura (1964-85).
Como o pai passou a ganhar dois terços do seu salário, a família –com outros quatro filhos– passou dificuldades. A situação piorou com a morte dele, em 1970.
"Comecei a trabalhar aos 17 anos e meus irmãos também precisaram ajudar de alguma forma."
Na internet, as críticas a ele foram pesadas. "Fui chamado de exibicionista, vaidoso, hipócrita e traidor. Mas o que fiz não foi nada demais."
"Não tenho vaidade, como me acusaram na internet. É que talvez quem não passou por isso não vai conseguir entender o motivo de eu ter tomado essa decisão de não querer receber o aumento."
"Esse dinheiro do reajuste não fará falta para mim, mas pode diminuir um pouco, por exemplo, o incêndio, como uma gota d′água."
Fonte: Folha Online - 08/06/2016
1776
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 26/11/2024 IPCA-15 sobe 0,62% em novembro, aponta IBGE
- Carrefour: entenda o caso e o que está em jogo
- Como evitar as compras por impulso e os gastos exagerados no Natal e fim de ano? Veja dicas
- Black Friday: Procon-SP já registrou mais de mil reclamações
- Economia do pente fino nos benefícios do INSS neste ano caiu para R$ 5,5 bi, diz Clayto Montes
- Novos processos seletivos do SEST SENAT oferecem vagas em diversas cidades
- Uber é condenado a indenizar passageira por acidente causado durante a viagem
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)