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Crédito do BNDES é recorde, mas metrô não avança no Brasil
Publicado em 08/06/2016 , por DIMMI AMORA
O BNDES aumentou em quase 50% o volume de recursos para obras de metrô, trens e VLTs no Brasil em 2015, mas isso não significou um quilômetro a mais de vias em funcionamento no país.
Os números, divulgados pela AnpTrilhos (Associação Nacional de Transportadores sobre Trilhos), apontam o recorde de desembolsos para o setor pelo banco, praticamente o único a financiar esse tipo de obra no país, com R$ 7,6 bilhões colocados em obras em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Como são obras complexas, que podem se alongar por anos, os projetos que receberam dinheiro no ano passado só começaram a ficar prontos agora em 2016.
Se nenhum quilômetro foi acrescido à malha em 2015, que se manteve com 1.002 km de extensão, a expectativa para este ano é um crescimento de 5%, com a entrada em operação de ao menos 50 quilômetros nesses três Estados.
"O ideal é termos uma expansão de 10% ao ano na malha metroferroviária, para chegarmos em 2020 mais próximo dos 2.000 quilômetros", afirmou Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da AnpTrilhos.
Para Vilaça, o sistema precisa se expandir porque o número de passageiros cresce ano a ano.
Em 2015, mesmo com a crise econômica, houve aumento de 1,7% do número de passageiros transportados que chegou aos 2,9 bilhões/ano. Em 2011, eram 2,3 bilhões de passageiros/ano, com a malha praticamente do mesmo tamanho da atual (999 km).
"A população, principalmente as mulheres, reconheceu o sistema de trilhos como mais seguro e confiável, independente dos problemas que existem em cada um deles", afirmou Vilaça.
MODELO NOVO
O desafio agora dos governos é conseguir viabilizar projetos que já foram lançados, a maioria no chamado PAC da Mobilidade Urbana, mas que ficaram no papel.
O programa foi apresentado pela presidente afastada Dilma Rousseff em 2013, após os protestos de junho, previa R$ 148 bilhões em investimentos em 378 projetos, mas 70% deles não tinham gastos, segundo um levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) de 2015.
Para Vilaça, a situação econômica levará o governo a ter que rever o modelo usado prioritariamente até o ano passado, em que Estados e municípios contratavam as obras e pagavam os custos com empréstimos de bancos públicos ao longo dos anos.
O modelo terá que ser trocado pelas PPPs (Parcerias Público Privadas), modelo no qual o governo faz uma licitação para que a obra e a concessão do serviço fiquem com a mesma empresa, e os custos sendo bancados em parte pelo governo e pelas tarifas cobradas dos usuários.
Algumas obras no Rio de Janeiro e em São Paulo já foram licitadas nesse modelo.
Outro ponto de preocupação da associação é com os projetos em São Paulo, a maioria com atraso. Segundo Vilaça, a AnpTrilhos acompanha como o governo está resolvendo os problemas, principalmente de desapropriações e falta de recursos.
Os números, divulgados pela AnpTrilhos (Associação Nacional de Transportadores sobre Trilhos), apontam o recorde de desembolsos para o setor pelo banco, praticamente o único a financiar esse tipo de obra no país, com R$ 7,6 bilhões colocados em obras em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Como são obras complexas, que podem se alongar por anos, os projetos que receberam dinheiro no ano passado só começaram a ficar prontos agora em 2016.
Se nenhum quilômetro foi acrescido à malha em 2015, que se manteve com 1.002 km de extensão, a expectativa para este ano é um crescimento de 5%, com a entrada em operação de ao menos 50 quilômetros nesses três Estados.
"O ideal é termos uma expansão de 10% ao ano na malha metroferroviária, para chegarmos em 2020 mais próximo dos 2.000 quilômetros", afirmou Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da AnpTrilhos.
Para Vilaça, o sistema precisa se expandir porque o número de passageiros cresce ano a ano.
Em 2015, mesmo com a crise econômica, houve aumento de 1,7% do número de passageiros transportados que chegou aos 2,9 bilhões/ano. Em 2011, eram 2,3 bilhões de passageiros/ano, com a malha praticamente do mesmo tamanho da atual (999 km).
"A população, principalmente as mulheres, reconheceu o sistema de trilhos como mais seguro e confiável, independente dos problemas que existem em cada um deles", afirmou Vilaça.
MODELO NOVO
O desafio agora dos governos é conseguir viabilizar projetos que já foram lançados, a maioria no chamado PAC da Mobilidade Urbana, mas que ficaram no papel.
O programa foi apresentado pela presidente afastada Dilma Rousseff em 2013, após os protestos de junho, previa R$ 148 bilhões em investimentos em 378 projetos, mas 70% deles não tinham gastos, segundo um levantamento do TCU (Tribunal de Contas da União) de 2015.
Para Vilaça, a situação econômica levará o governo a ter que rever o modelo usado prioritariamente até o ano passado, em que Estados e municípios contratavam as obras e pagavam os custos com empréstimos de bancos públicos ao longo dos anos.
O modelo terá que ser trocado pelas PPPs (Parcerias Público Privadas), modelo no qual o governo faz uma licitação para que a obra e a concessão do serviço fiquem com a mesma empresa, e os custos sendo bancados em parte pelo governo e pelas tarifas cobradas dos usuários.
Algumas obras no Rio de Janeiro e em São Paulo já foram licitadas nesse modelo.
Outro ponto de preocupação da associação é com os projetos em São Paulo, a maioria com atraso. Segundo Vilaça, a AnpTrilhos acompanha como o governo está resolvendo os problemas, principalmente de desapropriações e falta de recursos.
Fonte: Folha Online - 07/06/2016
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