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Maioria dos pacotes de serviços de bancos sobe mais do que a inflação
Publicado em 07/06/2016 , por FILIPE OLIVEIRA
Com lucro em baixa, os bancos estão cobrando mais dos correntistas pelos seus serviços. Levantamento da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) mostra que, entre 119 pacotes de serviços, 75 tiveram aumento desde janeiro deste ano –a maior parte (67) subiu acima da inflação desde o reajuste anterior.
A Proteste analisou cestas de Bradesco, Caixa, BB, Itaú, Santander, Banrisul, HSBC e Citibank (os dois últimos não fizeram nenhum reajuste nas 19 cestas analisadas).
Procurados, os bancos dizem que a alta de tarifas é consequência da inflação e do aumento de custos operacionais. Também disseram que as tarifas são competitivas com o que é oferecido no mercado.
O maior aumento foi de 50,87%, no pacote Bom pra Todos Pleno, do Banco do Brasil e hoje fechado para novas adesões. A cesta de serviços custa R$ 60,95 ao mês.
A cesta mais cara é a Select Unique (para clientes de alta renda), do Santander, que tem custo mensal de R$ 99.
Cada um desses pacotes oferece uma quantidade diferente de serviços que podem ser utilizados sem custo adicional, entre eles saques em caixas eletrônicos e emissão de cheques.
A retração na oferta de crédito fez com que os bancos buscassem fontes alternativas de receita para diminuir o impacto da crise econômica do país em seus lucros.
E para Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ, eles levam vantagem no reajuste durante a crise.
Nesse período, muitos consumidores optam por manter o pacote mesmo que ele esteja mais caro. É uma espécie de estratégia para manter o bom relacionamento com o gerente de conta. Assim, o cliente tenta barganhar condições mais favoráveis para empréstimos, como taxas de juros menores e prazos mais longos para pagamento.
"O consumidor que precisa do banco faz a conta e pensa que o aumento é tolerável, se for revertido em outros produtos com condições melhores."
DESCONHECIMENTO
Mas, na prática, grande parte dos clientes não sabe quanto paga para ter conta-corrente em banco. Levantamento da empresa de pesquisas MeSeems feito neste mês pela internet com 800 consumidores das classes A, B e C indicou que 49% deles dizem estar nessa situação.
Dentre os que disseram conhecer o valor pago mensalmente, 25% afirmam ser isentos de qualquer tarifa.
Entre os que responderam à pesquisa, 29% disseram não saber os serviços que estão inclusos em seu pacote.
Renata Pedro, técnica da Proteste, afirma que a cobrança pelos pacotes de serviço deve vir discriminada no extrato da conta. Mas, caso o consumidor tenha dúvidas, deve pedir esclarecimentos ao seu gerente.
Ela lembra que o consumidor não é obrigado a pagar por um pacote para sua conta-corrente.
O Banco Central obriga que os bancos ofereçam o pacote de serviços essenciais de forma gratuita. Ele inclui um cartão de débito, quatro saques mensais, duas transferências por mês para contas no mesmo banco e consultas de saldo pela internet.
OUTRO LADO
Os bancos afirmam que o aumento de tarifas é consequência da inflação e da alta de custos operacionais. As instituições financeiras também dizem que as tarifas praticadas são competitivas com o que é oferecido no mercado.
O Banco do Brasil informou pautar sua política de tarifas de acordo com as normas do Banco Central. A instituição afirma monitorar constantemente os movimentos do mercado, para que suas tarifas estejam sempre entre as mais competitivas.
A Caixa Econômica Federal disse oferecer cestas de serviços que se enquadram entre as de melhor relação custo-benefício do mercado e que seus valores permanecem competitivos na comparação com os praticados pelos demais bancos.
Também disse que aumentos são necessários ao longo do tempo para suportar os custos na melhoria de produtos e serviços e na expansão dos canais de atendimento.
A instituição também informou que a cesta Simples foi a mais impactada pelo último reajuste por estar sendo descontinuada pelo banco, o que leva a um maior custo de manutenção.
Segundo o Bradesco, o ajuste de alguns itens da tabela teve como objetivo alinhar os valores aos seus custos operacionais.
CUSTO-BENEFÍCIO
O Itaú Unibanco disse que busca manter a melhor relação custo-benefício para o cliente, mantendo preços competitivos e serviços de boa qualidade.
De acordo com o Santander, os reajustes nas tarifas dos pacotes de serviços mencionados no levantamento da Proteste visaram acompanhar a inflação dos últimos 12 meses.
O Banrisul informou que o pacote Padronizado 3, que teve o maior ajuste do banco neste ano, não havia sido reajustado desde a sua implementação, em julho de 2013.
TIRE SUAS DÚVIDAS
1. O banco pode subir a tarifa?
Sim, mas o cliente precisa ser avisado com pelo menos um mês de antecedência
2. Não quero pagar mais, o que posso fazer?
O cliente pode pesquisar os outros pacotes do banco. Ele também pode escolher por migrar de banco em busca de serviços mais baratos
3. Existe uma conta sem tarifa?
Sim. O BC obriga os bancos a oferecer o pacote de serviços essenciais, sem custo. É possível, ainda, contratar as contas eletrônicas dos bancos. Os serviços digitais são gratuitos, mas, se o cliente precisar de atendimento presencial, pagará tarifa avulsa
A Proteste analisou cestas de Bradesco, Caixa, BB, Itaú, Santander, Banrisul, HSBC e Citibank (os dois últimos não fizeram nenhum reajuste nas 19 cestas analisadas).
Procurados, os bancos dizem que a alta de tarifas é consequência da inflação e do aumento de custos operacionais. Também disseram que as tarifas são competitivas com o que é oferecido no mercado.
O maior aumento foi de 50,87%, no pacote Bom pra Todos Pleno, do Banco do Brasil e hoje fechado para novas adesões. A cesta de serviços custa R$ 60,95 ao mês.
A cesta mais cara é a Select Unique (para clientes de alta renda), do Santander, que tem custo mensal de R$ 99.
Cada um desses pacotes oferece uma quantidade diferente de serviços que podem ser utilizados sem custo adicional, entre eles saques em caixas eletrônicos e emissão de cheques.
A retração na oferta de crédito fez com que os bancos buscassem fontes alternativas de receita para diminuir o impacto da crise econômica do país em seus lucros.
E para Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ, eles levam vantagem no reajuste durante a crise.
Nesse período, muitos consumidores optam por manter o pacote mesmo que ele esteja mais caro. É uma espécie de estratégia para manter o bom relacionamento com o gerente de conta. Assim, o cliente tenta barganhar condições mais favoráveis para empréstimos, como taxas de juros menores e prazos mais longos para pagamento.
"O consumidor que precisa do banco faz a conta e pensa que o aumento é tolerável, se for revertido em outros produtos com condições melhores."
DESCONHECIMENTO
Mas, na prática, grande parte dos clientes não sabe quanto paga para ter conta-corrente em banco. Levantamento da empresa de pesquisas MeSeems feito neste mês pela internet com 800 consumidores das classes A, B e C indicou que 49% deles dizem estar nessa situação.
Dentre os que disseram conhecer o valor pago mensalmente, 25% afirmam ser isentos de qualquer tarifa.
Entre os que responderam à pesquisa, 29% disseram não saber os serviços que estão inclusos em seu pacote.
Renata Pedro, técnica da Proteste, afirma que a cobrança pelos pacotes de serviço deve vir discriminada no extrato da conta. Mas, caso o consumidor tenha dúvidas, deve pedir esclarecimentos ao seu gerente.
Ela lembra que o consumidor não é obrigado a pagar por um pacote para sua conta-corrente.
O Banco Central obriga que os bancos ofereçam o pacote de serviços essenciais de forma gratuita. Ele inclui um cartão de débito, quatro saques mensais, duas transferências por mês para contas no mesmo banco e consultas de saldo pela internet.
OUTRO LADO
Os bancos afirmam que o aumento de tarifas é consequência da inflação e da alta de custos operacionais. As instituições financeiras também dizem que as tarifas praticadas são competitivas com o que é oferecido no mercado.
O Banco do Brasil informou pautar sua política de tarifas de acordo com as normas do Banco Central. A instituição afirma monitorar constantemente os movimentos do mercado, para que suas tarifas estejam sempre entre as mais competitivas.
A Caixa Econômica Federal disse oferecer cestas de serviços que se enquadram entre as de melhor relação custo-benefício do mercado e que seus valores permanecem competitivos na comparação com os praticados pelos demais bancos.
Também disse que aumentos são necessários ao longo do tempo para suportar os custos na melhoria de produtos e serviços e na expansão dos canais de atendimento.
A instituição também informou que a cesta Simples foi a mais impactada pelo último reajuste por estar sendo descontinuada pelo banco, o que leva a um maior custo de manutenção.
Segundo o Bradesco, o ajuste de alguns itens da tabela teve como objetivo alinhar os valores aos seus custos operacionais.
CUSTO-BENEFÍCIO
O Itaú Unibanco disse que busca manter a melhor relação custo-benefício para o cliente, mantendo preços competitivos e serviços de boa qualidade.
De acordo com o Santander, os reajustes nas tarifas dos pacotes de serviços mencionados no levantamento da Proteste visaram acompanhar a inflação dos últimos 12 meses.
O Banrisul informou que o pacote Padronizado 3, que teve o maior ajuste do banco neste ano, não havia sido reajustado desde a sua implementação, em julho de 2013.
TIRE SUAS DÚVIDAS
1. O banco pode subir a tarifa?
Sim, mas o cliente precisa ser avisado com pelo menos um mês de antecedência
2. Não quero pagar mais, o que posso fazer?
O cliente pode pesquisar os outros pacotes do banco. Ele também pode escolher por migrar de banco em busca de serviços mais baratos
3. Existe uma conta sem tarifa?
Sim. O BC obriga os bancos a oferecer o pacote de serviços essenciais, sem custo. É possível, ainda, contratar as contas eletrônicas dos bancos. Os serviços digitais são gratuitos, mas, se o cliente precisar de atendimento presencial, pagará tarifa avulsa
Fonte: Folha Online - 06/06/2016
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