<
Voltar para notícias
1336
pessoas já leram essa notícia
Gás natural amplia competitividade ante eletricidade e óleo, indica pesquisa
Publicado em 23/05/2016
No segmento residencial, o gás natural é competitivo em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste
Brasília - O gás natural está mais competitivo do que a energia elétrica em todas as regiões do País e também é mais vantajoso do que o óleo combustível para as indústrias com consumo acima de 50 mil metros cúbicos (m³), segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. E a competitividade tende a aumentar mais em diversos estados, tendo em vista que algumas distribuidoras ainda não passaram por reajuste das tarifas de gás.
"O momento que estamos vivendo agora é em função da queda do barril do petróleo, que é uma das variáveis que compõem o preço do gás. Isso está provocando uma redução de custo, que está na ordem de 5% a 6%", explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
No segmento residencial, o gás natural é competitivo em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste, onde o preço do gás natural para clientes de alto consumo é 57,5% inferior ao valor da tarifa de energia elétrica, seguido pelo Sul, com uma diferença de 56,9%, pelo Nordeste (-44%) e pelo Sudeste (-34,6%) Já para clientes residenciais de baixo consumo, a menor variação é no Sudeste (-7,5%) e a maior, no Sul (-43,7%).
No caso do Sudeste, Salomon salienta que os dados ainda não consideram o reajuste das distribuidoras do Rio de Janeiro, realizado em maio, e também de São Paulo, onde ainda devem ser anunciados. A entidade aponta, ainda, que mesmo uma diferença menor já sinaliza para os consumidores que é mais vantajoso utilizar o aquecedor a gás, substituindo o chuveiro elétrico.
No segmento comercial, a diferença de preços é ainda maior. O Nordeste é a região onde o energético é mais competitivo, já que o preço do gás está 73,1% inferior ao da energia elétrica na classe de consumo de 50 mil m³ por mês. Na outra ponta, a menor economia fica com consumidores comerciais do Sudeste com demanda de 500 m³/mês, que mesmo assim têm custo 38,3% inferior com o gás em relação à eletricidade.
Na classe industrial, o comparativo foi feito com o óleo combustível, uma vez que, conforme a Abegás, de um modo geral, a indústria não utiliza energia elétrica para gerar vapor, mas apenas de forma pontual, para força mecânica - em empilhadeiras por exemplo. No segmento, o gás natural é competitivo para consumidores acima de 50 mil m³/mês em todas as regiões. A maior vantagem é para os consumidores da classe de 1 milhão de m³/mês no Centro-Oeste, que possuem uma tarifa de gás 46,3% menor do que o preço do óleo A1. Já no Sudeste, a diferença varia de uma redução mínima de 0,1% a 27,4%, dependendo do volume de consumo
Salomon lamenta o fato de a queda do preço e a consequente melhora da competitividade do gás vir em um momento de retração econômica, que dificulta que as distribuidoras se beneficiem do bom momento de preço. "Na medida em que começa a ter uma queda do preço do gás, conseguimos ser mais competitivos em outros segmentos e desenvolver outros mercados. Infelizmente isso acontece em um momento de crise", disse. Somente nos dois primeiros meses deste ano, o consumo de gás natural pelas indústrias recuou 13,81%, em decorrência da redução da atividade industrial.
Propostas
"Por mais que o gás seja mais competitivo que a energia elétrica, o problema hoje é que o consumo caiu e, consequentemente, o consumo de gás caiu. Há uma paralisação clara da indústria, mas isso vai mudar e, em mudando, a estrutura para a expansão tem que estar pronta", diz o dirigente
Salomon afirma que o setor pretende levar ao governo "atual ou ao próximo que estiver lá" uma proposta para destravar o setor, que inclui alterações nas áreas regulatória e tributária. "É uma agenda complexa, mas os preços hoje mostram que estamos altamente competitivos. A grande questão é como criamos esse ambiente de incentivo à indústria para que se possa colocar no mercado mais gás".
Embora animados com a perspectiva de uma nova dinâmica de mercado que decorrerá da esperada venda de ativos de gás pela Petrobras, hoje monopolista no fornecimento e transporte de gás, e do potencial fim da obrigatoriedade da estatal ser operadora única do pré-sal, os agentes observam que as regras atuais não respondem às novas necessidades e geram insegurança nos potenciais investidores. "Estamos preocupados com esse modelo pós Petrobras", revela Salomon. A Abegás está contratando uma consultoria para estudar as alternativas de mercado e contribuir com a discussão sobre um eventual ajuste das regras.
Brasília - O gás natural está mais competitivo do que a energia elétrica em todas as regiões do País e também é mais vantajoso do que o óleo combustível para as indústrias com consumo acima de 50 mil metros cúbicos (m³), segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. E a competitividade tende a aumentar mais em diversos estados, tendo em vista que algumas distribuidoras ainda não passaram por reajuste das tarifas de gás.
"O momento que estamos vivendo agora é em função da queda do barril do petróleo, que é uma das variáveis que compõem o preço do gás. Isso está provocando uma redução de custo, que está na ordem de 5% a 6%", explica o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon.
No segmento residencial, o gás natural é competitivo em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste, onde o preço do gás natural para clientes de alto consumo é 57,5% inferior ao valor da tarifa de energia elétrica, seguido pelo Sul, com uma diferença de 56,9%, pelo Nordeste (-44%) e pelo Sudeste (-34,6%) Já para clientes residenciais de baixo consumo, a menor variação é no Sudeste (-7,5%) e a maior, no Sul (-43,7%).
No caso do Sudeste, Salomon salienta que os dados ainda não consideram o reajuste das distribuidoras do Rio de Janeiro, realizado em maio, e também de São Paulo, onde ainda devem ser anunciados. A entidade aponta, ainda, que mesmo uma diferença menor já sinaliza para os consumidores que é mais vantajoso utilizar o aquecedor a gás, substituindo o chuveiro elétrico.
No segmento comercial, a diferença de preços é ainda maior. O Nordeste é a região onde o energético é mais competitivo, já que o preço do gás está 73,1% inferior ao da energia elétrica na classe de consumo de 50 mil m³ por mês. Na outra ponta, a menor economia fica com consumidores comerciais do Sudeste com demanda de 500 m³/mês, que mesmo assim têm custo 38,3% inferior com o gás em relação à eletricidade.
Na classe industrial, o comparativo foi feito com o óleo combustível, uma vez que, conforme a Abegás, de um modo geral, a indústria não utiliza energia elétrica para gerar vapor, mas apenas de forma pontual, para força mecânica - em empilhadeiras por exemplo. No segmento, o gás natural é competitivo para consumidores acima de 50 mil m³/mês em todas as regiões. A maior vantagem é para os consumidores da classe de 1 milhão de m³/mês no Centro-Oeste, que possuem uma tarifa de gás 46,3% menor do que o preço do óleo A1. Já no Sudeste, a diferença varia de uma redução mínima de 0,1% a 27,4%, dependendo do volume de consumo
Salomon lamenta o fato de a queda do preço e a consequente melhora da competitividade do gás vir em um momento de retração econômica, que dificulta que as distribuidoras se beneficiem do bom momento de preço. "Na medida em que começa a ter uma queda do preço do gás, conseguimos ser mais competitivos em outros segmentos e desenvolver outros mercados. Infelizmente isso acontece em um momento de crise", disse. Somente nos dois primeiros meses deste ano, o consumo de gás natural pelas indústrias recuou 13,81%, em decorrência da redução da atividade industrial.
Propostas
"Por mais que o gás seja mais competitivo que a energia elétrica, o problema hoje é que o consumo caiu e, consequentemente, o consumo de gás caiu. Há uma paralisação clara da indústria, mas isso vai mudar e, em mudando, a estrutura para a expansão tem que estar pronta", diz o dirigente
Salomon afirma que o setor pretende levar ao governo "atual ou ao próximo que estiver lá" uma proposta para destravar o setor, que inclui alterações nas áreas regulatória e tributária. "É uma agenda complexa, mas os preços hoje mostram que estamos altamente competitivos. A grande questão é como criamos esse ambiente de incentivo à indústria para que se possa colocar no mercado mais gás".
Embora animados com a perspectiva de uma nova dinâmica de mercado que decorrerá da esperada venda de ativos de gás pela Petrobras, hoje monopolista no fornecimento e transporte de gás, e do potencial fim da obrigatoriedade da estatal ser operadora única do pré-sal, os agentes observam que as regras atuais não respondem às novas necessidades e geram insegurança nos potenciais investidores. "Estamos preocupados com esse modelo pós Petrobras", revela Salomon. A Abegás está contratando uma consultoria para estudar as alternativas de mercado e contribuir com a discussão sobre um eventual ajuste das regras.
Fonte: Estadão - 22/05/2016
1336
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 26/11/2024 IPCA-15 sobe 0,62% em novembro, aponta IBGE
- Carrefour: entenda o caso e o que está em jogo
- Como evitar as compras por impulso e os gastos exagerados no Natal e fim de ano? Veja dicas
- Black Friday: Procon-SP já registrou mais de mil reclamações
- Economia do pente fino nos benefícios do INSS neste ano caiu para R$ 5,5 bi, diz Clayto Montes
- Novos processos seletivos do SEST SENAT oferecem vagas em diversas cidades
- Uber é condenado a indenizar passageira por acidente causado durante a viagem
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)