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Meirelles anuncia equipe econômica; Ilan Goldfajn é o escolhido para chefiar o BC
Publicado em 18/05/2016 , por VALDO CRUZ, EDUARDO CUCOLO e MACHADO DA COSTA
O economista Ilan Goldfajn foi confirmado nesta terça-feira (17) no cargo de novo presidente do Banco Central. O atual presidente, Alexandre Tombini, deve permanecer no cargo até que Goldfajn seja sabatinado pelo Senado.
Segundo Meirelles, Tombini terá novo cargo na administração federal, mas ainda não foi informado para onde ele iria.
Goldfajn já fez parte da diretoria do BC na gestão Henrique Meirelles no BC e ocupava atualmente o posto de economista-chefe do Itaú. Ele deve chegar a Brasília ainda nesta terça para se reunir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Meirelles indicou que pode haver mudanças na diretoria da instituição, mas que elas só serão discutidas após a chegada de Goldfajn.
De mochila, camisa social sem gravata e num voo de carreira de São Paulo, o novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, chegou a Brasilia por volta de 11h30 desta terça. Ele não quis comentar sobre a composição da diretoria do Banco Central ou sobre quando acredita que assumirá o posto, nem mesmo sobre suas primeiras iniciativas.
"Não vou fazer nenhum comentário, vocês sabem que eu tenho que seguir um processo", disse, com sorriso e simpatia. "Mas agradeço por terem vindo".
OUTROS NOMES
Outro ex-diretor do BC, Carlos Hamilton Araújo, será secretário de Política Econômica. Araújo vai ajudar a formular as políticas econômicas, diz Meirelles.
"A Secretaria de Acompanhamento Econômico vai fornecer a base de dados e avaliação dos componentes de despesas públicas com precisão e tranquilidade", afirmou o ministro da Fazenda.
O economista Mansueto de Almeida, colaborador do programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, será secretário de Acompanhamento Econômico. Almeida estava licenciado do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Mansueto deve focar as atividades na Secretaria de Acompanhamento Econômico nas despesas públicas, de acordo com Meirelles. Ele vai ser responsável por analisar as despesas públicas para embasar as medidas que serão adotadas pelo ministério.
Também oriundo do Ipea, o economista Marcelo Caetano irá comandar a secretaria de Previdência. Caetano tem como principal finalidade formular uma política para o setor, o que inclui participar das discussões sobre reformas. O ministro descarta tomar qualquer atitude precipitada em relação ao tema.
FORO ESPECIAL
Com as mudanças na estrutura dos ministérios, o presidente do BC deixou de ser ministro de Estado. Porém, a prerrogativa de foro especial, que é garantida aos ministros, poderá ser mantida por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional). Se for aprovada pelo Congresso, a PEC estenderia o privilégio a toda a diretoria da instituição.
Dentro dessa proposta, estará prevista também a autonomia decisória do Banco Central. Segundo Meirelles, o governo não quer dar independência, mas somente criar uma previsão legal de que não haverá ingerências na instituição. "Autonomia de decisão do BC não se confunde com independência", disse Meirelles.
Segundo ele, no momento, não há definição de mandatos, como no caso de uma independência formal do BC. "Hoje, a autonomia é apenas um acordo verbal. Ter uma garantia constitucional é um avanço importante", afirmou.
PREVIDÊNCIA
A reforma da Previdência é uma das maiores apostas do governo atual para deixar como legado. Na segunda (16), Meirelles se reuniu com outros ministros e o presidente interino, Michel Temer, além de centrais sindicais, para criar um grupo de trabalho com o propósito de negociar uma reforma.
Segundo Meirelles, assim que o projeto começar a andar, esse será um vetor de retomada da confiança. "Com a fixação desse prazo de 30 dias [para formular a proposta], à medida em que os estudos avancem, uma parte das incertezas vai ser eliminada, o que poderá aumentar a confiança", disse.
Meirelles afirma que o mais importante é dar garantias de que todos os trabalhadores tenham certeza de que vão poder se aposentar. "A ideia é que a proposta seja discutida com a sociedade, com as centrais sindicais e com o Congresso", afirmou. "O importante é que todos os trabalhadores tenham a garantia de que aquela aposentadoria será paga, cumprida, e que o Estado seja solvente", complementou.
BANCOS ESTATAIS
Meirelles disse que outros nomes estão sendo anunciados gradualmente. "Estaremos continuando nos próximos dias a avaliar e tomar decisões."
Segundo o ministro, a próxima rodada de decisões será sobre os bancos públicos —Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. "Cada um dos gestores será anunciado, que pode inclusive ser a manutenção dos atuais membros ou ocupantes do cargo"
No momento, Otávio Ladeira continua como secretário do Tesouro Nacional e Jorge Rachid permanece como secretário da Receita Federal.
REPERCUSSÃO
Em nota, o atual presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que Goldfajn é profissional reconhecido, com larga experiência no setor financeiro brasileiro, ampla visão da economia nacional e internacional, além de já ter passagem pela diretoria colegiada dessa instituição.
"Suas qualidades e sua formação o credenciam a uma bem sucedida gestão frente à autoridade monetária brasileira."
Também em nota, Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco Holding, afirma que o "profundo conhecimento e ampla experiência profissional [de Ilan], inclusive no próprio Banco Central, o credenciam para contribuir com a nova equipe econômica no caminho da retomada do crescimento sustentável do país e da confiança dos mercados".
"Parabenizo o presidente interino Michel Temer e o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pela escolha e desejo muito sucesso ao Ilan", complementa a nota.
Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, também comentou a escolha de Goldfajn como chefe do BC. "Sua missão será chave para o sucesso da equipe estruturada pelo ministro Henrique Meirelles, no desafio de alcançar a condição de relançar a economia brasileira a um novo tempo de crescimento, emprego e conquistas sociais", disse, em nota.
"Os nomes anunciados até agora dão configuração a uma equipe econômica robusta, homogênea e de credibilidade", afirma o presidente do Bradesco.
"A nova presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, é uma profissional de qualidade, incansável e exemplar na busca dos objetivos traçados".
"Esse conjunto de pessoas capazes, trabalhando juntos a uma mesma estratégia, têm potencial de converter nossas questões complexas e graves, em uma equação objetiva e plausível", conclui Trabuco.
O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, afirmou, em nota, que "a nomeação de Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central e dos secretários que irão compor a equipe do Ministério da Fazenda reforçam a capacidade do governo de retomar o crescimento econômico sustentável".
"Juntos, somam grande experiência e credibilidade tanto no setor público quanto no privado, o que será de extrema relevância para trazer de volta a confiança dos investidores estrangeiros e, mais ainda, do setor produtivo nacional", acrescenta Rial.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em nota, afirma que "Ilan Goldfajn tem conhecimento profundo sobre a missão e os instrumentos do Banco Central, onde demonstrou competência quando atuou como diretor da instituição".
"Também é digna de nota a qualidade dos escolhidos pelo ministro como seus auxiliares diretos, tanto em relação aos novos nomes designados quanto aos atuais ocupantes das secretarias mantidos na equipe econômica, que sustentam a boa expectativa em relação às ações do ministério", ressalta a federação.
Segundo Meirelles, Tombini terá novo cargo na administração federal, mas ainda não foi informado para onde ele iria.
Goldfajn já fez parte da diretoria do BC na gestão Henrique Meirelles no BC e ocupava atualmente o posto de economista-chefe do Itaú. Ele deve chegar a Brasília ainda nesta terça para se reunir com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Meirelles indicou que pode haver mudanças na diretoria da instituição, mas que elas só serão discutidas após a chegada de Goldfajn.
De mochila, camisa social sem gravata e num voo de carreira de São Paulo, o novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, chegou a Brasilia por volta de 11h30 desta terça. Ele não quis comentar sobre a composição da diretoria do Banco Central ou sobre quando acredita que assumirá o posto, nem mesmo sobre suas primeiras iniciativas.
"Não vou fazer nenhum comentário, vocês sabem que eu tenho que seguir um processo", disse, com sorriso e simpatia. "Mas agradeço por terem vindo".
OUTROS NOMES
Outro ex-diretor do BC, Carlos Hamilton Araújo, será secretário de Política Econômica. Araújo vai ajudar a formular as políticas econômicas, diz Meirelles.
"A Secretaria de Acompanhamento Econômico vai fornecer a base de dados e avaliação dos componentes de despesas públicas com precisão e tranquilidade", afirmou o ministro da Fazenda.
O economista Mansueto de Almeida, colaborador do programa de governo do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, será secretário de Acompanhamento Econômico. Almeida estava licenciado do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
Mansueto deve focar as atividades na Secretaria de Acompanhamento Econômico nas despesas públicas, de acordo com Meirelles. Ele vai ser responsável por analisar as despesas públicas para embasar as medidas que serão adotadas pelo ministério.
Também oriundo do Ipea, o economista Marcelo Caetano irá comandar a secretaria de Previdência. Caetano tem como principal finalidade formular uma política para o setor, o que inclui participar das discussões sobre reformas. O ministro descarta tomar qualquer atitude precipitada em relação ao tema.
FORO ESPECIAL
Com as mudanças na estrutura dos ministérios, o presidente do BC deixou de ser ministro de Estado. Porém, a prerrogativa de foro especial, que é garantida aos ministros, poderá ser mantida por meio de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional). Se for aprovada pelo Congresso, a PEC estenderia o privilégio a toda a diretoria da instituição.
Dentro dessa proposta, estará prevista também a autonomia decisória do Banco Central. Segundo Meirelles, o governo não quer dar independência, mas somente criar uma previsão legal de que não haverá ingerências na instituição. "Autonomia de decisão do BC não se confunde com independência", disse Meirelles.
Segundo ele, no momento, não há definição de mandatos, como no caso de uma independência formal do BC. "Hoje, a autonomia é apenas um acordo verbal. Ter uma garantia constitucional é um avanço importante", afirmou.
PREVIDÊNCIA
A reforma da Previdência é uma das maiores apostas do governo atual para deixar como legado. Na segunda (16), Meirelles se reuniu com outros ministros e o presidente interino, Michel Temer, além de centrais sindicais, para criar um grupo de trabalho com o propósito de negociar uma reforma.
Segundo Meirelles, assim que o projeto começar a andar, esse será um vetor de retomada da confiança. "Com a fixação desse prazo de 30 dias [para formular a proposta], à medida em que os estudos avancem, uma parte das incertezas vai ser eliminada, o que poderá aumentar a confiança", disse.
Meirelles afirma que o mais importante é dar garantias de que todos os trabalhadores tenham certeza de que vão poder se aposentar. "A ideia é que a proposta seja discutida com a sociedade, com as centrais sindicais e com o Congresso", afirmou. "O importante é que todos os trabalhadores tenham a garantia de que aquela aposentadoria será paga, cumprida, e que o Estado seja solvente", complementou.
BANCOS ESTATAIS
Meirelles disse que outros nomes estão sendo anunciados gradualmente. "Estaremos continuando nos próximos dias a avaliar e tomar decisões."
Segundo o ministro, a próxima rodada de decisões será sobre os bancos públicos —Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. "Cada um dos gestores será anunciado, que pode inclusive ser a manutenção dos atuais membros ou ocupantes do cargo"
No momento, Otávio Ladeira continua como secretário do Tesouro Nacional e Jorge Rachid permanece como secretário da Receita Federal.
REPERCUSSÃO
Em nota, o atual presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que Goldfajn é profissional reconhecido, com larga experiência no setor financeiro brasileiro, ampla visão da economia nacional e internacional, além de já ter passagem pela diretoria colegiada dessa instituição.
"Suas qualidades e sua formação o credenciam a uma bem sucedida gestão frente à autoridade monetária brasileira."
Também em nota, Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco Holding, afirma que o "profundo conhecimento e ampla experiência profissional [de Ilan], inclusive no próprio Banco Central, o credenciam para contribuir com a nova equipe econômica no caminho da retomada do crescimento sustentável do país e da confiança dos mercados".
"Parabenizo o presidente interino Michel Temer e o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pela escolha e desejo muito sucesso ao Ilan", complementa a nota.
Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, também comentou a escolha de Goldfajn como chefe do BC. "Sua missão será chave para o sucesso da equipe estruturada pelo ministro Henrique Meirelles, no desafio de alcançar a condição de relançar a economia brasileira a um novo tempo de crescimento, emprego e conquistas sociais", disse, em nota.
"Os nomes anunciados até agora dão configuração a uma equipe econômica robusta, homogênea e de credibilidade", afirma o presidente do Bradesco.
"A nova presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, é uma profissional de qualidade, incansável e exemplar na busca dos objetivos traçados".
"Esse conjunto de pessoas capazes, trabalhando juntos a uma mesma estratégia, têm potencial de converter nossas questões complexas e graves, em uma equação objetiva e plausível", conclui Trabuco.
O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, afirmou, em nota, que "a nomeação de Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central e dos secretários que irão compor a equipe do Ministério da Fazenda reforçam a capacidade do governo de retomar o crescimento econômico sustentável".
"Juntos, somam grande experiência e credibilidade tanto no setor público quanto no privado, o que será de extrema relevância para trazer de volta a confiança dos investidores estrangeiros e, mais ainda, do setor produtivo nacional", acrescenta Rial.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em nota, afirma que "Ilan Goldfajn tem conhecimento profundo sobre a missão e os instrumentos do Banco Central, onde demonstrou competência quando atuou como diretor da instituição".
"Também é digna de nota a qualidade dos escolhidos pelo ministro como seus auxiliares diretos, tanto em relação aos novos nomes designados quanto aos atuais ocupantes das secretarias mantidos na equipe econômica, que sustentam a boa expectativa em relação às ações do ministério", ressalta a federação.
Fonte: Folha Online - 17/05/2016
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