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Banco lança versão digital do cofrinho para correntistas
Publicado em 17/05/2016 , por DANIELLE BRANT e TÁSSIA KASTNER
Aqueles centavos que nunca fizeram sentido podem virar reserva financeira –por que, afinal, cobrar R$ 24,49 e não R$ 24,50? O Bradesco lança nesta segunda-feira (16) uma poupança que emula um cofrinho, só que em uma versão eletrônica, inspirada em produtos já lançados no exterior. As aplicações são feitas com o que seria troco de uma compra qualquer.
Funciona assim: se um produto custa R$ 45,63, o banco arredonda o valor cobrado do correntista para R$ 46. Os R$ 0,37 de "troco" vão para uma poupança. Isso vale para qualquer transação realizada com o cartão de débito ou pagamento de contas. Todos os centavos serão somados e transferidos, no dia seguinte, para a poupança escolhida pelo cliente –que poderá ser a dele ou de outra pessoa.
O cliente também pode escolher um valor diário, entre R$ 1 e R$ 5, para transferir para a poupança junto com os centavos de troco. A operação só acontece quando o cliente realiza algum gasto no dia. Se a compra for feita com o cheque especial, não haverá aplicação.
Um exemplo: se o total de arredondamentos do dia for R$ 1,50 e o correntista decidir acrescentar R$ 2,50 todos os dias, o valor depositado no "cofrinho" será de R$ 4.
O banco não pode impor adesão automática ao correntista. Para contratar o produto, será preciso entrar em contato com o banco em um dos canais de atendimento.
"Temos uma expectativa de, no primeiro ano, ter a adesão de uns 300 mil clientes ao serviço", diz Altair Antônio de Souza, diretor-executivo do Bradesco, que tem 25,6 milhões de correntistas.
Para o planejador financeiro Renato Roizenblit, o produto é interessante para aquele cliente que não tem disciplina para poupar e investir. "O brasileiro, em geral, tem pouca cultura de poupança, então qualquer ação que ajude nesse sentido é bem-vinda", afirma.
A desvantagem é que não há planejamento. "É uma poupança simplesmente porque a pessoa não enxerga o troco como algo que mereça ser guardado", acrescenta.
Outro problema é que a poupança tem perdido para a inflação desde o ano passado. Nos quatro primeiros meses deste ano, o IPCA (índice oficial de preços do país) avança 3,25%, enquanto a poupança acumula ganho de apenas 2,60%.
Com a menor rentabilidade e o desemprego elevado, a caderneta tem sofrido com saques seguidos desde janeiro de 2015.
Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, os resgates superaram as aplicações em R$ 32,3 bilhões, o que afeta diretamente o financiamento imobiliário.
Souza afirma que o objetivo do banco é estimular o hábito de poupar e não aumentar a captação de recursos para esse segmento do crédito.
"Temos uma expectativa de adesões, mas no primeiro momento não traz um volume tão grande para o crédito imobiliário", afirma.
LÁ FORA
Alguns países têm produtos semelhantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Bank of America lançou em 2005 o "keep the change" ("fique com o troco", em tradução livre). Em menos de um ano, o banco conseguiu a adesão de 2,5 milhões de clientes e 1 milhão de novas contas-poupança –sendo 200 mil de clientes de outras instituições financeiras.
Funciona assim: se um produto custa R$ 45,63, o banco arredonda o valor cobrado do correntista para R$ 46. Os R$ 0,37 de "troco" vão para uma poupança. Isso vale para qualquer transação realizada com o cartão de débito ou pagamento de contas. Todos os centavos serão somados e transferidos, no dia seguinte, para a poupança escolhida pelo cliente –que poderá ser a dele ou de outra pessoa.
O cliente também pode escolher um valor diário, entre R$ 1 e R$ 5, para transferir para a poupança junto com os centavos de troco. A operação só acontece quando o cliente realiza algum gasto no dia. Se a compra for feita com o cheque especial, não haverá aplicação.
Um exemplo: se o total de arredondamentos do dia for R$ 1,50 e o correntista decidir acrescentar R$ 2,50 todos os dias, o valor depositado no "cofrinho" será de R$ 4.
O banco não pode impor adesão automática ao correntista. Para contratar o produto, será preciso entrar em contato com o banco em um dos canais de atendimento.
"Temos uma expectativa de, no primeiro ano, ter a adesão de uns 300 mil clientes ao serviço", diz Altair Antônio de Souza, diretor-executivo do Bradesco, que tem 25,6 milhões de correntistas.
Para o planejador financeiro Renato Roizenblit, o produto é interessante para aquele cliente que não tem disciplina para poupar e investir. "O brasileiro, em geral, tem pouca cultura de poupança, então qualquer ação que ajude nesse sentido é bem-vinda", afirma.
A desvantagem é que não há planejamento. "É uma poupança simplesmente porque a pessoa não enxerga o troco como algo que mereça ser guardado", acrescenta.
Outro problema é que a poupança tem perdido para a inflação desde o ano passado. Nos quatro primeiros meses deste ano, o IPCA (índice oficial de preços do país) avança 3,25%, enquanto a poupança acumula ganho de apenas 2,60%.
Com a menor rentabilidade e o desemprego elevado, a caderneta tem sofrido com saques seguidos desde janeiro de 2015.
Apenas no primeiro quadrimestre deste ano, os resgates superaram as aplicações em R$ 32,3 bilhões, o que afeta diretamente o financiamento imobiliário.
Souza afirma que o objetivo do banco é estimular o hábito de poupar e não aumentar a captação de recursos para esse segmento do crédito.
"Temos uma expectativa de adesões, mas no primeiro momento não traz um volume tão grande para o crédito imobiliário", afirma.
LÁ FORA
Alguns países têm produtos semelhantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Bank of America lançou em 2005 o "keep the change" ("fique com o troco", em tradução livre). Em menos de um ano, o banco conseguiu a adesão de 2,5 milhões de clientes e 1 milhão de novas contas-poupança –sendo 200 mil de clientes de outras instituições financeiras.
Fonte: Folha Online - 16/05/2016
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