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Vendas do varejo recuam 7% no 1º tri, pior desempenho desde 2001
Publicado em 12/05/2016 , por LUCAS VETTORAZZO
As vendas do comércio varejista recuaram 7% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, divulgou nesta quarta-feira (11) o IBGE.
O resultado, apurado pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), é o pior para um trimestre desde o início da série histórica, em 2001.
De janeiro a março deste ano, houve queda nas vendas em sete dos oito segmentos do chamado varejo simples– que exclui veículos e material de construção– pesquisados pelo IBGE.
Supermercados, que representam 50% do índice, acumulam queda de 2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015.
As vendas do comércio sofrem desde o ano passado com uma combinação de inflação, desemprego e crédito restrito. Esse tipo de cenário leva o consumidor a dar prioridade a produtos básico em detrimento de supérfluos e itens mais caros.
"No caso específico dos supermercados, há o agravante de que os produtos alimentícios tiveram aumento acima da inflação no período e por isso a queda nas vedas", explica a técnica do IBGE Isabella Nunes.
Também houve quedas expressivas em combustíveis (-9,5%), vestuário e calçados (-12,9%), móveis e eletrodomésticos (-17%), livros, jornais e revistas (-14,9%), equipamentos de informática e para escritórios (-16,8%) e itens de uso pessoal e doméstico (-12,8%).
O único segmento que manteve vendas crescentes no primeiro trimestre foi o de artigos farmacêuticos, com alta de 2,4% na mesma base de comparação.
De acordo com Nunes, os artigos farmacêuticos estão relacionados as necessidades básicas dos consumidores, como remédios de uso contínuo e itens de higiene pessoal.
"O resultado do comércio reflete a piora do mercado de trabalho no último ano. O poder de compra está muito ligado à renda do trabalhador e quando não há certeza sobre o futuro, a primeira coisa que se faz é adiar decisões de consumo", explicou Nunes.
MÊS
A piora no trimestre teve impacto do resultado de março, que teve queda de vendas acima do esperado pelo mercado.
Após registrar avanço em fevereiro, as vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,9% em março na comparação com o mês anterior. É o pior resultado para o mês de março desde 2003, quando as vendas tinham recuado 2,4%.
Na comparação anual -março de 2016 contra o mesmo período do ano passado-, o varejo acumula queda pelo 12º mês consecutivo. As vendas recuaram 5,7% nessa base de comparação.
Os dados vieram acima do centro de expectativas de analistas e economistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, que esperavam recuo de 0,6% e queda de 4,6% na comparação com março do ano passado.
Em fevereiro, o indicador havia subido 1,2% em relação ao mês anterior. O resultado surpreendeu as expectativas do mercado, que previa queda. Na ocasião, a melhora das vendas foi puxada por bom desempenho de móveis e eletrodomésticos.
A melhora, contudo, foi pontual e insuficiente para reverter a tendência de queda observada na comparação dos dados deste ano com os do ano passado.
VEÍCULOS
As vendas do chamado varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, também caíram. Na comparação mensal, o recuo foi de 1,1%. No intervalo de um ano, a queda é de 7,9%. As vendas observadas no primeiro trimestre foram 9,4% menores que as verificadas no mesmo período de 2015.
Houve piora tanto no segmento de veículos quanto no de construção.
Veículos, motos e peças tiveram queda de 0,5% na passagem de fevereiro para março. Na comparação de março com igual período do ano passado, a queda foi de 11,1%. No trimestre, o recuo foi de 13,5%.
"A queda de bens que dependem de financiamento, como carro, têm relação direta com o encarecimento do crédito e a perda de renda real", disse.
Já a construção civil amarga vendas 0,3% menores no mês. No intervalo de um ano, a queda é de 14,6%. No trimestre, o recuo é de 14,7%.
O resultado, apurado pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), é o pior para um trimestre desde o início da série histórica, em 2001.
De janeiro a março deste ano, houve queda nas vendas em sete dos oito segmentos do chamado varejo simples– que exclui veículos e material de construção– pesquisados pelo IBGE.
Supermercados, que representam 50% do índice, acumulam queda de 2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015.
As vendas do comércio sofrem desde o ano passado com uma combinação de inflação, desemprego e crédito restrito. Esse tipo de cenário leva o consumidor a dar prioridade a produtos básico em detrimento de supérfluos e itens mais caros.
"No caso específico dos supermercados, há o agravante de que os produtos alimentícios tiveram aumento acima da inflação no período e por isso a queda nas vedas", explica a técnica do IBGE Isabella Nunes.
Também houve quedas expressivas em combustíveis (-9,5%), vestuário e calçados (-12,9%), móveis e eletrodomésticos (-17%), livros, jornais e revistas (-14,9%), equipamentos de informática e para escritórios (-16,8%) e itens de uso pessoal e doméstico (-12,8%).
O único segmento que manteve vendas crescentes no primeiro trimestre foi o de artigos farmacêuticos, com alta de 2,4% na mesma base de comparação.
De acordo com Nunes, os artigos farmacêuticos estão relacionados as necessidades básicas dos consumidores, como remédios de uso contínuo e itens de higiene pessoal.
"O resultado do comércio reflete a piora do mercado de trabalho no último ano. O poder de compra está muito ligado à renda do trabalhador e quando não há certeza sobre o futuro, a primeira coisa que se faz é adiar decisões de consumo", explicou Nunes.
MÊS
A piora no trimestre teve impacto do resultado de março, que teve queda de vendas acima do esperado pelo mercado.
Após registrar avanço em fevereiro, as vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,9% em março na comparação com o mês anterior. É o pior resultado para o mês de março desde 2003, quando as vendas tinham recuado 2,4%.
Na comparação anual -março de 2016 contra o mesmo período do ano passado-, o varejo acumula queda pelo 12º mês consecutivo. As vendas recuaram 5,7% nessa base de comparação.
Os dados vieram acima do centro de expectativas de analistas e economistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, que esperavam recuo de 0,6% e queda de 4,6% na comparação com março do ano passado.
Em fevereiro, o indicador havia subido 1,2% em relação ao mês anterior. O resultado surpreendeu as expectativas do mercado, que previa queda. Na ocasião, a melhora das vendas foi puxada por bom desempenho de móveis e eletrodomésticos.
A melhora, contudo, foi pontual e insuficiente para reverter a tendência de queda observada na comparação dos dados deste ano com os do ano passado.
VEÍCULOS
As vendas do chamado varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, também caíram. Na comparação mensal, o recuo foi de 1,1%. No intervalo de um ano, a queda é de 7,9%. As vendas observadas no primeiro trimestre foram 9,4% menores que as verificadas no mesmo período de 2015.
Houve piora tanto no segmento de veículos quanto no de construção.
Veículos, motos e peças tiveram queda de 0,5% na passagem de fevereiro para março. Na comparação de março com igual período do ano passado, a queda foi de 11,1%. No trimestre, o recuo foi de 13,5%.
"A queda de bens que dependem de financiamento, como carro, têm relação direta com o encarecimento do crédito e a perda de renda real", disse.
Já a construção civil amarga vendas 0,3% menores no mês. No intervalo de um ano, a queda é de 14,6%. No trimestre, o recuo é de 14,7%.
Fonte: Folha Online - 11/05/2016
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