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Refrigerante perde gás na crise, e consumidor migra para suco em pó
Publicado em 09/05/2016 , por JOANA CUNHA
Quando as vendas de suco em pó nos supermercados começam a crescer, é sinal de que a economia não vai bem.
Mais barato entre todas as categorias de bebidas, o concentrado em pó registrou alta de 2,2% no volume de vendas em 2015, enquanto o refrigerante, produto mais reconhecido pelas marcas fortes e de valor unitário geralmente mais alto, caiu 3,1%.
A venda do suco em pó alcançou 130,7 mil toneladas no ano passado, conforme dados da empresa de pesquisa Euromonitor. Para este ano, a previsão é de um crescimento em torno de 2,4%.
"É um produto que o consumidor procura mais nos momentos de retração da renda. É mais barato e rende mais misturado na água", afirma Angélica Salado, analista de pesquisa da Euromonitor International.
Trata-se de uma categoria que vinha perdendo espaço nos anos de avanço do emprego e da renda, mas que volta com força e tenta conquistar também consumidores da bebida gaseificada.
O concentrado chegou a registrar crescimento superior a 18% em 2002, mas foi perdendo força até alcançar uma queda pontual de 6% em 2008 e agora se acelera.
Há cerca de um mês, a fabricante de refresco em pó Camp lançou os sabores Camp Cola e Camp Cola com limão, na tentativa de reproduzir o sabor do refrigerante.
"Neste momento de crise, o produto pode ser uma ótima opção. O preço é convidativo para o consumidor final, 67% mais baixo que o do refrigerante sabor cola", diz Isael Pinto, diretor-presidente da General Brands, fabricante dos sucos Camp.
Outra categoria que tem crescido na contramão da retração do refrigerante é o suco tipo néctar (com variações na porcentagem de fruta), que também vem emprestando características do concorrente gasoso.
No ano passado, a Maguary colocou no mercado uma versão de garrafa PET de 1,5 litro. Entre as vantagens da embalagem PET, Fábio Levalessi, diretor comercial da Britvic Ebba, dona das marcas Maguary e Dafruta, lista a facilidade de moldar diferentes tamanhos.
"É possível fazer a garrafa maior, que proporciona melhor custo por litro", diz ele.
A tendência de consumo de alimentos saudáveis vinha favorecendo todos os tipos de sucos há cerca de cinco anos, mas a crise deu novo impulso devido à fragmentação da categoria, afirma Salado.
"O mercado de sucos está em todas as faixas de preço com opções que variam de R$ 2 a R$ 15. Há muitas marcas regionais que favorecem."
Exemplo da atratividade do segmento foi a aquisição da marca de sucos Do Bem, que tem posicionamento mais saudável. Em abril, foi comprada pela AmBev, dona do Guaraná Antarctica.
A própria categoria de refrigerante registrou na atual crise econômica uma resiliência maior da demanda tanto pelas embalagens promocionais grandes, com melhor custo-benefício, como pelas garrafas mini, de baixo desembolso, geralmente vendidas geladas para capturar o consumo por impulso.
"Vimos um crescimento recente também de marcas menos expressivas, regionais, as famosas tubaínas, que são mais baratas", diz Salado.
Mais barato entre todas as categorias de bebidas, o concentrado em pó registrou alta de 2,2% no volume de vendas em 2015, enquanto o refrigerante, produto mais reconhecido pelas marcas fortes e de valor unitário geralmente mais alto, caiu 3,1%.
A venda do suco em pó alcançou 130,7 mil toneladas no ano passado, conforme dados da empresa de pesquisa Euromonitor. Para este ano, a previsão é de um crescimento em torno de 2,4%.
"É um produto que o consumidor procura mais nos momentos de retração da renda. É mais barato e rende mais misturado na água", afirma Angélica Salado, analista de pesquisa da Euromonitor International.
Trata-se de uma categoria que vinha perdendo espaço nos anos de avanço do emprego e da renda, mas que volta com força e tenta conquistar também consumidores da bebida gaseificada.
O concentrado chegou a registrar crescimento superior a 18% em 2002, mas foi perdendo força até alcançar uma queda pontual de 6% em 2008 e agora se acelera.
Há cerca de um mês, a fabricante de refresco em pó Camp lançou os sabores Camp Cola e Camp Cola com limão, na tentativa de reproduzir o sabor do refrigerante.
"Neste momento de crise, o produto pode ser uma ótima opção. O preço é convidativo para o consumidor final, 67% mais baixo que o do refrigerante sabor cola", diz Isael Pinto, diretor-presidente da General Brands, fabricante dos sucos Camp.
Outra categoria que tem crescido na contramão da retração do refrigerante é o suco tipo néctar (com variações na porcentagem de fruta), que também vem emprestando características do concorrente gasoso.
No ano passado, a Maguary colocou no mercado uma versão de garrafa PET de 1,5 litro. Entre as vantagens da embalagem PET, Fábio Levalessi, diretor comercial da Britvic Ebba, dona das marcas Maguary e Dafruta, lista a facilidade de moldar diferentes tamanhos.
"É possível fazer a garrafa maior, que proporciona melhor custo por litro", diz ele.
A tendência de consumo de alimentos saudáveis vinha favorecendo todos os tipos de sucos há cerca de cinco anos, mas a crise deu novo impulso devido à fragmentação da categoria, afirma Salado.
"O mercado de sucos está em todas as faixas de preço com opções que variam de R$ 2 a R$ 15. Há muitas marcas regionais que favorecem."
Exemplo da atratividade do segmento foi a aquisição da marca de sucos Do Bem, que tem posicionamento mais saudável. Em abril, foi comprada pela AmBev, dona do Guaraná Antarctica.
A própria categoria de refrigerante registrou na atual crise econômica uma resiliência maior da demanda tanto pelas embalagens promocionais grandes, com melhor custo-benefício, como pelas garrafas mini, de baixo desembolso, geralmente vendidas geladas para capturar o consumo por impulso.
"Vimos um crescimento recente também de marcas menos expressivas, regionais, as famosas tubaínas, que são mais baratas", diz Salado.
Fonte: Folha Online - 08/05/2016
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