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Meirelles define 3 prioridades na Fazenda para governo Temer
Publicado em 09/05/2016 , por VALDO CRUZ
Classificado pela equipe de Michel Temer como um dos "principais esteios" de um futuro governo do vice-presidente, Henrique Meirelles definiu com o peemedebista os três eixos das primeiras medidas econômicas a serem tomadas à frente da Fazenda:
1) um projeto fixando um teto para o crescimento dos gastos públicos, com o fim de boa parte das vinculações de receitas, 2) uma reforma da Previdência e 3) a racionalização do sistema tributário.
Em reuniões com assessores do vice, realizadas durante esta semana, o ex-presidente do BC disse que o lema do governo Temer na economia vai ser "vamos devagar, mas estamos com pressa".
Traduzindo: o desequilíbrio das contas públicas impede que a situação seja revertida de imediato, mas as medidas para resolver o problema terão de ser aprovadas no curto prazo, de preferência todas neste ano.
"Precisamos sinalizar que daqui a dois anos poderemos ter superavit primário de novo, mas isso não significa deixar para depois a aprovação. Tem de acontecer agora", disse Meirelles a assessores de Temer. O vice assume a Presidência se o Senado abrir o processo de impeachment de Dilma, na próxima semana.
Em paralelo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), cotado para o Ministério do Planejamento, adotará ações em dois sentidos: animação econômica, com projetos para estimular o investimento, e gestão e governança, com corte de gastos e melhoria do funcionamento da máquina.
Meirelles e Jucá disseram a Temer que essas iniciativas serão montadas para recuperar a credibilidade da política econômica, reduzir o risco do país e garantir a volta do crescimento ainda em 2016.
Nas palavras do provável novo ministro da Fazenda, o governo Temer vai criar condições para que a dívida pública caia no médio prazo. "O importante é dar aos investidores não a previsão, mas a segurança e a certeza de que o endividamento será reduzido e o risco do país vai diminuir", disse Meirelles a interlocutores do vice.
REVISÃO DA META
Confirmado o afastamento de Dilma, Temer pretende nos primeiros dias aprovar no Congresso a revisão da meta fiscal deste ano, autorizando um deficit de R$ 96,7 bilhões.
"Esta é a realidade que a Dilma está nos deixando, um rombo enorme nas contas públicas, que teremos de reverter no médio prazo", tem dito Jucá. Outra missão de curtíssimo prazo será aprovar a DRU (mecanismo que desvincula 30% das principais receitas da União).
Em seguida, o governo irá se dedicar ao projeto que fixa um teto para os gastos públicos. A ideia é que, além do limite, eles não subam mais do que o crescimento do PIB.
A reforma da Previdência deve ser apresentada no curto prazo, votada depois das eleições municipais, por etapas, aprovando algumas ainda neste ano.
Um assessor de Temer diz que aumentos de impostos não serão propostos nos primeiros dias e toda medida nessa área será discutida antes com o Congresso.
1) um projeto fixando um teto para o crescimento dos gastos públicos, com o fim de boa parte das vinculações de receitas, 2) uma reforma da Previdência e 3) a racionalização do sistema tributário.
Em reuniões com assessores do vice, realizadas durante esta semana, o ex-presidente do BC disse que o lema do governo Temer na economia vai ser "vamos devagar, mas estamos com pressa".
Traduzindo: o desequilíbrio das contas públicas impede que a situação seja revertida de imediato, mas as medidas para resolver o problema terão de ser aprovadas no curto prazo, de preferência todas neste ano.
"Precisamos sinalizar que daqui a dois anos poderemos ter superavit primário de novo, mas isso não significa deixar para depois a aprovação. Tem de acontecer agora", disse Meirelles a assessores de Temer. O vice assume a Presidência se o Senado abrir o processo de impeachment de Dilma, na próxima semana.
Em paralelo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), cotado para o Ministério do Planejamento, adotará ações em dois sentidos: animação econômica, com projetos para estimular o investimento, e gestão e governança, com corte de gastos e melhoria do funcionamento da máquina.
Meirelles e Jucá disseram a Temer que essas iniciativas serão montadas para recuperar a credibilidade da política econômica, reduzir o risco do país e garantir a volta do crescimento ainda em 2016.
Nas palavras do provável novo ministro da Fazenda, o governo Temer vai criar condições para que a dívida pública caia no médio prazo. "O importante é dar aos investidores não a previsão, mas a segurança e a certeza de que o endividamento será reduzido e o risco do país vai diminuir", disse Meirelles a interlocutores do vice.
REVISÃO DA META
Confirmado o afastamento de Dilma, Temer pretende nos primeiros dias aprovar no Congresso a revisão da meta fiscal deste ano, autorizando um deficit de R$ 96,7 bilhões.
"Esta é a realidade que a Dilma está nos deixando, um rombo enorme nas contas públicas, que teremos de reverter no médio prazo", tem dito Jucá. Outra missão de curtíssimo prazo será aprovar a DRU (mecanismo que desvincula 30% das principais receitas da União).
Em seguida, o governo irá se dedicar ao projeto que fixa um teto para os gastos públicos. A ideia é que, além do limite, eles não subam mais do que o crescimento do PIB.
A reforma da Previdência deve ser apresentada no curto prazo, votada depois das eleições municipais, por etapas, aprovando algumas ainda neste ano.
Um assessor de Temer diz que aumentos de impostos não serão propostos nos primeiros dias e toda medida nessa área será discutida antes com o Congresso.
Fonte: Folha Online - 07/05/2016
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