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Agência de classificação de risco Fitch rebaixa nota do Brasil
Publicado em 06/05/2016
Cinco meses após tirar o selo de bom pagador do Brasil, a agência de classificação de risco Fitch voltou a reduzir a nota do país nesta quinta-feira (5). Caiu de BB+ para BB, com perspectiva negativa –o que significa que a agência pode reduzir novamente a avaliação brasileira.
Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete contração maior que o esperado da economia brasileira e fracasso do governo brasileiro em estabilizar as finanças públicas. Também estão na lista o impasse político no país que dificulta a retomada da confiança.
A Fitch espera que agora que a economia brasileira vá recuar 3,8% em 2016 e crescer 0,5% em 2017. No final do ano passado, as projeções eram menos pessimistas. Queda de 2,5% neste ano e alta de 1,2% em 2017.
As contas públicas brasileiras seguem sob pressão e as alterações sucessivas na meta fiscal minam a credibilidade do governo, segundo a Fitch.
O governo Dilma apresentou uma proposta de redução da meta fiscal para este ano e também de um mecanismo que permita deficit sob condições adversas. Na prática, conforme a agência, o governo teria permissão para fechar o ano com deficit de 1,5% do PIB.
O setor público registrou deficit primário de 2% do PIB no ano passado. A queda na arrecadação pública, a dificuldade de cortar gastos e o crescimento do deficit na Previdência Social devem consolidar o problema fiscal do país neste ano.
A dívida pública do país deve atingir 80% do PIB em 2017, o que faz do Brasil um dos países com a dívida mais elevada entre aqueles com o rating BB. A tendência segue de alta a não ser que o crescimento seja retomado e o ajuste fiscal ganhe ritmo.
O ministério da Fazenda afirmou que não irá comentar o rebaixamento da nota brasileira.
AMBIENTE POLÍTICO
Para a agência, o Brasil continua a enfrentar um ambiente político muito desafiador especialmente devido à baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, agora prestes a ser afastada do cargo pelo Senado.
A Fitch avalia que a transição política durante o processo de impeachment, caso o Senado aprove, na próxima semana, o afastamento da presidente, pode representar uma nova oportunidade para a realização de ajustes na economia e reformas. Mas reforça que o risco para a implementação dessas medidas segue alto.
A profunda e prolongada recessão do país, acompanhada pela alta do desemprego e a incerteza sobre a força e a estabilidade de uma coalizão –especialmente para a provação de reformas– ressaltam a os desafios que o possível governo Temer deve enfrentar.
"Dada a magnitude dos desafios econômicos e fiscais que o Brasil deverá enfrentar, será necessária vontade política e capacidade de executar medidas de ajustes em um curto período de tempo para materializar a recuperação da confiança no processo de ajuste da economia", disse a Fitch
GRAU DE INVESTIMENTO
Com o rebaixamento desta quinta, o Brasil está dois degraus abaixo do ′grau de investimento′, no mesmo nível de Bolívia, Croácia, Paraguai e Guatemala. O patamar de risco é o mesmo atribuído pela Standard & Poor′s e pela Moody′s.
Em evento realizado nesta quarta-feira (4) em São Paulo, a Fitch havia sinalizado que as perspectivas para o Brasil estavam entre estáveis e negativas para o médio prazo, com a chance de mais de 50% de haver um novo rebaixamento em um período de 12 meses. Não foi, contudo, aventada a possibilidade de rebaixamento agora.
Em fevereiro, o Brasil havia perdido o último grau de investimento que detinha quando a Moody′s cortou, de uma só vez, a nota brasileira em dois degraus. A Standard&Poor′s foi a primeira das maiores agências a cortar a nota do Brasil, em setembro do ano passado.
Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete contração maior que o esperado da economia brasileira e fracasso do governo brasileiro em estabilizar as finanças públicas. Também estão na lista o impasse político no país que dificulta a retomada da confiança.
A Fitch espera que agora que a economia brasileira vá recuar 3,8% em 2016 e crescer 0,5% em 2017. No final do ano passado, as projeções eram menos pessimistas. Queda de 2,5% neste ano e alta de 1,2% em 2017.
As contas públicas brasileiras seguem sob pressão e as alterações sucessivas na meta fiscal minam a credibilidade do governo, segundo a Fitch.
O governo Dilma apresentou uma proposta de redução da meta fiscal para este ano e também de um mecanismo que permita deficit sob condições adversas. Na prática, conforme a agência, o governo teria permissão para fechar o ano com deficit de 1,5% do PIB.
O setor público registrou deficit primário de 2% do PIB no ano passado. A queda na arrecadação pública, a dificuldade de cortar gastos e o crescimento do deficit na Previdência Social devem consolidar o problema fiscal do país neste ano.
A dívida pública do país deve atingir 80% do PIB em 2017, o que faz do Brasil um dos países com a dívida mais elevada entre aqueles com o rating BB. A tendência segue de alta a não ser que o crescimento seja retomado e o ajuste fiscal ganhe ritmo.
O ministério da Fazenda afirmou que não irá comentar o rebaixamento da nota brasileira.
AMBIENTE POLÍTICO
Para a agência, o Brasil continua a enfrentar um ambiente político muito desafiador especialmente devido à baixa popularidade da presidente Dilma Rousseff, agora prestes a ser afastada do cargo pelo Senado.
A Fitch avalia que a transição política durante o processo de impeachment, caso o Senado aprove, na próxima semana, o afastamento da presidente, pode representar uma nova oportunidade para a realização de ajustes na economia e reformas. Mas reforça que o risco para a implementação dessas medidas segue alto.
A profunda e prolongada recessão do país, acompanhada pela alta do desemprego e a incerteza sobre a força e a estabilidade de uma coalizão –especialmente para a provação de reformas– ressaltam a os desafios que o possível governo Temer deve enfrentar.
"Dada a magnitude dos desafios econômicos e fiscais que o Brasil deverá enfrentar, será necessária vontade política e capacidade de executar medidas de ajustes em um curto período de tempo para materializar a recuperação da confiança no processo de ajuste da economia", disse a Fitch
GRAU DE INVESTIMENTO
Com o rebaixamento desta quinta, o Brasil está dois degraus abaixo do ′grau de investimento′, no mesmo nível de Bolívia, Croácia, Paraguai e Guatemala. O patamar de risco é o mesmo atribuído pela Standard & Poor′s e pela Moody′s.
Em evento realizado nesta quarta-feira (4) em São Paulo, a Fitch havia sinalizado que as perspectivas para o Brasil estavam entre estáveis e negativas para o médio prazo, com a chance de mais de 50% de haver um novo rebaixamento em um período de 12 meses. Não foi, contudo, aventada a possibilidade de rebaixamento agora.
Em fevereiro, o Brasil havia perdido o último grau de investimento que detinha quando a Moody′s cortou, de uma só vez, a nota brasileira em dois degraus. A Standard&Poor′s foi a primeira das maiores agências a cortar a nota do Brasil, em setembro do ano passado.
Fonte: Folha Online - 05/05/2016
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