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Lucro do Itaú Unibanco despenca 9,9% no 1º trimestre e calote dispara
Publicado em 04/05/2016 , por TÁSSIA KASTNER
O aumento de 31% nas despesas com provisões contra calotes e a inadimplência em alta derrubaram o lucro recorrente do Itaú Unibanco. O tombo foi de 9,9%, de R$ 5,808 bilhões no primeiro trimestre de 2015 para R$ 5,235 bilhões de janeiro a março deste ano.
O banco fez provisões para perdas com calotes de R$ 7,231 bilhões, alta de 18,2% na comparação trimestral e de 31,1% em relação a um ano antes.
Marcelo Kopel, diretor de relações com investidor do banco, afirmou em teleconferência que parte dessas provisões foram de "caráter antecipatório no setor de grandes empresas" e não está relacionado a um único grupo.
Na semana passada, o Bradesco informou que um provisionamento de R$ 836 milhões para possíveis perdas com uma companhia do setor de óleo e gás derrubou o lucro da a instituição em 3,8%, para R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre do ano. A Folha apurou que a reserva era para a Sete Brasil, que pediu recuperação judicial.
Kopel disse, no entanto, que um dos setores que precisou de provisionamento extra foi o de óleo e gás.
A crise econômica tem limitado a concessão de crédito, impulsionado a inadimplência e obrigado grandes bancos do país a aumentarem as reservas conta calote.
O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,9%. No mesmo período de 2015 era de 3%. Foi o maior patamar desde setembro de 2013. Considerando apenas Pessoa Física, o indicador alcançou 5,6%, acima dos 4,5% registrados há um ano.
Diretor de relações com investidor avaliou que os calotes de clientes pessoa física ainda podem crescer até o final do ano, devido ao avanço do desemprego, mas ponderou avanço no índice também é atribuído à redução na concessão de crédito.
A carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, caiu 4,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 517,484 bilhões. Frente a dezembro, a queda foi ainda maior, de 5,6%.
A contração foi liderada pelos empréstimos para compra de veículos (-31,2%), para grandes empresas (-9,8%) e das pequenas e médias (-9,9%), todos na comparação anual. Os resultados positivos vieram do crédito consignado (4,8%) e financiamento imobiliário (17%).
RENEGOCIAÇÃO
O Itaú também está entre os bancos que decidiu renegociar empréstimos com seus clientes durante a crise.
A carteira de créditos renegociados subiu 17,3% em 12 meses, para R$ 22,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
"É um instrumento importante para lidar com carteira e com os clientes em um ambiente de mais desafio e baixa atividade econômico", disse Kopel.
Ele afirmou que o banco tem renegociado dívidas com "parciônia" e mirando o alongamento do perfil da dívida. Sempre que possível, ressaltou, o banco pede reforço de garantias nessas operações.
TARIFAS BANCÁRIAS
As receitas de serviços do banco alcançaram R$ 8,6 bilhões neste início de ano, alta de 4,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2015.
O resultado foi puxado pelo avanço de 14,4% na receita com serviços de conta-corrente, que chegaram a R$ 1,607 bilhão. As receitas com cartão de crédito atingiram R$ 2,998 bilhões, 4,3% de incremento em um ano.
O executivo atribuiu o bom desempenho ao esforço do banco em oferecer serviços mais adequados aos clientes. "A gente vem, ao longo do tempo, priorizando a criação de novas ofertas e serviços que sejam mais utilizadas pelos clientes. Isso aumenta o índice de fidelização e tem a sinergia, capacidade de oferecer mais serviços a essa base", afirmou.
SELIC
A possível redução da Selic, que na previsão do Itaú deve sair dos atuais 14,25% para 12,25% no final do ano, não é vista como um impacto negativo nos resultados do banco. Kopel disse que não comentaria o resultado sobre a margem financeira da instituição.
Ele preferiu mencionar os efeitos positivos. "A Selic vai viabilizar carteira de crédito voltar a crescer, já que vai ter taxa de juros menor. Isso permite que o comprador tenha maior capacidade de tomar crédito", finalizou.
O banco fez provisões para perdas com calotes de R$ 7,231 bilhões, alta de 18,2% na comparação trimestral e de 31,1% em relação a um ano antes.
Marcelo Kopel, diretor de relações com investidor do banco, afirmou em teleconferência que parte dessas provisões foram de "caráter antecipatório no setor de grandes empresas" e não está relacionado a um único grupo.
Na semana passada, o Bradesco informou que um provisionamento de R$ 836 milhões para possíveis perdas com uma companhia do setor de óleo e gás derrubou o lucro da a instituição em 3,8%, para R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre do ano. A Folha apurou que a reserva era para a Sete Brasil, que pediu recuperação judicial.
Kopel disse, no entanto, que um dos setores que precisou de provisionamento extra foi o de óleo e gás.
A crise econômica tem limitado a concessão de crédito, impulsionado a inadimplência e obrigado grandes bancos do país a aumentarem as reservas conta calote.
O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,9%. No mesmo período de 2015 era de 3%. Foi o maior patamar desde setembro de 2013. Considerando apenas Pessoa Física, o indicador alcançou 5,6%, acima dos 4,5% registrados há um ano.
Diretor de relações com investidor avaliou que os calotes de clientes pessoa física ainda podem crescer até o final do ano, devido ao avanço do desemprego, mas ponderou avanço no índice também é atribuído à redução na concessão de crédito.
A carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, caiu 4,8% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 517,484 bilhões. Frente a dezembro, a queda foi ainda maior, de 5,6%.
A contração foi liderada pelos empréstimos para compra de veículos (-31,2%), para grandes empresas (-9,8%) e das pequenas e médias (-9,9%), todos na comparação anual. Os resultados positivos vieram do crédito consignado (4,8%) e financiamento imobiliário (17%).
RENEGOCIAÇÃO
O Itaú também está entre os bancos que decidiu renegociar empréstimos com seus clientes durante a crise.
A carteira de créditos renegociados subiu 17,3% em 12 meses, para R$ 22,7 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
"É um instrumento importante para lidar com carteira e com os clientes em um ambiente de mais desafio e baixa atividade econômico", disse Kopel.
Ele afirmou que o banco tem renegociado dívidas com "parciônia" e mirando o alongamento do perfil da dívida. Sempre que possível, ressaltou, o banco pede reforço de garantias nessas operações.
TARIFAS BANCÁRIAS
As receitas de serviços do banco alcançaram R$ 8,6 bilhões neste início de ano, alta de 4,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2015.
O resultado foi puxado pelo avanço de 14,4% na receita com serviços de conta-corrente, que chegaram a R$ 1,607 bilhão. As receitas com cartão de crédito atingiram R$ 2,998 bilhões, 4,3% de incremento em um ano.
O executivo atribuiu o bom desempenho ao esforço do banco em oferecer serviços mais adequados aos clientes. "A gente vem, ao longo do tempo, priorizando a criação de novas ofertas e serviços que sejam mais utilizadas pelos clientes. Isso aumenta o índice de fidelização e tem a sinergia, capacidade de oferecer mais serviços a essa base", afirmou.
SELIC
A possível redução da Selic, que na previsão do Itaú deve sair dos atuais 14,25% para 12,25% no final do ano, não é vista como um impacto negativo nos resultados do banco. Kopel disse que não comentaria o resultado sobre a margem financeira da instituição.
Ele preferiu mencionar os efeitos positivos. "A Selic vai viabilizar carteira de crédito voltar a crescer, já que vai ter taxa de juros menor. Isso permite que o comprador tenha maior capacidade de tomar crédito", finalizou.
Fonte: Folha Online - 03/05/2016
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