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Mínimo subiu 77% acima da inflação
Publicado em 02/05/2016
Valorização do piso em 13 anos beneficia mais de 48 milhões de trabalhadores e aposentados do INSS
Rio - Mais de 48 milhões de trabalhadores, entre autônomos, domésticos e empregados formais, aposentados e pensionistas do INSS que recebem o salário mínimo no país foram beneficiados pela política de valorização do piso nacional. Nos últimos 13 anos, o mínimo teve aumento real de 77,18%, ou seja, correção acima da inflação. De acordo com dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), somente em 2016, o reajuste de 11,67% concedido em janeiro representará uma injeção de R$ 57 bilhões na economia nacional.
Para o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o ganho real do mínimo ao longo dos últimos anos é motivo de comemoração neste 1º de Maio — Dia do Trabalhador. Ele afirma que a política de valorização do piso nacional adotada ainda no governo Lula é mais do que um benefício e pode ser considerada uma grande conquista da classe trabalhadora.
“Todos participaram ativamente do processo da política de valorização do mínimo vigente hoje. A decisão de oferecer ganho real aos trabalhadores foi construída juntamente com as centrais sindicais e representou o maior avanço do país na redução da desigualdade de renda e no aumento do poder de compra dos brasileiros”, afirmou Rossetto.
Alcance da valorização
A valorização alcança diretamente 22,5 milhões são beneficiários da Previdência Social, 13,5 milhões são empregados formais e outros 8,2 milhões referem-se a trabalhadores autônomos, além de quatro milhões de trabalhadores domésticos.
Sobre o efeito da política de valorização do mínimo na redistribuição da renda no Brasil, o assessor especial do Ministério do Trabalho e Previdência, André Calixtre, explica que as desigualdades de renda diminuíram motivadas pelo impacto na renda da população mais pobre do país.
“O crescimento da renda dos 30% mais pobres do Brasil foi maior que a dos 30% mais ricos. Todos cresceram, mas as rendas das bases cresceram mais rápido que as rendas do topo da pirâmide ocupacional. E o salário mínimo teve função crucial nesse processo. Essa diferença na taxa de crescimento das rendas é que explica a redução da desigualdade”, explicou.
Em 2002, no primeiro ano do governo Lula, o salário mínimo valia R$ 496 (valor atualizado de acordo com a inflação), conforme o Dieese. E atualmente o piso nacional está em R$ 880. E para 2017, o valor do salário mínimo deve passar para R$ 946, segundo a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviado ao Congresso Nacional.
Renda média dos brasileiros cresceu mais de 60%
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a renda média per capita dos brasileiros cresceu mais de 60% nos últimos anos. O levantamento tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O assessor especial do Ministério do Trabalho e Previdência, André Calixtre, afirma que essa alta teve como principal agente o mercado de trabalho no país.
“Os aumentos sistemáticos do poder de compra do salário mínimo contribuíram para alavancar as demais rendas do trabalho. Nos últimos treze anos, a política de valorização do mínimo tem funcionado como um farol para as demais rendas, servindo de referência inclusive no mercado informal”, afirmou.
O aumento do poder de compra fica claro quando a referência é a quantidade de cestas básicas adquiridas com um salário mínimo. Dados do Dieese apontam que, em 2016, o trabalhador compra 2,14 cestas com um piso salarial — maior quantidade registrada desde 1979. O Dieese considerou o valor do mínimo de R$ 880 e a cesta básica estimada em R$ 412,15.
O coordenador do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho, Vinicius Lobo, disse que o aumento da renda criou condições para a expansão do mercado consumidor e foi a base do crescimento econômico nos últimos anos.
“As pessoas que estão na base da pirâmide têm um perfil de consumo específico: convertem toda ou quase toda a sua renda em consumo. Então, quando se faz uma política que incentiva a renda dessa base, está-se estimulando o consumo e, consequentemente, a economia. Isso gera renda, empregos, aumenta a arrecadação e os investimentos para o país” declarou.
Rio - Mais de 48 milhões de trabalhadores, entre autônomos, domésticos e empregados formais, aposentados e pensionistas do INSS que recebem o salário mínimo no país foram beneficiados pela política de valorização do piso nacional. Nos últimos 13 anos, o mínimo teve aumento real de 77,18%, ou seja, correção acima da inflação. De acordo com dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), somente em 2016, o reajuste de 11,67% concedido em janeiro representará uma injeção de R$ 57 bilhões na economia nacional.
Para o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, o ganho real do mínimo ao longo dos últimos anos é motivo de comemoração neste 1º de Maio — Dia do Trabalhador. Ele afirma que a política de valorização do piso nacional adotada ainda no governo Lula é mais do que um benefício e pode ser considerada uma grande conquista da classe trabalhadora.
“Todos participaram ativamente do processo da política de valorização do mínimo vigente hoje. A decisão de oferecer ganho real aos trabalhadores foi construída juntamente com as centrais sindicais e representou o maior avanço do país na redução da desigualdade de renda e no aumento do poder de compra dos brasileiros”, afirmou Rossetto.
Alcance da valorização
A valorização alcança diretamente 22,5 milhões são beneficiários da Previdência Social, 13,5 milhões são empregados formais e outros 8,2 milhões referem-se a trabalhadores autônomos, além de quatro milhões de trabalhadores domésticos.
Sobre o efeito da política de valorização do mínimo na redistribuição da renda no Brasil, o assessor especial do Ministério do Trabalho e Previdência, André Calixtre, explica que as desigualdades de renda diminuíram motivadas pelo impacto na renda da população mais pobre do país.
“O crescimento da renda dos 30% mais pobres do Brasil foi maior que a dos 30% mais ricos. Todos cresceram, mas as rendas das bases cresceram mais rápido que as rendas do topo da pirâmide ocupacional. E o salário mínimo teve função crucial nesse processo. Essa diferença na taxa de crescimento das rendas é que explica a redução da desigualdade”, explicou.
Em 2002, no primeiro ano do governo Lula, o salário mínimo valia R$ 496 (valor atualizado de acordo com a inflação), conforme o Dieese. E atualmente o piso nacional está em R$ 880. E para 2017, o valor do salário mínimo deve passar para R$ 946, segundo a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviado ao Congresso Nacional.
Renda média dos brasileiros cresceu mais de 60%
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a renda média per capita dos brasileiros cresceu mais de 60% nos últimos anos. O levantamento tem como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O assessor especial do Ministério do Trabalho e Previdência, André Calixtre, afirma que essa alta teve como principal agente o mercado de trabalho no país.
“Os aumentos sistemáticos do poder de compra do salário mínimo contribuíram para alavancar as demais rendas do trabalho. Nos últimos treze anos, a política de valorização do mínimo tem funcionado como um farol para as demais rendas, servindo de referência inclusive no mercado informal”, afirmou.
O aumento do poder de compra fica claro quando a referência é a quantidade de cestas básicas adquiridas com um salário mínimo. Dados do Dieese apontam que, em 2016, o trabalhador compra 2,14 cestas com um piso salarial — maior quantidade registrada desde 1979. O Dieese considerou o valor do mínimo de R$ 880 e a cesta básica estimada em R$ 412,15.
O coordenador do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho, Vinicius Lobo, disse que o aumento da renda criou condições para a expansão do mercado consumidor e foi a base do crescimento econômico nos últimos anos.
“As pessoas que estão na base da pirâmide têm um perfil de consumo específico: convertem toda ou quase toda a sua renda em consumo. Então, quando se faz uma política que incentiva a renda dessa base, está-se estimulando o consumo e, consequentemente, a economia. Isso gera renda, empregos, aumenta a arrecadação e os investimentos para o país” declarou.
Fonte: O Dia Online - 30/04/2016
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