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Sete Brasil deve R$ 5,3 bi ao Banco do Brasil e à Caixa
Publicado em 02/05/2016 , por NICOLA PAMPLONA, LUCAS VETTORAZZO e RENATA AGOSTINI
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal concentram 27% da dívida de R$ 19,3 bilhões da empresa de sondas Sete Brasil, que deu entrada com pedido de recuperação judicial nesta sexta (29).
Juntos, os dois bancos estatais têm crédito de R$ 5,3 bilhões com a empresa, valor maior do que os R$ 4,9 bilhões devidos pela Sete aos bancos privados Santander, Itaú e Bradesco.
Os valores consideram a taxa de câmbio de R$ 3,52 por dólar, uma vez que a maior parte dos empréstimos foi concedida por subsidiárias dos bancos no exterior.
As informações estão na lista de credores anexada ao pedido de recuperação judicial, ao qual a Folha teve acesso.
O pedido foi distribuído para o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial da Justiça do Rio. Se for acatado, a Sete Brasil terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação.
Elaborado pelo escritório de Sergio Bermudes, o pedido diz que a Sete tem uma "posição ímpar" no mercado petrolífero, diante da expectativa de receita gerada pelo contrato de aluguel de 28 sondas para a Petrobras.
Os advogados defendem ainda que a perspectiva de aumento do preço do petróleo coloca a empresa em "franca ascensão".
Em crise financeira, porém, a Petrobras já indicou que não tem interesse em contratar todas as sondas. A última proposta da estatal falava em apenas dez unidades.
"A Sete Brasil foi criada por graça e obra da Petrobras para ser sua principal fornecedora de sondas", diz o texto, que responsabiliza pela crise da empresa as dificuldades para obter financiamento após a Operação Lava Jato.
SÓCIOS
A companhia tem como sócios a própria estatal e os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, investidores estrangeiros, os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ e o fundo FI-FGTS. Os acionistas já puseram R$ 8,6 bilhões na empresa.
Além dos bancos, outro grande credor é o Fundo Garantidor para a Construção Naval, criado para garantir os investimentos no setor, com R$ 4,5 bilhões.
Diante da crise, alguns credores já executaram suas garantias no fundo, que passou a ser o principal credor individual da empresa.
No pedido, os advogados da companhia destacam que não há dívidas trabalhistas nem fiscais. A lista inclui uma série de pequenos fornecedores, como prestadores de serviços de tecnologia e de gestão de pessoal e consultorias.
Juntos, os dois bancos estatais têm crédito de R$ 5,3 bilhões com a empresa, valor maior do que os R$ 4,9 bilhões devidos pela Sete aos bancos privados Santander, Itaú e Bradesco.
Os valores consideram a taxa de câmbio de R$ 3,52 por dólar, uma vez que a maior parte dos empréstimos foi concedida por subsidiárias dos bancos no exterior.
As informações estão na lista de credores anexada ao pedido de recuperação judicial, ao qual a Folha teve acesso.
O pedido foi distribuído para o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial da Justiça do Rio. Se for acatado, a Sete Brasil terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação.
Elaborado pelo escritório de Sergio Bermudes, o pedido diz que a Sete tem uma "posição ímpar" no mercado petrolífero, diante da expectativa de receita gerada pelo contrato de aluguel de 28 sondas para a Petrobras.
Os advogados defendem ainda que a perspectiva de aumento do preço do petróleo coloca a empresa em "franca ascensão".
Em crise financeira, porém, a Petrobras já indicou que não tem interesse em contratar todas as sondas. A última proposta da estatal falava em apenas dez unidades.
"A Sete Brasil foi criada por graça e obra da Petrobras para ser sua principal fornecedora de sondas", diz o texto, que responsabiliza pela crise da empresa as dificuldades para obter financiamento após a Operação Lava Jato.
SÓCIOS
A companhia tem como sócios a própria estatal e os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, investidores estrangeiros, os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ e o fundo FI-FGTS. Os acionistas já puseram R$ 8,6 bilhões na empresa.
Além dos bancos, outro grande credor é o Fundo Garantidor para a Construção Naval, criado para garantir os investimentos no setor, com R$ 4,5 bilhões.
Diante da crise, alguns credores já executaram suas garantias no fundo, que passou a ser o principal credor individual da empresa.
No pedido, os advogados da companhia destacam que não há dívidas trabalhistas nem fiscais. A lista inclui uma série de pequenos fornecedores, como prestadores de serviços de tecnologia e de gestão de pessoal e consultorias.
Fonte: Folha Online - 30/04/2016
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