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Lucro do Santander Brasil cresce 1,7% no 1º trimestre e atinge R$ 1,66 bilhão
Publicado em 28/04/2016 , por TÁSSIA KASTNER
O Santander Brasil teve lucro praticamente estável no primeiro trimestre. O controle da inadimplência permitiu menores despesas com provisões para calotes, o que compensou a retração da carteira de crédito.
O maior banco estrangeiro no país anunciou nesta quarta-feira (27) que seu lucro recorrente —que exclui despesas com ágio na aquisição de outras sociedades controladas pelo banco— atingiu R$ 1,66 bilhão no período, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015 e de 3,3% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
O crescimento de 3,3% do lucro líquido foi atribuído, em parte, ao esforço do banco em fidelizar clientes antes inativos, além de incorporar novos correntistas ao banco. A afirmação foi feita pelo presidente do Santander, Sérgio Rial, em videoconferência nesta quarta-feira para detalhar os resultados do primeiro trimestre.
Após despesas com ágio, o lucro societário somou R$ 1,213 bilhão, aumento de 77,4% na comparação anual.
O banco registrou queda de 3,7% na tarifa com transações e serviços na passagem de 2015 para o primeiro trimestre deste ano, mas alta de 9,3% em um ano.
Para Rial, essa alta foi possível mesmo sem a elevação de tarifas, justamente porque os clientes estão utilizando mais serviços no banco.
CRÉDITO
Refletindo a recessão no país, o Santander Brasil viu sua carteira de crédito ampliada encolher 3,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015, para R$ 312 bilhões. O valor também é 5,7% menor que o registrado no fim do ano passado. O financiamento ao consumo e às grandes empresas foram as carteiras com maior retração: 9,6% em ambos os casos.
Segundo Rial, a queda já era esperada pela falta de demanda. Ele disse, no entanto, que o banco vai liberar linha de R$ 1 bilhão para franquias, afirmando que há uma migração dos empregados para o empreendedorismo.
A qualidade da carteira ficou praticamente estável, uma vez que o índice de inadimplência acima de 90 dias foi a 3,3%, aumento de apenas 0,1 ponto percentual ante dezembro. Na comparação anual, houve alta de 0,3 ponto percentual.
Segundo o banco, a carteira do Santander tende a ter pequena piora nos próximos trimestres, refletindo a recessão no país, que deve pressionar sobretudo a carteira de pessoa física.
"Não seria real não enxergar deterioração da carteira nos próximos meses", disse o diretor de relações com investidores do banco, Angel Santodomingo, em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, divulgado mais cedo.
Segundo ele, essa tendência deve permanecer até que a economia mostre sinais de recuperação.
CALOTE
O banco considerou favorável a relativa estabilidade da inadimplência, que passou de 3,2% para 3,3% na comparação semestral.
"Não há preocupação diferente com a inadimplência do que havia em 2015. O desemprego tem potencial de desacelerar. O problema será o reemprego dessas pessoas", afirmou Rial.
A provisão do banco para perdas com inadimplência, excluindo recuperação de crédito, totalizou R$ 3,028 bilhão no trimestre, aumento de 17,9% no comparativo anual, mas queda de 13,4% na base sequencial. O dado indica que o Santander confia que terá menos perdas com calotes nos próximos meses.
E mesmo com a queda no crédito, o Santander Brasil viu um aumento de sua margem financeira crescer, refletindo tanto o repasse de taxas de juros maiores quanto de reclassificações na estrutura de captação. Ano a ano, a margem líquida com crédito subiu 4,6%, mas caiu 1,8% em relação ao quatro trimestre de 2015.
Em outra frente, o banco teve um aumento de 9,3% nas receitas com tarifas, para R$ 3,09 bilhões. Sobre o último trimestre de 2015, porém, houve queda de 3,7%.
As despesas gerais, incluindo de pessoal e administrativas, somaram R$ 4,4 bilhões de janeiro a março, alta anual de 7,5%, número abaixo da inflação no período, mesmo incluindo um gasto extra pela associação com o Bonsucesso. Excluindo este efeito, o crescimento teria sido de 6%. No trimestre, houve redução de 4,8%.
O retorno do Santander Brasil sobre o patrimônio líquido ficou em 12,6% no período, queda de 0,2 ponto percentual sobre um ano antes e alta de 0,2 ponto sobre o trimestre imediatamente anterior.
ESPANHA
O lucro do Banco Santander, o maior banco da zona do euro, superou a média das previsões dos analistas, apesar de ter registrado uma queda de quase 5% em seu lucro líquido do primeiro trimestre devido ao aprofundamento da recessão e à desvalorização cambial no Brasil, seu segundo maior mercado.
Uma vez convertido em euros, o lucro também recuou na Grã-Bretanha, maior mercado do banco espanhol, e onde a presidente do conselho, Ana Botín, disse que o banco tem planos de contingenciamento caso os eleitores apoiem a saída do país da União Europeia no referendo de junho.
O Santander divulgou lucro líquido de € 1,63 bilhão no primeiro trimestre, abaixo de € 1,72 bilhão do mesmo período do ano anterior, mas acima das projeções dos analistas de € 1,5 bilhão em pesquisa da Reuters.
No Brasil, a recessão ameaça a estratégia de Ana Botín de crescimento orgânico do banco, que sob a gerência de seu pai e predecessor, teve rápida expansão através de aquisições.
O crescimento no Brasil e em outros mercados emergentes compensou largamente o colapso do mercado doméstico do banco durante a crise financeira espanhola.
O maior banco estrangeiro no país anunciou nesta quarta-feira (27) que seu lucro recorrente —que exclui despesas com ágio na aquisição de outras sociedades controladas pelo banco— atingiu R$ 1,66 bilhão no período, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015 e de 3,3% na comparação com o quarto trimestre do ano passado.
O crescimento de 3,3% do lucro líquido foi atribuído, em parte, ao esforço do banco em fidelizar clientes antes inativos, além de incorporar novos correntistas ao banco. A afirmação foi feita pelo presidente do Santander, Sérgio Rial, em videoconferência nesta quarta-feira para detalhar os resultados do primeiro trimestre.
Após despesas com ágio, o lucro societário somou R$ 1,213 bilhão, aumento de 77,4% na comparação anual.
O banco registrou queda de 3,7% na tarifa com transações e serviços na passagem de 2015 para o primeiro trimestre deste ano, mas alta de 9,3% em um ano.
Para Rial, essa alta foi possível mesmo sem a elevação de tarifas, justamente porque os clientes estão utilizando mais serviços no banco.
CRÉDITO
Refletindo a recessão no país, o Santander Brasil viu sua carteira de crédito ampliada encolher 3,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015, para R$ 312 bilhões. O valor também é 5,7% menor que o registrado no fim do ano passado. O financiamento ao consumo e às grandes empresas foram as carteiras com maior retração: 9,6% em ambos os casos.
Segundo Rial, a queda já era esperada pela falta de demanda. Ele disse, no entanto, que o banco vai liberar linha de R$ 1 bilhão para franquias, afirmando que há uma migração dos empregados para o empreendedorismo.
A qualidade da carteira ficou praticamente estável, uma vez que o índice de inadimplência acima de 90 dias foi a 3,3%, aumento de apenas 0,1 ponto percentual ante dezembro. Na comparação anual, houve alta de 0,3 ponto percentual.
Segundo o banco, a carteira do Santander tende a ter pequena piora nos próximos trimestres, refletindo a recessão no país, que deve pressionar sobretudo a carteira de pessoa física.
"Não seria real não enxergar deterioração da carteira nos próximos meses", disse o diretor de relações com investidores do banco, Angel Santodomingo, em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, divulgado mais cedo.
Segundo ele, essa tendência deve permanecer até que a economia mostre sinais de recuperação.
CALOTE
O banco considerou favorável a relativa estabilidade da inadimplência, que passou de 3,2% para 3,3% na comparação semestral.
"Não há preocupação diferente com a inadimplência do que havia em 2015. O desemprego tem potencial de desacelerar. O problema será o reemprego dessas pessoas", afirmou Rial.
A provisão do banco para perdas com inadimplência, excluindo recuperação de crédito, totalizou R$ 3,028 bilhão no trimestre, aumento de 17,9% no comparativo anual, mas queda de 13,4% na base sequencial. O dado indica que o Santander confia que terá menos perdas com calotes nos próximos meses.
E mesmo com a queda no crédito, o Santander Brasil viu um aumento de sua margem financeira crescer, refletindo tanto o repasse de taxas de juros maiores quanto de reclassificações na estrutura de captação. Ano a ano, a margem líquida com crédito subiu 4,6%, mas caiu 1,8% em relação ao quatro trimestre de 2015.
Em outra frente, o banco teve um aumento de 9,3% nas receitas com tarifas, para R$ 3,09 bilhões. Sobre o último trimestre de 2015, porém, houve queda de 3,7%.
As despesas gerais, incluindo de pessoal e administrativas, somaram R$ 4,4 bilhões de janeiro a março, alta anual de 7,5%, número abaixo da inflação no período, mesmo incluindo um gasto extra pela associação com o Bonsucesso. Excluindo este efeito, o crescimento teria sido de 6%. No trimestre, houve redução de 4,8%.
O retorno do Santander Brasil sobre o patrimônio líquido ficou em 12,6% no período, queda de 0,2 ponto percentual sobre um ano antes e alta de 0,2 ponto sobre o trimestre imediatamente anterior.
ESPANHA
O lucro do Banco Santander, o maior banco da zona do euro, superou a média das previsões dos analistas, apesar de ter registrado uma queda de quase 5% em seu lucro líquido do primeiro trimestre devido ao aprofundamento da recessão e à desvalorização cambial no Brasil, seu segundo maior mercado.
Uma vez convertido em euros, o lucro também recuou na Grã-Bretanha, maior mercado do banco espanhol, e onde a presidente do conselho, Ana Botín, disse que o banco tem planos de contingenciamento caso os eleitores apoiem a saída do país da União Europeia no referendo de junho.
O Santander divulgou lucro líquido de € 1,63 bilhão no primeiro trimestre, abaixo de € 1,72 bilhão do mesmo período do ano anterior, mas acima das projeções dos analistas de € 1,5 bilhão em pesquisa da Reuters.
No Brasil, a recessão ameaça a estratégia de Ana Botín de crescimento orgânico do banco, que sob a gerência de seu pai e predecessor, teve rápida expansão através de aquisições.
O crescimento no Brasil e em outros mercados emergentes compensou largamente o colapso do mercado doméstico do banco durante a crise financeira espanhola.
Fonte: Folha Online - 27/04/2016
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