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Controlador da Sete Brasil reconhece perda de R$ 5,16 bi com a empresa
Publicado em 27/04/2016 , por JOSETTE GOULART
Fundo Sondas, que reúne os principais acionistas e detém 95% da companhia criada para gerenciar as sondas da Petrobrás no pré-sal, perdeu 65% do seu valor em 15 meses; desempenho pode forçar sócios a darem baixa contábil no investimento
O fundo de investimentos em participações (FIP) Sondas, que reúne a maioria dos sócios da Sete Brasil, reconheceu até o primeiro trimestre deste ano uma perda de R$ 5,16 bilhões no investimento feito na companhia criada para gerenciar as sondas do pré-sal. Isso representa uma desvalorização de 65% no fundo em 15 meses, segundo dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O investimento total feito na Sete Brasil foi de R$ 8,3 bilhões, sendo 95% por meio do Sondas e 5% diretamente da Petrobrás.
Dentro do FIP Sondas estão os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobrás) e Valia (Vale), os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander, o FI-FGTS e a própria Petrobrás. Com o reconhecimento da perda, é provável que muitos desses investidores, que ainda não deram baixa no investimento, tenham de mudar de posição.
Até agora, o BTG, a Funcef e a Previ já anunciaram que fizeram provisões assumindo uma perda total do investimento. O FI FGTS também deve dar baixa total no investimento. Bradesco, Santander e Petros ainda não informaram como vão tratar as perdas do investimento em seus balanços.
O Petros informou que vai divulgar sua posição junto com o balanço de 2015, que ainda não foi publicado. O balanço anterior, de 2014, registrava investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão no FIP Sondas, representando quase um terço do total de investimento em fundos estruturados que o Petros possui. Reconhecer a perda agora, pode acentuar o déficit a ser registrado pelo fundo e que terá que ser reequilibrado pelos beneficiários e o patrocinador.
Reestruturação. Na semana passada, os acionistas decidiram entrar com um pedido de recuperação judicial da Sete Brasil. Acredita-se que, com isso, pelo menos parte das dívidas poderá ser paga na medida em que algumas sondas que já estão em construção possam ser usadas pela Petrobrás. Com isso, a empresa teria algum fluxo de caixa. A dívida financeira da Sete com bancos, o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN) e o FI-FGTS é de R$ 18 bilhões.
Para a recuperação judicial dar certo e os acionistas poderem ter uma empresa que venha a se valorizar, terá de ser feito um superacordo, que envolva a Petrobrás, credores, acionistas e também as subsidiárias da Sete. Essas subsidiárias recebiam dinheiro da Sete, como financiamento, e pagavam os estaleiros, que estão sem receber desde o ano passado. Um deles, o Jurong Aracruz, controlado pelo estaleiro de Cingapura Sembcorp Marine, anunciou que, em função da recuperação judicial, decidiu iniciar uma arbitragem para receber das subsidiárias US$ 329 milhões. A empresa já registrou provisão de perdas de R$ 862 milhões com o contrato.
A situação da Sete se complicou depois que ex-executivos da empresa fizeram acordos de delação premiada na Operação Lava Jato e revelaram esquemas de corrupção que envolviam a companhia. Com isso, um financiamento de longo prazo do BNDES foi barrado e a situação financeira da empresa ficou insustentável. / COLABOROU ANTONIO PITA.
O fundo de investimentos em participações (FIP) Sondas, que reúne a maioria dos sócios da Sete Brasil, reconheceu até o primeiro trimestre deste ano uma perda de R$ 5,16 bilhões no investimento feito na companhia criada para gerenciar as sondas do pré-sal. Isso representa uma desvalorização de 65% no fundo em 15 meses, segundo dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O investimento total feito na Sete Brasil foi de R$ 8,3 bilhões, sendo 95% por meio do Sondas e 5% diretamente da Petrobrás.
Dentro do FIP Sondas estão os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa), Petros (Petrobrás) e Valia (Vale), os bancos BTG Pactual, Bradesco e Santander, o FI-FGTS e a própria Petrobrás. Com o reconhecimento da perda, é provável que muitos desses investidores, que ainda não deram baixa no investimento, tenham de mudar de posição.
Até agora, o BTG, a Funcef e a Previ já anunciaram que fizeram provisões assumindo uma perda total do investimento. O FI FGTS também deve dar baixa total no investimento. Bradesco, Santander e Petros ainda não informaram como vão tratar as perdas do investimento em seus balanços.
O Petros informou que vai divulgar sua posição junto com o balanço de 2015, que ainda não foi publicado. O balanço anterior, de 2014, registrava investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão no FIP Sondas, representando quase um terço do total de investimento em fundos estruturados que o Petros possui. Reconhecer a perda agora, pode acentuar o déficit a ser registrado pelo fundo e que terá que ser reequilibrado pelos beneficiários e o patrocinador.
Reestruturação. Na semana passada, os acionistas decidiram entrar com um pedido de recuperação judicial da Sete Brasil. Acredita-se que, com isso, pelo menos parte das dívidas poderá ser paga na medida em que algumas sondas que já estão em construção possam ser usadas pela Petrobrás. Com isso, a empresa teria algum fluxo de caixa. A dívida financeira da Sete com bancos, o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN) e o FI-FGTS é de R$ 18 bilhões.
Para a recuperação judicial dar certo e os acionistas poderem ter uma empresa que venha a se valorizar, terá de ser feito um superacordo, que envolva a Petrobrás, credores, acionistas e também as subsidiárias da Sete. Essas subsidiárias recebiam dinheiro da Sete, como financiamento, e pagavam os estaleiros, que estão sem receber desde o ano passado. Um deles, o Jurong Aracruz, controlado pelo estaleiro de Cingapura Sembcorp Marine, anunciou que, em função da recuperação judicial, decidiu iniciar uma arbitragem para receber das subsidiárias US$ 329 milhões. A empresa já registrou provisão de perdas de R$ 862 milhões com o contrato.
A situação da Sete se complicou depois que ex-executivos da empresa fizeram acordos de delação premiada na Operação Lava Jato e revelaram esquemas de corrupção que envolviam a companhia. Com isso, um financiamento de longo prazo do BNDES foi barrado e a situação financeira da empresa ficou insustentável. / COLABOROU ANTONIO PITA.
Fonte: Estadão - 26/04/2016
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