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Caixa pode voltar a elevar juro do crédito imobiliário no ano, diz diretor
Publicado em 13/04/2016
A Caixa Econômica Federal pode voltar a elevar o juro do financiamento imobiliário nesse ano, se necessário, disse nesta terça-feira (12) o diretor de habitação do banco, Teotônio Rezende. Segundo o executivo, embora não haja previsão de aumento neste momento, a elevação pode acontecer diante da maior pressão sobre as margens do banco, provocada pelo uso de recursos mais caros para conceder empréstimos.
"Se necessário, teremos que fazer", disse Rezende a jornalistas durante evento do setor imobiliário.
A declaração reflete, em parte, os sucessivos resgates no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), principal fonte de financiamento para compra de imóveis no país, dado a perda de atratividade do investimento, que paga 6% ao ano mais TR, enquanto a Selic (taxa básica de juros) está em 14,25% anuais.
Após resgates líquidos recordes de R$ 53,6 bilhões em 2015, a caderneta de poupança já teve saída de R$ 24 bilhões só no primeiro trimestre desse ano.
Com isso, a Caixa, maior concessora de crédito para habitação do país, tem sido obrigada a lastrear parte dos empréstimos feitos para o setor em papéis de mercado, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que têm custo maior.
Atualmente, cerca de um terço dos empréstimos do banco feitos por meio do SBPE são lastreados em LCI. A meta da Caixa é reduzir esse percentual para cerca de 15%, disse Rezende.
CONCESSÕES
Para evitar uma pressão maior sobre suas margens, a Caixa subiu o juro dos empréstimos para os tomadores quatro vezes desde o começo do ano passado, a última em março. Com isso, o juro médio das concessões no banco subiu de cerca de 8% para 10% anuais. O teto regulatório é de 12%.
Em outra frente, a Caixa também está sendo mais rigorosa em novas concessões, seja exigindo valor de entrada maior ou mais garantias dos tomadores.
Com isso, o banco prevê desembolsar cerca de R$ 87 bilhões em novos empréstimos para o setor em 2016, ante R$ 90 bilhões no ano passado. No pico, em 2013, o banco estatal chegou a emprestar cerca de R$ 135 bilhões.
"Aquele volume de concessões que tínhamos nos últimos anos não volta mais", disse Rezende durante apresentação no evento.
De acordo com ele, o estoque de crédito imobiliário do banco deve crescer ao redor de 12% em 2016, em ritmo parecido com o do ano passado. Ele previu que uma aceleração do mercado vai demorar.
"Enquanto a Selic não voltar a um dígito, o ritmo do mercado não volta a acelerar", concluiu.
"Se necessário, teremos que fazer", disse Rezende a jornalistas durante evento do setor imobiliário.
A declaração reflete, em parte, os sucessivos resgates no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), principal fonte de financiamento para compra de imóveis no país, dado a perda de atratividade do investimento, que paga 6% ao ano mais TR, enquanto a Selic (taxa básica de juros) está em 14,25% anuais.
Após resgates líquidos recordes de R$ 53,6 bilhões em 2015, a caderneta de poupança já teve saída de R$ 24 bilhões só no primeiro trimestre desse ano.
Com isso, a Caixa, maior concessora de crédito para habitação do país, tem sido obrigada a lastrear parte dos empréstimos feitos para o setor em papéis de mercado, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), que têm custo maior.
Atualmente, cerca de um terço dos empréstimos do banco feitos por meio do SBPE são lastreados em LCI. A meta da Caixa é reduzir esse percentual para cerca de 15%, disse Rezende.
CONCESSÕES
Para evitar uma pressão maior sobre suas margens, a Caixa subiu o juro dos empréstimos para os tomadores quatro vezes desde o começo do ano passado, a última em março. Com isso, o juro médio das concessões no banco subiu de cerca de 8% para 10% anuais. O teto regulatório é de 12%.
Em outra frente, a Caixa também está sendo mais rigorosa em novas concessões, seja exigindo valor de entrada maior ou mais garantias dos tomadores.
Com isso, o banco prevê desembolsar cerca de R$ 87 bilhões em novos empréstimos para o setor em 2016, ante R$ 90 bilhões no ano passado. No pico, em 2013, o banco estatal chegou a emprestar cerca de R$ 135 bilhões.
"Aquele volume de concessões que tínhamos nos últimos anos não volta mais", disse Rezende durante apresentação no evento.
De acordo com ele, o estoque de crédito imobiliário do banco deve crescer ao redor de 12% em 2016, em ritmo parecido com o do ano passado. Ele previu que uma aceleração do mercado vai demorar.
"Enquanto a Selic não voltar a um dígito, o ritmo do mercado não volta a acelerar", concluiu.
Fonte: Folha Online - 12/04/2016
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