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Bancos estariam subestimando inadimplência, diz agência de risco
Publicado em 12/04/2016
O crescente volume de reestruturação de empréstimos dos bancos brasileiros pode estar subestimando a inadimplência, enquanto a cobertura com provisões pode estar superdimensionada, afirmou a agência de classificação de risco Moody′s nesta segunda-feira (11).
Segundo a agência, o volume de reestruturação de crédito no país subiu 37% em 2015 sobre um ano antes, impulsionado por calotes e pelo que chamou de pré-inadimplência em diferentes classes de empréstimos, levando os principais bancos a mudarem cada vez mais os termos e condições dos contratos de empréstimo.
Empréstimos reestruturados são buscados por tomadores em dificuldades financeiras e que já têm operações em atraso. A Moody′s diz temer que os bancos brasileiros tenham usado a reestruturação para evitar reconhecer o aumento da inadimplência.
"O aumento das reestruturações pode mascarar o crescimento da inadimplência e também aponta para um declínio da cobertura com provisões", afirmou o analista Farooq Khan.
A agência calcula que o aumento das reestruturação de empréstimos provocaria uma alta de 180 pontos-base no índice de calotes acima de 90 dias em dezembro e um declínio de 60 pontos-base na cobertura com provisões. Segundo o Banco Central, o índice era de 5,3% no fim do ano passado.
De acordo com a Moody′s, embora cinco dos maiores bancos do país tenham provisionado o equivalente a 51% de seus empréstimos renegociados, eles não divulgam seus níveis de renegociação de empréstimos.
Segundo a agência, o volume de reestruturação de crédito no país subiu 37% em 2015 sobre um ano antes, impulsionado por calotes e pelo que chamou de pré-inadimplência em diferentes classes de empréstimos, levando os principais bancos a mudarem cada vez mais os termos e condições dos contratos de empréstimo.
Empréstimos reestruturados são buscados por tomadores em dificuldades financeiras e que já têm operações em atraso. A Moody′s diz temer que os bancos brasileiros tenham usado a reestruturação para evitar reconhecer o aumento da inadimplência.
"O aumento das reestruturações pode mascarar o crescimento da inadimplência e também aponta para um declínio da cobertura com provisões", afirmou o analista Farooq Khan.
A agência calcula que o aumento das reestruturação de empréstimos provocaria uma alta de 180 pontos-base no índice de calotes acima de 90 dias em dezembro e um declínio de 60 pontos-base na cobertura com provisões. Segundo o Banco Central, o índice era de 5,3% no fim do ano passado.
De acordo com a Moody′s, embora cinco dos maiores bancos do país tenham provisionado o equivalente a 51% de seus empréstimos renegociados, eles não divulgam seus níveis de renegociação de empréstimos.
Fonte: Folha Online - 11/04/2016
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