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Gilberto Braga: Sem atendimento médico e sem plano
Publicado em 08/04/2016 , por Gilberto Braga
Desempregado e desiludido com o futuro, o trabalhador não pode ou não quer assumir os altos custos das prestações
Rio - Uma das questões mais sérias em períodos de crise econômica e desemprego é a saúde do cidadão. De um lado, temos o estado que raramente é eficiente na prevenção e na sua rede de atendimento. Na maioria das vezes, deixa muito a desejar nos cuidados, regularidade e qualidade. Por conta disso, os descontentes migraram em massa para os planos de saúde, engrossando a chamada medicina privada. Os planos de saúde, com a sua rede própria e de prestadores de serviços credenciados, surgiram como uma solução ao descontentamento com o serviço de saúde estatal. Esses, no entanto, inchados de clientes e nem sempre bem geridos, também começaram a perder qualidade, sem baixarem os seus preços.
Atualmente o quadro do sistema de saúde é ainda mais preocupante. A queda nas receitas tributárias tem imposto aos governantes a difícil tarefa de promover cortes de verbas e a piorar ainda mais o setor de saúde pública. Faltam médicos, medicamentos e equipamentos em boa parte das unidades. Muitos planos de saúde, dentre eles, alguns líderes do setor em suas regiões geográficas, quebraram ou estão sob supervisão das autoridades, em situação precária. Na ponta, a rede de prestadores encolhe e o segurado tem cada vez menos opções e cada vez demora mais para obter uma marcação de algum procedimento.
Como o que está ruim pode ainda piorar mais, em 2015, foi o primeiro dos últimos quinze anos em que a quantidade de clientes diminuiu nos planos de saúde. Ou seja, mais gente saiu do que entrou nos planos. No Brasil, a perda de clientela chegou a 750 mil participantes. Mais da metade desse povo era de empregados que foram demitidos e que tinham plano de saúde pago pelas empresas.
Desempregado e desiludido com o futuro, o trabalhador não pode ou não quer assumir os altos custos das prestações dos planos. Quando a emergência acontece recorre à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou, quem ainda tem alguma reserva, se associa à uma clínica popular que têm mensalidades bem mais em conta.
Tudo isso é desencorajador e enquanto não resolvemos as nossas mazelas políticas e, por extensão, a crise econômica, parece que não há solução de curto prazo para sistema de saúde. O fato é que não tem opção, reza para não ficar doente e quem ainda tem plano, reclama que paga caro por um serviço que pouco usa e quando precisa, se aborrece na maioria das vezes.
Rio - Uma das questões mais sérias em períodos de crise econômica e desemprego é a saúde do cidadão. De um lado, temos o estado que raramente é eficiente na prevenção e na sua rede de atendimento. Na maioria das vezes, deixa muito a desejar nos cuidados, regularidade e qualidade. Por conta disso, os descontentes migraram em massa para os planos de saúde, engrossando a chamada medicina privada. Os planos de saúde, com a sua rede própria e de prestadores de serviços credenciados, surgiram como uma solução ao descontentamento com o serviço de saúde estatal. Esses, no entanto, inchados de clientes e nem sempre bem geridos, também começaram a perder qualidade, sem baixarem os seus preços.
Atualmente o quadro do sistema de saúde é ainda mais preocupante. A queda nas receitas tributárias tem imposto aos governantes a difícil tarefa de promover cortes de verbas e a piorar ainda mais o setor de saúde pública. Faltam médicos, medicamentos e equipamentos em boa parte das unidades. Muitos planos de saúde, dentre eles, alguns líderes do setor em suas regiões geográficas, quebraram ou estão sob supervisão das autoridades, em situação precária. Na ponta, a rede de prestadores encolhe e o segurado tem cada vez menos opções e cada vez demora mais para obter uma marcação de algum procedimento.
Como o que está ruim pode ainda piorar mais, em 2015, foi o primeiro dos últimos quinze anos em que a quantidade de clientes diminuiu nos planos de saúde. Ou seja, mais gente saiu do que entrou nos planos. No Brasil, a perda de clientela chegou a 750 mil participantes. Mais da metade desse povo era de empregados que foram demitidos e que tinham plano de saúde pago pelas empresas.
Desempregado e desiludido com o futuro, o trabalhador não pode ou não quer assumir os altos custos das prestações dos planos. Quando a emergência acontece recorre à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou, quem ainda tem alguma reserva, se associa à uma clínica popular que têm mensalidades bem mais em conta.
Tudo isso é desencorajador e enquanto não resolvemos as nossas mazelas políticas e, por extensão, a crise econômica, parece que não há solução de curto prazo para sistema de saúde. O fato é que não tem opção, reza para não ficar doente e quem ainda tem plano, reclama que paga caro por um serviço que pouco usa e quando precisa, se aborrece na maioria das vezes.
Fonte: O Dia Online - 07/04/2016
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