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Indicação de eficiência energética não funciona
Publicado em 06/04/2016 , por Maria Inês Dolci
Escolher a etiqueta “A” de maior eficiência energética na hora da compra de eletrodoméstico nem sempre representa gasto menor na conta de luz. Há produtos que apesar de consumir bem mais energia, têm a mesma classificação. Foi o que constatou estudo da Proteste Associação de Consumidores ao comparar o gasto de energia de diferentes marcas de máquinas de lavar roupa, geladeira e ar condicionado, como parte da campanha Quem Cala Paga Mais Luz.
A desatualização dos índices do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e a falta de evolução dos critérios para algumas famílias, fez com que os produtos ficassem concentrados na classificação “A”. Da forma como está o Programa não cumpre seu objetivo.
Os fabricantes dos produtos mais eficientes ficam sem estímulo para investir em inovações tecnológicas que melhorem ainda mais a sua performance, apesar de terem isenção de IPI. Os produtos acabam nivelados por baixo nesse critério.
Para exemplificar foram comparadas a eficiência energética de dois refrigeradores com classificação “A”: um da Panasonic custa R$ 2800,00 e tem eficiência energética de 39 quilowats/ hora e outro, da Brastemp custa R$ 3300,00 e a eficiência energética é de 58,0 quilowats/hora.Ou seja, o consumidor gasta mais na compra do produto que vai consumir mais energia. O peso na conta de luz do refrigerador mais caro é de R$ 480 no ano, enquanto o produto mais barato representa R$ 322 a mais na conta.
Entre as críticas ao programa, a Proteste destaca a não consideração para as máquinas lava e seca, do consumo de energia secando roupa. Isto é um absurdo, pois quem compra o produto com esta função vai querer comparar quanto vai gastar a mais na conta de luz com o uso completo do produto, não só para lavar ou para secar roupa.
O consumo de energia elétrica durante o processo de secagem é muito maior do que durante o programa de lavagem com água fria. O mesmo produto gasta para lavar 5 quilos de roupa com água fria, uma vez por dia, o equivalente a R$ 3,85 por mês na conta de luz. Já para secar esta mesma quantidade de roupa, acarreta mais R$ 92,11 por mês na fatura de energia (levando-se em conta o custo da tarifa de São Paulo). Isto gera discrepâncias absurdas, pois se classifica o produto quanto a sua eficiência energética pelo gasto de R$ 3,85, enquanto o consumo durante a secagem (ao custo de R$ 92,11), não é levado em consideração.
A desatualização dos índices do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e a falta de evolução dos critérios para algumas famílias, fez com que os produtos ficassem concentrados na classificação “A”. Da forma como está o Programa não cumpre seu objetivo.
Os fabricantes dos produtos mais eficientes ficam sem estímulo para investir em inovações tecnológicas que melhorem ainda mais a sua performance, apesar de terem isenção de IPI. Os produtos acabam nivelados por baixo nesse critério.
Para exemplificar foram comparadas a eficiência energética de dois refrigeradores com classificação “A”: um da Panasonic custa R$ 2800,00 e tem eficiência energética de 39 quilowats/ hora e outro, da Brastemp custa R$ 3300,00 e a eficiência energética é de 58,0 quilowats/hora.Ou seja, o consumidor gasta mais na compra do produto que vai consumir mais energia. O peso na conta de luz do refrigerador mais caro é de R$ 480 no ano, enquanto o produto mais barato representa R$ 322 a mais na conta.
Entre as críticas ao programa, a Proteste destaca a não consideração para as máquinas lava e seca, do consumo de energia secando roupa. Isto é um absurdo, pois quem compra o produto com esta função vai querer comparar quanto vai gastar a mais na conta de luz com o uso completo do produto, não só para lavar ou para secar roupa.
O consumo de energia elétrica durante o processo de secagem é muito maior do que durante o programa de lavagem com água fria. O mesmo produto gasta para lavar 5 quilos de roupa com água fria, uma vez por dia, o equivalente a R$ 3,85 por mês na conta de luz. Já para secar esta mesma quantidade de roupa, acarreta mais R$ 92,11 por mês na fatura de energia (levando-se em conta o custo da tarifa de São Paulo). Isto gera discrepâncias absurdas, pois se classifica o produto quanto a sua eficiência energética pelo gasto de R$ 3,85, enquanto o consumo durante a secagem (ao custo de R$ 92,11), não é levado em consideração.
Fonte: Folha Online - 05/04/2016
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