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Do repelente a raquete elétrica: veja o que funciona no combate ao Aedes aegypti
Publicado em 01/04/2016
Médicos especialistas consultados pelo iG fazem alerta para medidas ineficazes e recomendam ações para afastar mosquito
Passar repelente, usar roupas compridas, não deixar água acumulada. Afinal, o que é mais importante quando o assunto é o combate ao mosquito Aedes aegypti? Há muitas dúvidas sobre qual método de prevenção é o mais eficaz para ficar longe do transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya.
O iG conversou com a dermatologista Lilia Guadanhim, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia, e o infectologista Jessé Reis Alves, coordenador do Ambulatório de Medicina do Viajante do Instituto Emílio Ribas, para sanar essas questões e saber quais são os cuidados que devemos ter em relação ao mosquito.
Repelente
Os repelentes, segundo os especialistas, são muito eficazes na proteção contra o Aedes aegypti. No entanto, há três tipos indicados – aqueles que possuem as substâncias IR3535, dietiltoluamida (DEET) ou icaridina. “Esses são os mais recomendados porque há comprovação científica de que funcionam”, explica Lilia. No entanto, cada um tem uma concentração diferente e um tempo de duração específico.
Para crianças de 6 meses e 2 anos, é indicado somente o uso do IR3535, substância mais fraca, com duração de 4 horas e que deve ser usada apenas uma vez ao dia. Já os repelentes com DEET – os mais encontrados no mercado – duram de acordo com a concentração que, segundo a dermatologista, varia de 6% a 15%. “Quanto mais alta, maior é o tempo de duração”, afirma. Produtos com icaridina, por exemplo, têm mais vantagens: eles duram até 10 horas na pele e, comparados em pesquisas de eficácia contra o Aedes aegypti com os que possuem DEET, têm uma resposta melhor.
A médica ainda alerta que o repelente deve ser passado no máximo três vezes ao dia. “Quanto mais quente o tempo estiver, menor será a duração do produto. O indicado é repassar quando estiver fora de casa”, adverte a médica.
Pulseira de citronela
Os repelentes naturais, como a citronela e o oléo de andiroba, não devem ser encarados como uma medida única de prevenção contra o mosquito. Segundo Lilia, eles ajudam, mas devem ser usados como um complemento. “Ainda não sabemos, de fato, a duração deles, mas pode ser de 20 minutos a duas horas, o que é pouco. Em tempos de proliferação do Aedes não dá para confiar muito”, aconselha.
Fumacê e larvicida
A nebulização de larvicida e a técnica do fumacê – pulverização de inseticidas – são métodos que também têm efeito. “Essas estratégias impedem que as larvas se transformem em mosquitos adultos, o que reduz o número da população”, explica o infectologista Jessé Reis Alves. É uma medida de controle que depende mais do poder público, mas que deve ser feita junto aos cuidados individuais dos brasileiros.
Mosquiteiros
No caso dos bebês, os mosquiteiros são ideais para proteção, e aí não será preciso o uso de um produto químico como o repelente. Outra dica são aqueles que vêm com tecidos de inseticida. Segundo Alves, é uma opção a mais para quem quer deixar a criança bem protegida.
No entanto, o infectologista faz o alerta de que para grávidas – público no qual o cuidado deve ser mais intenso por causa do zika vírus, que está associado aos casos de microcefalia – em adultos a medida não tem tanto efeito, já que é impossível ficar sob um mosquiteiro durante o dia, período em que o Aedes aegypti pica mais.
Telas
As telas em janelas também devem ser usadas como um cuidado a mais na proteção contra o mosquito. Elas diminuem a chance da picada, mas não podem ser encaradas como medida única de prevenção, já que não são todos os locais que possuem redes.
Raquete elétrica
Engana-se quem pensa que a raquete elétrica pode ajudar no combate ao transmissor das arboviroses. “Não há estudo comprovado sobre esse item”, enfatiza Alves. O objeto seria mais adequado para matar, no caso, moscas. “O mosquito é muito mais esperto. Ele percebe o movimento antes, o que dificultaria a captura.”
Uso de roupas claras e compridas
O Aedes aegypti tem fotofobia, ou seja, aversão à luz. Por isso, vestir roupas brancas ajuda sim a afastá-lo do corpo. Além disso, calças e blusas longas e largas também são indicadas, já que podem cobrir o máximo da pele.
Evitar água acumulada em vasos de plantas e pneus
Essa é a medida mais eficaz, sem dúvidas. Tanto o infectologista quanto a dermatologista alertam que, apesar do uso de repelentes e outros cuidados, não deixar água parada e evitar a proliferação do Aedes aegypti é a maneira ideal de fugir da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. “Pensar em erradicação do mosquito está muito distante, mas temos de reduzir o máximo possível”, adverte Alves.
Passar repelente, usar roupas compridas, não deixar água acumulada. Afinal, o que é mais importante quando o assunto é o combate ao mosquito Aedes aegypti? Há muitas dúvidas sobre qual método de prevenção é o mais eficaz para ficar longe do transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya.
O iG conversou com a dermatologista Lilia Guadanhim, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia, e o infectologista Jessé Reis Alves, coordenador do Ambulatório de Medicina do Viajante do Instituto Emílio Ribas, para sanar essas questões e saber quais são os cuidados que devemos ter em relação ao mosquito.
Repelente
Os repelentes, segundo os especialistas, são muito eficazes na proteção contra o Aedes aegypti. No entanto, há três tipos indicados – aqueles que possuem as substâncias IR3535, dietiltoluamida (DEET) ou icaridina. “Esses são os mais recomendados porque há comprovação científica de que funcionam”, explica Lilia. No entanto, cada um tem uma concentração diferente e um tempo de duração específico.
Para crianças de 6 meses e 2 anos, é indicado somente o uso do IR3535, substância mais fraca, com duração de 4 horas e que deve ser usada apenas uma vez ao dia. Já os repelentes com DEET – os mais encontrados no mercado – duram de acordo com a concentração que, segundo a dermatologista, varia de 6% a 15%. “Quanto mais alta, maior é o tempo de duração”, afirma. Produtos com icaridina, por exemplo, têm mais vantagens: eles duram até 10 horas na pele e, comparados em pesquisas de eficácia contra o Aedes aegypti com os que possuem DEET, têm uma resposta melhor.
A médica ainda alerta que o repelente deve ser passado no máximo três vezes ao dia. “Quanto mais quente o tempo estiver, menor será a duração do produto. O indicado é repassar quando estiver fora de casa”, adverte a médica.
Pulseira de citronela
Os repelentes naturais, como a citronela e o oléo de andiroba, não devem ser encarados como uma medida única de prevenção contra o mosquito. Segundo Lilia, eles ajudam, mas devem ser usados como um complemento. “Ainda não sabemos, de fato, a duração deles, mas pode ser de 20 minutos a duas horas, o que é pouco. Em tempos de proliferação do Aedes não dá para confiar muito”, aconselha.
Fumacê e larvicida
A nebulização de larvicida e a técnica do fumacê – pulverização de inseticidas – são métodos que também têm efeito. “Essas estratégias impedem que as larvas se transformem em mosquitos adultos, o que reduz o número da população”, explica o infectologista Jessé Reis Alves. É uma medida de controle que depende mais do poder público, mas que deve ser feita junto aos cuidados individuais dos brasileiros.
Mosquiteiros
No caso dos bebês, os mosquiteiros são ideais para proteção, e aí não será preciso o uso de um produto químico como o repelente. Outra dica são aqueles que vêm com tecidos de inseticida. Segundo Alves, é uma opção a mais para quem quer deixar a criança bem protegida.
No entanto, o infectologista faz o alerta de que para grávidas – público no qual o cuidado deve ser mais intenso por causa do zika vírus, que está associado aos casos de microcefalia – em adultos a medida não tem tanto efeito, já que é impossível ficar sob um mosquiteiro durante o dia, período em que o Aedes aegypti pica mais.
Telas
As telas em janelas também devem ser usadas como um cuidado a mais na proteção contra o mosquito. Elas diminuem a chance da picada, mas não podem ser encaradas como medida única de prevenção, já que não são todos os locais que possuem redes.
Raquete elétrica
Engana-se quem pensa que a raquete elétrica pode ajudar no combate ao transmissor das arboviroses. “Não há estudo comprovado sobre esse item”, enfatiza Alves. O objeto seria mais adequado para matar, no caso, moscas. “O mosquito é muito mais esperto. Ele percebe o movimento antes, o que dificultaria a captura.”
Uso de roupas claras e compridas
O Aedes aegypti tem fotofobia, ou seja, aversão à luz. Por isso, vestir roupas brancas ajuda sim a afastá-lo do corpo. Além disso, calças e blusas longas e largas também são indicadas, já que podem cobrir o máximo da pele.
Evitar água acumulada em vasos de plantas e pneus
Essa é a medida mais eficaz, sem dúvidas. Tanto o infectologista quanto a dermatologista alertam que, apesar do uso de repelentes e outros cuidados, não deixar água parada e evitar a proliferação do Aedes aegypti é a maneira ideal de fugir da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. “Pensar em erradicação do mosquito está muito distante, mas temos de reduzir o máximo possível”, adverte Alves.
Fonte: IG Notícias - 31/03/2016
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