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BC diz que juro não cai agora, mas não é preciso esperar até 2017
Publicado em 23/03/2016 , por EDUARDO CUCOLO
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira (22) que as expectativas de inflação precisam cair mais para que seja possível reduzir a taxa básica de juros, que está em 14,25% ao ano desde julho.
Tombini disse que não será necessário esperar que o IPCA (índice de preços ao consumidor) chegue aos 4,5% em 2017 para que isso ocorra, mas afirmou que não há como cortar a taxa neste momento.
"Não precisamos esperar até o ano que vem, mas para o processo de distensão é necessário que as expectativas dos agentes estejam mais baixas do que estão hoje", afirmou.
Tombini participou de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), do Senado, na qual foi cobrado por senadores da base aliada e da oposição por manter os juros no nível atual diante da recessão econômica.
O presidente do BC afirmou que fevereiro representou o início do declínio da inflação acumulada em 12 meses, mas que há riscos para o cumprimento da meta neste e no próximo ano, que não permitem "trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias".
Para o BC, a queda da inflação é necessária para que a economia volte a crescer.
A crítica mais dura à instituição veio do senador Ricardo Ferraço, que trocou neste ano o PMDB pelo PSDB. Ele afirmou que a inflação sempre ficou bem acima da meta na gestão Tombini e que o BC tem tentado ludibriar os agentes econômicos sistematicamente ao adiar o compromisso de reduzir a inflação.
"O BC se recusa a falar a verdade para os agentes econômicos e a população, perdendo com isso um dos ativos mais importantes que é a credibilidade", afirmou o senador. "Um BC sem credibilidade precisa gerar uma recessão muito maior para que a inflação caia. Era para o BC estar cortando juros em resposta ao aumento cavalar do desemprego e da desaceleração econômica do país."
Tombini disse que a inflação tem ficado abaixo do limite de 6,5% em quase todos os anos, com exceção de 2015.
Questionado sobre pressões políticas para baixar as taxas, afirmou que elas existem, mas que não há ingerência por parte do governo.
"Pressão política sempre há. É só ver nos jornais. Há pressões de todos os lados, mas ingerência, zero. É uma decisão colegiada. Eu não tenho poder de decidir o que cada um vai fazer na reunião."
DÓLAR
Vários senadores também questionaram Tombini sobre o uso das reservas internacionais, ideia descartada por ele neste momento, e sobre a taxa de câmbio.
O presidente do BC atribuiu a queda recente nas cotações, principalmente, à expectativa de uma alta menor dos juros nos EUA e às expectativas do mercado no Brasil.
Tombini descartou usar o câmbio para controlar a inflação e afirmou que a desvalorização do real foi importante para melhorar o resultado das contas externas.
"Não temos patamar de dólar. Ele é flutuante. Deixa o dólar tomando conta do balanço de pagamento e usamos a política monetária para desinflacionar."
Tombini afirmou que o BC vai revisar a projeção de deficit em transações correntes de US$ 41 bilhões para menos de US$ 30 bilhões neste ano, cerca de metade do verificado em 2015 (US$ 58,9 bilhões).
Tombini disse que não será necessário esperar que o IPCA (índice de preços ao consumidor) chegue aos 4,5% em 2017 para que isso ocorra, mas afirmou que não há como cortar a taxa neste momento.
"Não precisamos esperar até o ano que vem, mas para o processo de distensão é necessário que as expectativas dos agentes estejam mais baixas do que estão hoje", afirmou.
Tombini participou de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), do Senado, na qual foi cobrado por senadores da base aliada e da oposição por manter os juros no nível atual diante da recessão econômica.
O presidente do BC afirmou que fevereiro representou o início do declínio da inflação acumulada em 12 meses, mas que há riscos para o cumprimento da meta neste e no próximo ano, que não permitem "trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias".
Para o BC, a queda da inflação é necessária para que a economia volte a crescer.
A crítica mais dura à instituição veio do senador Ricardo Ferraço, que trocou neste ano o PMDB pelo PSDB. Ele afirmou que a inflação sempre ficou bem acima da meta na gestão Tombini e que o BC tem tentado ludibriar os agentes econômicos sistematicamente ao adiar o compromisso de reduzir a inflação.
"O BC se recusa a falar a verdade para os agentes econômicos e a população, perdendo com isso um dos ativos mais importantes que é a credibilidade", afirmou o senador. "Um BC sem credibilidade precisa gerar uma recessão muito maior para que a inflação caia. Era para o BC estar cortando juros em resposta ao aumento cavalar do desemprego e da desaceleração econômica do país."
Tombini disse que a inflação tem ficado abaixo do limite de 6,5% em quase todos os anos, com exceção de 2015.
Questionado sobre pressões políticas para baixar as taxas, afirmou que elas existem, mas que não há ingerência por parte do governo.
"Pressão política sempre há. É só ver nos jornais. Há pressões de todos os lados, mas ingerência, zero. É uma decisão colegiada. Eu não tenho poder de decidir o que cada um vai fazer na reunião."
DÓLAR
Vários senadores também questionaram Tombini sobre o uso das reservas internacionais, ideia descartada por ele neste momento, e sobre a taxa de câmbio.
O presidente do BC atribuiu a queda recente nas cotações, principalmente, à expectativa de uma alta menor dos juros nos EUA e às expectativas do mercado no Brasil.
Tombini descartou usar o câmbio para controlar a inflação e afirmou que a desvalorização do real foi importante para melhorar o resultado das contas externas.
"Não temos patamar de dólar. Ele é flutuante. Deixa o dólar tomando conta do balanço de pagamento e usamos a política monetária para desinflacionar."
Tombini afirmou que o BC vai revisar a projeção de deficit em transações correntes de US$ 41 bilhões para menos de US$ 30 bilhões neste ano, cerca de metade do verificado em 2015 (US$ 58,9 bilhões).
Fonte: Folha Online - 22/03/2016
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