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Está na hora′ de a política ajudar a economia, diz Nelson Barbosa
Publicado em 21/03/2016
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta sexta-feira (18) que "está na hora" de a política ajudar na recuperação da economia, reconhecendo que o ambiente está bastante conturbado.
"Propostas extremas, seja de um lado ou de outro, não são sustentáveis", afirmou ele durante evento em São Paulo. "Incerteza política atrasa a recuperação econômica."
O ministro citou a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil como um ponto positivo para construir soluções políticas e econômicas. Por enquanto, uma liminar impede que Lula exerça o cargo e sua volta ao governo gerou fortes e contrárias manifestações populares, que pedem o fim do governo da presidente Dilma Rousseff.
"Nossa obrigação é continuar propondo medidas para melhorar a economia mesmo num ambiente político conturbado", acrescentou Barbosa.
Ele disse que ainda há incerteza sobre quando a economia pode voltar a crescer, mas repetiu que o cenário trabalhado pelo ministério é de que o país pode voltar a expandir no final do ano. Em 2015, o PIB (Produto Interno Bruto) do país despencou 3,8% e, segundo projeções em pesquisa Focus do Banco Central —que ouve semanalmente uma centena de economistas—, deve recuar 3,54% neste ano.
Ele repetiu que o governo está trabalhando em duas frentes para buscar estabilizar a atividade, com medidas de curto prazo e de longo prazo, com propostas de reformas. Também reafirmou que a volta da CPMF é a "melhor alternativa" para aumentar temporariamente as receitas.
A reforma da Previdência é uma das medidas de longo prazo em que o governo aposta para reequilibrar suas contas. "Só vamos sentir os efeitos em mais de cinco anos, mas, se esperarmos, o problema aumenta exponencialmente".
Segundo Barbosa, 54% dos gastos não financeiros do governo vão para a Previdência, por isso, "não pode haver reforma econômica sem passar por isso".
"Temos o dever de ajustar nosso sistema previdenciário para preserva-lo", completou.
Barbosa disse ainda que vai enviar ao Congresso na próxima segunda-feira (21) proposta de medidas para o alongamento das dívidas de Estados.
O ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, que também esteve presente no evento, afirmou que a situação econômica pode melhorar "se formos capazes de dar suporte político ao programa apresentado pelo ministro". "É preciso energia, no primeiro instante que houver um impulso positivo, toda a roda econômica começa a girar", completou.
O ministro disse ainda que a inflação já começou a cair e que, a partir de março e abril, deve haver redução sobre um ano antes por conta dos preços de energia elétrica.
MAIS CRÉDITO
Questionado pela plateia se haveria a preparação de novas medidas para fornecer crédito para empresas, que sofrem com falta de liquidez, Barbosa disse que o Ministério da Fazenda estudava junto com o Banco Central algo neste sentido.
"Isso não é uma decisão formada, com várias ideias de como se dar assistência de liquidez via compulsório (bancário). Mas isso tem de ser feito com muito cuidado. Simplesmente baixar o compulsório não garante que isso vai chegar na ponta", afirmou ele, acrescentando que mudanças na regulação também poderiam ocorrer para a administração de crédito e rolagens de dívidas.
"Propostas extremas, seja de um lado ou de outro, não são sustentáveis", afirmou ele durante evento em São Paulo. "Incerteza política atrasa a recuperação econômica."
O ministro citou a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil como um ponto positivo para construir soluções políticas e econômicas. Por enquanto, uma liminar impede que Lula exerça o cargo e sua volta ao governo gerou fortes e contrárias manifestações populares, que pedem o fim do governo da presidente Dilma Rousseff.
"Nossa obrigação é continuar propondo medidas para melhorar a economia mesmo num ambiente político conturbado", acrescentou Barbosa.
Ele disse que ainda há incerteza sobre quando a economia pode voltar a crescer, mas repetiu que o cenário trabalhado pelo ministério é de que o país pode voltar a expandir no final do ano. Em 2015, o PIB (Produto Interno Bruto) do país despencou 3,8% e, segundo projeções em pesquisa Focus do Banco Central —que ouve semanalmente uma centena de economistas—, deve recuar 3,54% neste ano.
Ele repetiu que o governo está trabalhando em duas frentes para buscar estabilizar a atividade, com medidas de curto prazo e de longo prazo, com propostas de reformas. Também reafirmou que a volta da CPMF é a "melhor alternativa" para aumentar temporariamente as receitas.
A reforma da Previdência é uma das medidas de longo prazo em que o governo aposta para reequilibrar suas contas. "Só vamos sentir os efeitos em mais de cinco anos, mas, se esperarmos, o problema aumenta exponencialmente".
Segundo Barbosa, 54% dos gastos não financeiros do governo vão para a Previdência, por isso, "não pode haver reforma econômica sem passar por isso".
"Temos o dever de ajustar nosso sistema previdenciário para preserva-lo", completou.
Barbosa disse ainda que vai enviar ao Congresso na próxima segunda-feira (21) proposta de medidas para o alongamento das dívidas de Estados.
O ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Netto, que também esteve presente no evento, afirmou que a situação econômica pode melhorar "se formos capazes de dar suporte político ao programa apresentado pelo ministro". "É preciso energia, no primeiro instante que houver um impulso positivo, toda a roda econômica começa a girar", completou.
O ministro disse ainda que a inflação já começou a cair e que, a partir de março e abril, deve haver redução sobre um ano antes por conta dos preços de energia elétrica.
MAIS CRÉDITO
Questionado pela plateia se haveria a preparação de novas medidas para fornecer crédito para empresas, que sofrem com falta de liquidez, Barbosa disse que o Ministério da Fazenda estudava junto com o Banco Central algo neste sentido.
"Isso não é uma decisão formada, com várias ideias de como se dar assistência de liquidez via compulsório (bancário). Mas isso tem de ser feito com muito cuidado. Simplesmente baixar o compulsório não garante que isso vai chegar na ponta", afirmou ele, acrescentando que mudanças na regulação também poderiam ocorrer para a administração de crédito e rolagens de dívidas.
Fonte: Folha Online - 18/03/2016
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