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Busca por trabalho dispara e ano fecha com 9 milhões de desempregados
Publicado em 17/03/2016 , por BRUNO VILLAS BÔAS e NICOLA PAMPLONA
Com alta de 40,8% no número de trabalhadores que procuraram vaga sem sucesso em um ano, 9,1 milhões de pessoas estavam na fila de emprego em todo o país nos três meses finais de 2015.
Um movimento dessa proporção nunca tinha sido registrado pela Pnad Contínua, pesquisa iniciada em 2012, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (15).
Essa corrida por emprego reflete a perda do poder de compra das famílias. Membros de uma mesma casa (jovens, idosos, donas de casa) saíram em busca de trabalho para apoiar a renda do lar.
O movimento acabou pressionando a taxa de desemprego, que subiu para 8,5% na média do ano passado. Foi a taxa mais alta da série histórica da pesquisa e 1,7 ponto percentual acima da apurada no ano anterior (6,8%).
Nem o típico movimento de contratação de mão de obra temporária do fim do ano ajudou uma melhora. No quarto trimestre, a taxa foi de 9%, acima do terceiro trimestre (8,9%) e do mesmo período de 2014 (6,5%).
Com isso, o rendimento real (sem a inflação) foi de R$ 1.953 no quarto trimestre, queda de 2% frente ao mesmo período de 2014.
Já a massa de rendimento real dos trabalhadores –que é o dinheiro do trabalho que circula na economia– caiu 2,5%, para R$ 171,5 bilhões.
Para a MB Associados, a taxa de desemprego ainda vai a 11,1% neste ano, na média. O Itaú Unibanco prevê 13% neste ano e 13,4% em 2017.
"Com a atividade economia ainda fraca e sem horizonte de melhora, os empresários acabam demitindo. Então, uma recuperação mesmo será apenas em 2018", disse Rodrigo Miyamoto, economista do Itaú Unibanco.
OFERTA MENOR
Ao mesmo tempo em que cresceu a procura, o estoque de empregos encolheu. A população ocupada ficou menor em 600 mil pessoas no quatro trimestre, frente a igual período de 2015 –queda de 0,6%.
Essas demissões ocorreram sobretudo na indústria, que terminou o ano com 1,06 milhão de trabalhadores a menos frente ao quarto trimestre de 2014, uma redução de 7,9% nos ocupados.
E, por ser a indústria um dos setores mais formalizados, as demissões afetaram o número de trabalhadores com carteira assinada, que ficou 1,1 milhão menor, queda de 3% na comparação mesmo período de 2014.
O quadro de desemprego só não ficou mais crítico porque 1,14 milhão de pessoas encontraram no trabalho autônomo uma válvula de escape. A atividade (serventes, camelôs, pedreiros) cresceu 5,2% no ano passado.
Outra válvula de escape foi o emprego doméstico, após anos de retração na atividade. O número de mulheres dedicadas a trabalho doméstico cresceu 6,6% em um ano. São 395 mil pessoas a mais frente ao fim de 2014.
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BALANÇO FECHADO
O QUE FOI
Crise levou a corte de vagas e maior procura por emprego
O QUE É
Taxa de desemprego foi de 8,5% na média em 2015
O QUE SERÁ
Analistas estimam taxa média de até 11,8% neste ano
Um movimento dessa proporção nunca tinha sido registrado pela Pnad Contínua, pesquisa iniciada em 2012, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (15).
Essa corrida por emprego reflete a perda do poder de compra das famílias. Membros de uma mesma casa (jovens, idosos, donas de casa) saíram em busca de trabalho para apoiar a renda do lar.
O movimento acabou pressionando a taxa de desemprego, que subiu para 8,5% na média do ano passado. Foi a taxa mais alta da série histórica da pesquisa e 1,7 ponto percentual acima da apurada no ano anterior (6,8%).
Nem o típico movimento de contratação de mão de obra temporária do fim do ano ajudou uma melhora. No quarto trimestre, a taxa foi de 9%, acima do terceiro trimestre (8,9%) e do mesmo período de 2014 (6,5%).
Com isso, o rendimento real (sem a inflação) foi de R$ 1.953 no quarto trimestre, queda de 2% frente ao mesmo período de 2014.
Já a massa de rendimento real dos trabalhadores –que é o dinheiro do trabalho que circula na economia– caiu 2,5%, para R$ 171,5 bilhões.
Para a MB Associados, a taxa de desemprego ainda vai a 11,1% neste ano, na média. O Itaú Unibanco prevê 13% neste ano e 13,4% em 2017.
"Com a atividade economia ainda fraca e sem horizonte de melhora, os empresários acabam demitindo. Então, uma recuperação mesmo será apenas em 2018", disse Rodrigo Miyamoto, economista do Itaú Unibanco.
OFERTA MENOR
Ao mesmo tempo em que cresceu a procura, o estoque de empregos encolheu. A população ocupada ficou menor em 600 mil pessoas no quatro trimestre, frente a igual período de 2015 –queda de 0,6%.
Essas demissões ocorreram sobretudo na indústria, que terminou o ano com 1,06 milhão de trabalhadores a menos frente ao quarto trimestre de 2014, uma redução de 7,9% nos ocupados.
E, por ser a indústria um dos setores mais formalizados, as demissões afetaram o número de trabalhadores com carteira assinada, que ficou 1,1 milhão menor, queda de 3% na comparação mesmo período de 2014.
O quadro de desemprego só não ficou mais crítico porque 1,14 milhão de pessoas encontraram no trabalho autônomo uma válvula de escape. A atividade (serventes, camelôs, pedreiros) cresceu 5,2% no ano passado.
Outra válvula de escape foi o emprego doméstico, após anos de retração na atividade. O número de mulheres dedicadas a trabalho doméstico cresceu 6,6% em um ano. São 395 mil pessoas a mais frente ao fim de 2014.
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BALANÇO FECHADO
O QUE FOI
Crise levou a corte de vagas e maior procura por emprego
O QUE É
Taxa de desemprego foi de 8,5% na média em 2015
O QUE SERÁ
Analistas estimam taxa média de até 11,8% neste ano
Fonte: Folha Online - 16/03/2016
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