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Inflação desacelera em fevereiro, mas taxa em 12 meses segue em dois dígitos
Publicado em 10/03/2016 , por BRUNO VILLAS BÔAS
Com o aumento menos intenso nos preços de alimentos e bebidas, a inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou para 0,90% em fevereiro.
O índice, divulgado nesta quarta-feira (9), ficou abaixo do registrado em janeiro deste ano (1,27%) e no mesmo mês do ano passado (1,22%), quando havia sido pressionado pela alta de PIS/Cofins sobre a gasolina.
Desta forma, a variação do IPCA acumulada nos últimos 12 meses perdeu fôlego pela primeira vez após quatro altas seguidas. Ele estava em 10,71% em janeiro deste ano e passou agora a 10,36% em fevereiro.
O resultado ficou um pouco abaixo das expectativas dos economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que pela mediana (centro) previam um aumento de 0,98% nos preços em fevereiro e de 10,44% em 12 meses.
Apesar do ritmo um pouco menor, o índice permanece em patamar elevado e muito distante do centro da meta de inflação do governo para este ano, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
"Houve uma desaceleração do ritmo de aumento dos preços em relação a dezembro, mas os preços continuam aumentando. Eles permanecem altos e o custo de vida não foi aliviado", disse a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Ao explicar sua decisão de manter os juros básicos (Selic) estáveis em 14,25% ao ano, o BC (Banco Central) tem indicado que a recessão econômica deve conduzir os preços para um patamar mais próximo do centro da meta.
O trabalho da autoridade monetária tem sido dificultado, no entanto, pela chamada inércia inflacionária. Isso ocorre quando a inflação passada é usada para reajustar contratos e serviços do presente. É algo que ficou claro em fevereiro.
No mês passado, a inflação não desacelerou mais porque os preços das mensalidades de cursos regulares subiram em 7,43%, refletindo os repasses das altas dos preços do ano passado como energia elétrica e água.
É um reajuste típico para o mês e também o maior impacto individual para o IPCA do mês, com impacto de 0,21 ponto percentual.
O grupo Educação registrou desta forma uma das maiores contribuições para o avanço da inflação no mês, ao acelerar de 0,31% em janeiro para 5,90% em fevereiro. O impacto foi de 0,27 ponto percentual no IPCA cheio.
Entre os serviços, outros destaques de alta dentro do mês foram nas mensalidades de TV por assinatura com internet (7,86%) e transporte escolar (6,72%), por exemplo.
ALIMENTOS
Na passagem de janeiro para fevereiro, o grupo alimentação e bebidas desacelerou de 2,28% para 1,06%, respectivamente. Isso contribuiu para reduzir a pressão sobre o IPCA de um mês para o outro.
Por ser um grupo de grande peso no índice, alimentação e bebidas responderam por 0,27 ponto percentual do índice no mês passado.
Entre os alimentos que mais recuaram e que são importantes na mesa das famílias estão tomate (-12,63%) e batata-inglesa (-5,70%). Continuaram pressionados cenoura (23,79%), farinha de mandioca (11,40%) e açaí (10,06%).
Os alimentos in natura haviam subido fortemente nos últimos meses por causa do excesso de chuvas na região Sul do país. Esse movimento também foi intensificado pelas alterações de clima do fenômeno El Niño.
ENERGIA ELÉTRICA
Dos nove grupos de preços acompanhados pelo IBGE, quatro desaceleraram no mês passado.
Outro destaque positivo para a queda dos preços veio da energia elétrica, que teve queda de 2,16% no mês passado, consequência da redução da bandeira tarifária vermelho, que passou de R$ 4 para R$ 3 por cada 100 kilowatts-hora consumidos.
O modelo de bandeira tarifárias busca cobrir os gastos com usinas térmicas, acionadas em período de escassez de chuvas. Com o desligamento de usinas térmicas, o governo mudou o valor da bandeira a partir de 1º de fevereiro.
No ano passado, a inflação oficial foi de 10,67%, a maior desde 2002, pressionada pelos preços controlados pelo governo e pelo câmbio Economistas consultados pelo Boletim Focus, do BC, estimam inflação de 7,59% este ano.
O índice, divulgado nesta quarta-feira (9), ficou abaixo do registrado em janeiro deste ano (1,27%) e no mesmo mês do ano passado (1,22%), quando havia sido pressionado pela alta de PIS/Cofins sobre a gasolina.
Desta forma, a variação do IPCA acumulada nos últimos 12 meses perdeu fôlego pela primeira vez após quatro altas seguidas. Ele estava em 10,71% em janeiro deste ano e passou agora a 10,36% em fevereiro.
O resultado ficou um pouco abaixo das expectativas dos economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que pela mediana (centro) previam um aumento de 0,98% nos preços em fevereiro e de 10,44% em 12 meses.
Apesar do ritmo um pouco menor, o índice permanece em patamar elevado e muito distante do centro da meta de inflação do governo para este ano, de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
"Houve uma desaceleração do ritmo de aumento dos preços em relação a dezembro, mas os preços continuam aumentando. Eles permanecem altos e o custo de vida não foi aliviado", disse a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Ao explicar sua decisão de manter os juros básicos (Selic) estáveis em 14,25% ao ano, o BC (Banco Central) tem indicado que a recessão econômica deve conduzir os preços para um patamar mais próximo do centro da meta.
O trabalho da autoridade monetária tem sido dificultado, no entanto, pela chamada inércia inflacionária. Isso ocorre quando a inflação passada é usada para reajustar contratos e serviços do presente. É algo que ficou claro em fevereiro.
No mês passado, a inflação não desacelerou mais porque os preços das mensalidades de cursos regulares subiram em 7,43%, refletindo os repasses das altas dos preços do ano passado como energia elétrica e água.
É um reajuste típico para o mês e também o maior impacto individual para o IPCA do mês, com impacto de 0,21 ponto percentual.
O grupo Educação registrou desta forma uma das maiores contribuições para o avanço da inflação no mês, ao acelerar de 0,31% em janeiro para 5,90% em fevereiro. O impacto foi de 0,27 ponto percentual no IPCA cheio.
Entre os serviços, outros destaques de alta dentro do mês foram nas mensalidades de TV por assinatura com internet (7,86%) e transporte escolar (6,72%), por exemplo.
ALIMENTOS
Na passagem de janeiro para fevereiro, o grupo alimentação e bebidas desacelerou de 2,28% para 1,06%, respectivamente. Isso contribuiu para reduzir a pressão sobre o IPCA de um mês para o outro.
Por ser um grupo de grande peso no índice, alimentação e bebidas responderam por 0,27 ponto percentual do índice no mês passado.
Entre os alimentos que mais recuaram e que são importantes na mesa das famílias estão tomate (-12,63%) e batata-inglesa (-5,70%). Continuaram pressionados cenoura (23,79%), farinha de mandioca (11,40%) e açaí (10,06%).
Os alimentos in natura haviam subido fortemente nos últimos meses por causa do excesso de chuvas na região Sul do país. Esse movimento também foi intensificado pelas alterações de clima do fenômeno El Niño.
ENERGIA ELÉTRICA
Dos nove grupos de preços acompanhados pelo IBGE, quatro desaceleraram no mês passado.
Outro destaque positivo para a queda dos preços veio da energia elétrica, que teve queda de 2,16% no mês passado, consequência da redução da bandeira tarifária vermelho, que passou de R$ 4 para R$ 3 por cada 100 kilowatts-hora consumidos.
O modelo de bandeira tarifárias busca cobrir os gastos com usinas térmicas, acionadas em período de escassez de chuvas. Com o desligamento de usinas térmicas, o governo mudou o valor da bandeira a partir de 1º de fevereiro.
No ano passado, a inflação oficial foi de 10,67%, a maior desde 2002, pressionada pelos preços controlados pelo governo e pelo câmbio Economistas consultados pelo Boletim Focus, do BC, estimam inflação de 7,59% este ano.
Fonte: Folha Online - 09/03/2016
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