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Atrasos na liberação de produtos pela Anvisa afetam indústria farmacêutica
Publicado em 10/03/2016 , por VENCESLAU BORLINA FILHO
Produtos médico-hospitalares, medicamentos, vacinas e matéria-prima para a indústria farmacêutica se acumulam há 58 dias no terminal de cargas do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior paulista.
São mercadorias importadas que dependem da liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas que, devido à falta de funcionários, seguem paradas no aeroporto, gerando prejuízo para as empresas.
Entre os medicamentos estão insulinas adquiridas pelo próprio governo federal, além de remédios para câncer e reprodução humana, anticorpos para vacinas, tubos para exames clínicos (inclusive dengue) e sondas.
Alguns desses produtos estão no terminal desde dezembro. Segundo empresas, o atraso, no início do ano, chegou a 70 dias.
Atualmente, são sete funcionários para avaliar 4.500 licenças de importação. Segundo importadores, a equipe da Anvisa no local já chegou a ter dez funcionários. Mas o ideal, ainda de acordo com as empresas, seriam 20.
O problema começou há um ano, quando alguns servidores se aposentaram. Os importadores afirmam que os problemas se repetem, com menor gravidade, nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e do Galeão, no Rio.
A Anvisa diz que, para minimizar os atrasos, tenta agilizar a liberação dos produtos com a realização de forças-tarefas –funcionários de outros lugares são deslocados temporariamente para lá.
Já foram organizadas duas forças-tarefas, uma em 2015 e outra no começo deste ano.
A direção do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Campinas e a própria concessionária de Viracopos, a Aeroportos Brasil, já avisaram que vão à Justiça para obrigar a Anvisa a agilizar a liberação.
Para a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Saúde) e o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo), o prazo razoável para liberação das mercadorias seria de até sete dias.
PREJUÍZOS
Julio Gândara, diretor da multinacional 3M do Brasil, afirma que o faturamento da empresa foi afetado por causa dos atrasos. A empresa, cuja fábrica fica próxima ao aeroporto, em Sumaré (SP), teve que aumentar os estoques e praticamente dobrou os custos com armazenagem.
A Bioclin, uma das gigantes em diagnósticos in vitro do país, afirmou que prefere pagar mais caro e usar o aeroporto de Confins (MG) para evitar problemas com a liberação da mercadoria.
O aeroporto internacional de Viracopos é o segundo maior em importação de cargas. Os produtos que precisam de vistoria da Anvisa –perecíveis e ligados à área da saúde (humana e animal)– representam cerca de 10% do total importado pelo aeroporto.
Segundo Carlos Alberto Alcântara, assessor de relações institucionais da Aeroportos Brasil em Viracopos, os prejuízos à concessionária vão desde os gastos extras para armazenar as mercadorias até a perda de clientes.
outro lado
A Anvisa não respondeu sobre a falta de funcionários. Ela informou que novas forças-tarefas serão feitas até 8 de abril em Viracopos e que trabalha na transferência definitiva de seis servidores para o aeroporto "nos próximos meses".
São mercadorias importadas que dependem da liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas que, devido à falta de funcionários, seguem paradas no aeroporto, gerando prejuízo para as empresas.
Entre os medicamentos estão insulinas adquiridas pelo próprio governo federal, além de remédios para câncer e reprodução humana, anticorpos para vacinas, tubos para exames clínicos (inclusive dengue) e sondas.
Alguns desses produtos estão no terminal desde dezembro. Segundo empresas, o atraso, no início do ano, chegou a 70 dias.
Atualmente, são sete funcionários para avaliar 4.500 licenças de importação. Segundo importadores, a equipe da Anvisa no local já chegou a ter dez funcionários. Mas o ideal, ainda de acordo com as empresas, seriam 20.
O problema começou há um ano, quando alguns servidores se aposentaram. Os importadores afirmam que os problemas se repetem, com menor gravidade, nos aeroportos de Cumbica, em São Paulo, e do Galeão, no Rio.
A Anvisa diz que, para minimizar os atrasos, tenta agilizar a liberação dos produtos com a realização de forças-tarefas –funcionários de outros lugares são deslocados temporariamente para lá.
Já foram organizadas duas forças-tarefas, uma em 2015 e outra no começo deste ano.
A direção do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Campinas e a própria concessionária de Viracopos, a Aeroportos Brasil, já avisaram que vão à Justiça para obrigar a Anvisa a agilizar a liberação.
Para a Abimed (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Saúde) e o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos de São Paulo), o prazo razoável para liberação das mercadorias seria de até sete dias.
PREJUÍZOS
Julio Gândara, diretor da multinacional 3M do Brasil, afirma que o faturamento da empresa foi afetado por causa dos atrasos. A empresa, cuja fábrica fica próxima ao aeroporto, em Sumaré (SP), teve que aumentar os estoques e praticamente dobrou os custos com armazenagem.
A Bioclin, uma das gigantes em diagnósticos in vitro do país, afirmou que prefere pagar mais caro e usar o aeroporto de Confins (MG) para evitar problemas com a liberação da mercadoria.
O aeroporto internacional de Viracopos é o segundo maior em importação de cargas. Os produtos que precisam de vistoria da Anvisa –perecíveis e ligados à área da saúde (humana e animal)– representam cerca de 10% do total importado pelo aeroporto.
Segundo Carlos Alberto Alcântara, assessor de relações institucionais da Aeroportos Brasil em Viracopos, os prejuízos à concessionária vão desde os gastos extras para armazenar as mercadorias até a perda de clientes.
outro lado
A Anvisa não respondeu sobre a falta de funcionários. Ela informou que novas forças-tarefas serão feitas até 8 de abril em Viracopos e que trabalha na transferência definitiva de seis servidores para o aeroporto "nos próximos meses".
Fonte: Folha Online - 08/03/2016
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