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Brasil enfrenta a recessão mais profunda em 20 anos
Publicado em 07/03/2016
A atual recessão já é, em números oficiais, a mais longa e intensa vivida pelos brasileiros que chegaram há pouco à idade adulta –e, sem desfecho previsível, ameaça ocupar o posto também na memória dos mais velhos.
Conforme o IBGE divulgou nesta quinta (3), a produção e a renda do país encolheram por quatro trimestres consecutivos em 2015, encerrando o ano 3,8% menores.
Não se via nada semelhante desde 1990, quando o Plano Collor confiscou dinheiro depositado nas contas bancárias e o PIB, então apurado com uma metodologia diferente, caiu 4,35%.
Agora, a crise se aprofunda em uma rara combinação de paralisia no governo e no Congresso, escândalos de corrupção, desemprego e inflação em alta, incerteza generalizada entre empresários e consumidores.
A economia segue em queda neste 2016, a caminho do pior desempenho bienal apurado desde o século 20. Os dados do IBGE não são, portanto, uma fotografia do passado; são parte de um longa-metragem em andamento.
Eles mostram como a corrosão da credibilidade do governo levou a uma retração de proporções inusitadas de quase todos os setores e atividades públicas e privadas.
Os investimentos –obras e equipamentos destinados a ampliar a produção– estão na origem desse processo. Esses gastos completaram dez trimestres consecutivos de declínio; caíram 4,5% em 2014 e 14,1% em 2015.
Ao contrário do que costuma ocorrer nas recessões mais convencionais, esse recuo não decorreu de alguma mudança brusca do ambiente de negócios, como uma crise externa, uma disparada dos juros ou do dólar, ou uma reviravolta política.
Há dois anos e meio, enquanto o país era sacudido por uma onda de protestos de rua, consolidava-se no mercado o diagnóstico de que era insustentável a estratégia econômica da presidente Dilma.
A expansão contínua de gastos, benefícios tributários e crédito subsidiado alimentava a alta dos preços e da dívida pública –aos poucos, de início, e de forma escancarada, após a reeleição de Dilma.
Preços como os da gasolina e da energia elétrica, antes represados, dispararam; os juros subiram para conter a inflação; sufocadas, empresas passaram a demitir.
Motor do crescimento econômico na década passada, o consumo das famílias se reduziu em 4%, pior desempenho em pelo menos 25 anos.
Derrubado pelo comércio, o setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB, caiu 2,7% –a primeira queda desde 1990 e a maior apurada nas estatísticas iniciadas nos anos 1980. Na indústria, a perda foi de 6,2%.
Em termos mais simples, o país empobreceu e continuará empobrecendo. A produção retrocedeu ao patamar de 2011. A renda média por habitante, de R$ 28.876 anuais ao fim de 2015 (ou R$ 2.406 por mês), é 4,6% inferior à de 2014, considerada a inflação.
Aumenta, dessa maneira, a distância que separa os padrões de vida do Brasil e os do mundo desenvolvido.
Conforme o IBGE divulgou nesta quinta (3), a produção e a renda do país encolheram por quatro trimestres consecutivos em 2015, encerrando o ano 3,8% menores.
Não se via nada semelhante desde 1990, quando o Plano Collor confiscou dinheiro depositado nas contas bancárias e o PIB, então apurado com uma metodologia diferente, caiu 4,35%.
Agora, a crise se aprofunda em uma rara combinação de paralisia no governo e no Congresso, escândalos de corrupção, desemprego e inflação em alta, incerteza generalizada entre empresários e consumidores.
A economia segue em queda neste 2016, a caminho do pior desempenho bienal apurado desde o século 20. Os dados do IBGE não são, portanto, uma fotografia do passado; são parte de um longa-metragem em andamento.
Eles mostram como a corrosão da credibilidade do governo levou a uma retração de proporções inusitadas de quase todos os setores e atividades públicas e privadas.
Os investimentos –obras e equipamentos destinados a ampliar a produção– estão na origem desse processo. Esses gastos completaram dez trimestres consecutivos de declínio; caíram 4,5% em 2014 e 14,1% em 2015.
Ao contrário do que costuma ocorrer nas recessões mais convencionais, esse recuo não decorreu de alguma mudança brusca do ambiente de negócios, como uma crise externa, uma disparada dos juros ou do dólar, ou uma reviravolta política.
Há dois anos e meio, enquanto o país era sacudido por uma onda de protestos de rua, consolidava-se no mercado o diagnóstico de que era insustentável a estratégia econômica da presidente Dilma.
A expansão contínua de gastos, benefícios tributários e crédito subsidiado alimentava a alta dos preços e da dívida pública –aos poucos, de início, e de forma escancarada, após a reeleição de Dilma.
Preços como os da gasolina e da energia elétrica, antes represados, dispararam; os juros subiram para conter a inflação; sufocadas, empresas passaram a demitir.
Motor do crescimento econômico na década passada, o consumo das famílias se reduziu em 4%, pior desempenho em pelo menos 25 anos.
Derrubado pelo comércio, o setor de serviços, que responde por cerca de 70% do PIB, caiu 2,7% –a primeira queda desde 1990 e a maior apurada nas estatísticas iniciadas nos anos 1980. Na indústria, a perda foi de 6,2%.
Em termos mais simples, o país empobreceu e continuará empobrecendo. A produção retrocedeu ao patamar de 2011. A renda média por habitante, de R$ 28.876 anuais ao fim de 2015 (ou R$ 2.406 por mês), é 4,6% inferior à de 2014, considerada a inflação.
Aumenta, dessa maneira, a distância que separa os padrões de vida do Brasil e os do mundo desenvolvido.
Fonte: Folha Online - 04/03/2016
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