<
Voltar para notícias
1941
pessoas já leram essa notícia
PROTESTE detecta gelo e sódio demais em filé congelado de polaca do Alasca
Publicado em 01/03/2016
Foram pedidas providências contra a fraude econômica, pois o consumidor paga por peixe e leva água para casa.
A PROTESTE avaliou nove marcas de filé congelado de polaca do Alasca, que pode ser um substituto do bacalhau em período de crise como agora, e não recomenda a compra de cinco deles: Bacalanor, Megg′s, Leardini, Qualitá e News Fish. A quantidade de água adicionada pode afetar o bolso do consumidor. E se constatou excesso de sódio em sete marcas.
Na marca New Fish, foram encontrados cerca de 30% de água adicionada, sendo que o tolerado é até 20%. Já Buona Pesca, Bacalanor e Leardini chegaram perto desse limite (entre 16% e 17%).
O problema é o glaciamento, processo utilizado pelas empresas no qual se adiciona uma camada de gelo ao pescado congelado, para protegê-lo contra a desidratação e a oxidação. O peso desse gelo deve ser descontado do peso do produto, de forma que o valor líquido declarado ao consumidor seja o real do pescado. Mas não foi isso o que se constatou nessas marcas.
Para garantir a melhor qualidade do peixe congelado vendido ao consumidor, a PROTESTE entregou os resultados da avaliação ao Ministério da Agricultura, cobrando mais fiscalização do setor para evitar a fraude econômica constatada com o excesso de água nos produtos.
"Estamos lutando por mudanças na legislação para que o teor de água permitido para o produto congelado seja de 10%, já que não faz sentido o consumidor comprar peixe e levar água", destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. São mudanças indispensáveis para que o consumidor tenha, à mesa, alimento mais saudável e receba exatamente o produto adquirido, sem maquiagens no peso e prejuízo no bolso.
Os resultados também foram enviados para a associação do setor, Abipesca, sugerindo ações de melhoria para garantir ao consumidor produtos adequados e que cumpram as normas expedidas pelos órgãos oficiais, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
Outro problema que pode prejudicar o bolso do consumidor foi descoberto na avaliação do tripolifosfato de sódio, substância usada por alguns fabricantes para manter a umidade do pescado congelado, por meio da lavagem ou imersão do alimento. Quando essa imersão é demorada demais, o produto fica com excesso de absorção de água, trazendo dois resultados negativos: a qualidade da carne, que fica comprometida, e o produto se torna mais pesado.
No Brasil, só é permitido que o tripolifosfato seja acrescido à água do glaciamento. Qualquer traço dele no pescado congelado vendido em nosso país é ilegal. A substância, contudo, foi encontrada nas marcas Qualitá, Megg′s, Bacalanor e Leardini – esta última, com a maior concentração. Na hora da compra, portanto, não as coloque no carrinho.
Também foram detectadas divergências na rotulagem: o valor de sódio declarado na embalagem não conferiu com o encontrado em análises no laboratório – a diferença entre eles não poderia ultrapassar 20%. Apenas Buona Pesca e Frescatto se mantiveram dentro dessa tolerância.
As diferenças entre o declarado na embalagem e o que realmente havia no pescado variaram entre 180% e 728%.
O excesso de sódio constatado em sete marcas é inadmissível, uma vez que a polaca do Alasca apresenta, naturalmente, teores muito baixos desse mineral. A marca Leardini, por exemplo, chega a conter pouco mais de 1g de sódio por 100g de peixe. Isso equivale à metade da quantidade de sódio recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 2g por dia.
Em todas as marcas, os teores de gorduras totais estampados pelos fabricantes são maiores do que os peixes realmente contêm. O mesmo ocorre com Buona Pesca, Megg′s e Frescatto, em relação aos ácidos graxos saturados. E quanto à proteína, somente Frescatto se saiu bem. Todas as outras marcas apresentam um teor inferior ao que informam.
Mas foram encontrados três bons produtos (Frescatto, Swift e Buona Pesca), e o Costa Sul foi considerado de qualidade média. Todos se saíram muito bem quanto à higiene e não contêm metais pesados.
Confira abaixo quais foram avaliados como "Escolha Certa" e "Melhor do Teste":
A PROTESTE avaliou nove marcas de filé congelado de polaca do Alasca, que pode ser um substituto do bacalhau em período de crise como agora, e não recomenda a compra de cinco deles: Bacalanor, Megg′s, Leardini, Qualitá e News Fish. A quantidade de água adicionada pode afetar o bolso do consumidor. E se constatou excesso de sódio em sete marcas.
Na marca New Fish, foram encontrados cerca de 30% de água adicionada, sendo que o tolerado é até 20%. Já Buona Pesca, Bacalanor e Leardini chegaram perto desse limite (entre 16% e 17%).
O problema é o glaciamento, processo utilizado pelas empresas no qual se adiciona uma camada de gelo ao pescado congelado, para protegê-lo contra a desidratação e a oxidação. O peso desse gelo deve ser descontado do peso do produto, de forma que o valor líquido declarado ao consumidor seja o real do pescado. Mas não foi isso o que se constatou nessas marcas.
Para garantir a melhor qualidade do peixe congelado vendido ao consumidor, a PROTESTE entregou os resultados da avaliação ao Ministério da Agricultura, cobrando mais fiscalização do setor para evitar a fraude econômica constatada com o excesso de água nos produtos.
"Estamos lutando por mudanças na legislação para que o teor de água permitido para o produto congelado seja de 10%, já que não faz sentido o consumidor comprar peixe e levar água", destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE. São mudanças indispensáveis para que o consumidor tenha, à mesa, alimento mais saudável e receba exatamente o produto adquirido, sem maquiagens no peso e prejuízo no bolso.
Os resultados também foram enviados para a associação do setor, Abipesca, sugerindo ações de melhoria para garantir ao consumidor produtos adequados e que cumpram as normas expedidas pelos órgãos oficiais, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
Outro problema que pode prejudicar o bolso do consumidor foi descoberto na avaliação do tripolifosfato de sódio, substância usada por alguns fabricantes para manter a umidade do pescado congelado, por meio da lavagem ou imersão do alimento. Quando essa imersão é demorada demais, o produto fica com excesso de absorção de água, trazendo dois resultados negativos: a qualidade da carne, que fica comprometida, e o produto se torna mais pesado.
No Brasil, só é permitido que o tripolifosfato seja acrescido à água do glaciamento. Qualquer traço dele no pescado congelado vendido em nosso país é ilegal. A substância, contudo, foi encontrada nas marcas Qualitá, Megg′s, Bacalanor e Leardini – esta última, com a maior concentração. Na hora da compra, portanto, não as coloque no carrinho.
Também foram detectadas divergências na rotulagem: o valor de sódio declarado na embalagem não conferiu com o encontrado em análises no laboratório – a diferença entre eles não poderia ultrapassar 20%. Apenas Buona Pesca e Frescatto se mantiveram dentro dessa tolerância.
As diferenças entre o declarado na embalagem e o que realmente havia no pescado variaram entre 180% e 728%.
O excesso de sódio constatado em sete marcas é inadmissível, uma vez que a polaca do Alasca apresenta, naturalmente, teores muito baixos desse mineral. A marca Leardini, por exemplo, chega a conter pouco mais de 1g de sódio por 100g de peixe. Isso equivale à metade da quantidade de sódio recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 2g por dia.
Em todas as marcas, os teores de gorduras totais estampados pelos fabricantes são maiores do que os peixes realmente contêm. O mesmo ocorre com Buona Pesca, Megg′s e Frescatto, em relação aos ácidos graxos saturados. E quanto à proteína, somente Frescatto se saiu bem. Todas as outras marcas apresentam um teor inferior ao que informam.
Mas foram encontrados três bons produtos (Frescatto, Swift e Buona Pesca), e o Costa Sul foi considerado de qualidade média. Todos se saíram muito bem quanto à higiene e não contêm metais pesados.
Confira abaixo quais foram avaliados como "Escolha Certa" e "Melhor do Teste":
Fonte: Proteste - proteste.org.br - 29/02/2016
1941
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 26/11/2024 IPCA-15 sobe 0,62% em novembro, aponta IBGE
- Carrefour: entenda o caso e o que está em jogo
- Como evitar as compras por impulso e os gastos exagerados no Natal e fim de ano? Veja dicas
- Black Friday: Procon-SP já registrou mais de mil reclamações
- Economia do pente fino nos benefícios do INSS neste ano caiu para R$ 5,5 bi, diz Clayto Montes
- Novos processos seletivos do SEST SENAT oferecem vagas em diversas cidades
- Uber é condenado a indenizar passageira por acidente causado durante a viagem
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)