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Empréstimos têm pior janeiro desde 2007 por retração econômica no Brasil
Publicado em 26/02/2016 , por EDUARDO CUCOLO
O aumento dos juros e da inadimplência e a retração econômica contribuíram para que o mercado de crédito iniciasse o ano em queda. O estoque de empréstimos caiu 0,6% em janeiro em relação a dezembro, segundo levantamento do Banco Central.
No acumulado em 12 meses, o ritmo de crescimento caiu de 6,7% para 6,2% nestes dois meses. O dado mostra que esse mercado já começou o ano bem abaixo da projeção do BC para 2016, que é uma expansão de 7%. Descontada a inflação, o crédito encolheu cerca de 4% em relação a janeiro do ano passado. Foi o quinto mês seguido de queda real no estoque.
Os dados do BC mostram que o crédito em janeiro costuma ficar praticamente estável em relação a dezembro (alta de 0,2% na média histórica). Neste ano, no entanto, o resultado foi o pior verificado pela instituição na série iniciada em 2007.
"Adiciona-se a isso [fraca demanda em janeiro] a retração da atividade econômica que vem sendo observada desde o ano passado, além de outros fatores que já estavam presentes, como o maior custo do crédito", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
Os dados mostram ainda queda nas concessões de 19% no segmento de veículos e de 26% tanto nos financiamentos imobiliários como no crédito para investimento do BNDES em 12 meses.
"Em ambiente de redução da atividade e elevação do custo do crédito, você certamente reduz estímulos tanto do lado da demanda quanto da oferta. É o que nossas sondagens de condições de crédito têm mostrado."
No início do mês passado, o governo anunciou um pacote de estímulos ao crédito. O mercado, no entanto, avaliou na época que elas devem ter pouco impacto diante do ambiente recessivo.
Maciel afirmou que a tendência é de aumento das taxas de juros e da inadimplência, de forma moderada, nos próximos meses.
A inadimplência para pessoas físicas subiu pelo quarto mês seguido, para 5,4%, no crédito sem subsídios. Um ano antes, estava em 4,4% Para as empresas, passou de 2% para 2,7% no período, segundo o BC, por causa dos atrasos no segmento de micro, pequenas e médias.
RENEGOCIAÇÃO
Maciel, do Banco Central, disse que o aumento moderado da inadimplência tem como aspecto positivo permitir que devedores e bancos renegociem esses empréstimos, além de dar tempo para que as instituições financeiras possam elevar suas reservas contra perdas.
A renegociação de dívidas cresceu 28% em relação a janeiro de 2015.
Rafael Pereira, diretor da empresa de empréstimos on-line Enova no Brasil, diz que aumentou a parcela de clientes que procuram crédito para pagar outras dívidas.
Para ele, há demanda por recursos, mas um aumento no perfil de risco dos tomadores. "A gente tem sido mais restritivo, o que é um movimento geral do mercado. Você não pode injetar mais recursos se a pessoa não vai ter capacidade de gerar renda e pagar isso."
No acumulado em 12 meses, o ritmo de crescimento caiu de 6,7% para 6,2% nestes dois meses. O dado mostra que esse mercado já começou o ano bem abaixo da projeção do BC para 2016, que é uma expansão de 7%. Descontada a inflação, o crédito encolheu cerca de 4% em relação a janeiro do ano passado. Foi o quinto mês seguido de queda real no estoque.
Os dados do BC mostram que o crédito em janeiro costuma ficar praticamente estável em relação a dezembro (alta de 0,2% na média histórica). Neste ano, no entanto, o resultado foi o pior verificado pela instituição na série iniciada em 2007.
"Adiciona-se a isso [fraca demanda em janeiro] a retração da atividade econômica que vem sendo observada desde o ano passado, além de outros fatores que já estavam presentes, como o maior custo do crédito", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.
Os dados mostram ainda queda nas concessões de 19% no segmento de veículos e de 26% tanto nos financiamentos imobiliários como no crédito para investimento do BNDES em 12 meses.
"Em ambiente de redução da atividade e elevação do custo do crédito, você certamente reduz estímulos tanto do lado da demanda quanto da oferta. É o que nossas sondagens de condições de crédito têm mostrado."
No início do mês passado, o governo anunciou um pacote de estímulos ao crédito. O mercado, no entanto, avaliou na época que elas devem ter pouco impacto diante do ambiente recessivo.
Maciel afirmou que a tendência é de aumento das taxas de juros e da inadimplência, de forma moderada, nos próximos meses.
A inadimplência para pessoas físicas subiu pelo quarto mês seguido, para 5,4%, no crédito sem subsídios. Um ano antes, estava em 4,4% Para as empresas, passou de 2% para 2,7% no período, segundo o BC, por causa dos atrasos no segmento de micro, pequenas e médias.
RENEGOCIAÇÃO
Maciel, do Banco Central, disse que o aumento moderado da inadimplência tem como aspecto positivo permitir que devedores e bancos renegociem esses empréstimos, além de dar tempo para que as instituições financeiras possam elevar suas reservas contra perdas.
A renegociação de dívidas cresceu 28% em relação a janeiro de 2015.
Rafael Pereira, diretor da empresa de empréstimos on-line Enova no Brasil, diz que aumentou a parcela de clientes que procuram crédito para pagar outras dívidas.
Para ele, há demanda por recursos, mas um aumento no perfil de risco dos tomadores. "A gente tem sido mais restritivo, o que é um movimento geral do mercado. Você não pode injetar mais recursos se a pessoa não vai ter capacidade de gerar renda e pagar isso."
Fonte: Folha Online - 25/02/2016
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