<
Voltar para notícias
1597
pessoas já leram essa notícia
Banco Central dá recado que não vai cortar a taxa de juros
Publicado em 19/02/2016 , por BIANCA RIBEIRO
Diretor do BC diz que não há espaço para reduzir os juros porque a expectativa para a inflação está alta
O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, foi claro em seu encontro com investidores nesta quinta-feira, 18, ao afirmar que questões externas e do Brasil não deixam espaço para a flexibilização da política monetária (de juros). A afirmação no penúltimo parágrafo do discurso feito em seminário promovido pelo Goldman Sachs, em São Paulo, faz parte de um conjunto de sinais que o BC procurou transmitir ao mercado esta semana.
A afirmativa indica que o BC não deve reduzir a taxa de juros básica da economia (Selic), pelo menos no curto prazo. Com o cenário externo conturbado como pano de fundo, Aldo justificou a postura do BC destacando a queda na atividade econômica, a inércia inflacionária e as expectativas de alta na inflação.
Após as palavras de Mendes, a resposta nas mesas de operações foi imediata: as taxas de juros negociadas no mercado futuro se ajustaram para cima e atingiram máximas, com investidores desfazendo apostas na hipótese de queda de juros no curto prazo.
BC e os economistas. Em outros encontros, o BC debateu amplamente as expectativas de alta de inflação pelo mercado. O diretor de política econômica do BC, Altamir Lopes, se reuniu com economistas em São Paulo e no Rio, como parte dos encontros trimestrais para ouvir o mercado.
Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, os analistas preferiram deixar de lado críticas mais diretas sobre a comunicação do BC e preferiram citar a desancoragem das expectativas como um dos grandes problemas para fazer a inflação convergir para a meta.
No encontro com Altamir, os analistas chegaram a sugerir que o modelo econométrico do Banco Central estaria defasado e não seria capaz de captar a piora do quadro.
Diagnóstico e estratégia. O diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Tony Volpon, que foi voto dissidente nos dois últimos encontros do Copom por preferir um aumento da taxa de juros em 0,50 ponto porcentual, também se encontrou com representantes de mercado em São Paulo nesta semana.
Ele reforçou sua posição conservadora de controle de inflação e sugeriu que a divergência no BC não seria em relação ao diagnóstico do quadro inflacionário, mas sobre a estratégia para desarmar as expectativas.
Com os analistas mostrando resignação em relação às condições da economia e à dificuldade do governo, e mesmo do Banco Central, de começar a reverter esse cenário, a autoridade monetária tenta mudar as expectativas e aparar um pouco as arestas antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que começa em 12 dias.
O diretor de política monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, foi claro em seu encontro com investidores nesta quinta-feira, 18, ao afirmar que questões externas e do Brasil não deixam espaço para a flexibilização da política monetária (de juros). A afirmação no penúltimo parágrafo do discurso feito em seminário promovido pelo Goldman Sachs, em São Paulo, faz parte de um conjunto de sinais que o BC procurou transmitir ao mercado esta semana.
A afirmativa indica que o BC não deve reduzir a taxa de juros básica da economia (Selic), pelo menos no curto prazo. Com o cenário externo conturbado como pano de fundo, Aldo justificou a postura do BC destacando a queda na atividade econômica, a inércia inflacionária e as expectativas de alta na inflação.
Após as palavras de Mendes, a resposta nas mesas de operações foi imediata: as taxas de juros negociadas no mercado futuro se ajustaram para cima e atingiram máximas, com investidores desfazendo apostas na hipótese de queda de juros no curto prazo.
BC e os economistas. Em outros encontros, o BC debateu amplamente as expectativas de alta de inflação pelo mercado. O diretor de política econômica do BC, Altamir Lopes, se reuniu com economistas em São Paulo e no Rio, como parte dos encontros trimestrais para ouvir o mercado.
Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, os analistas preferiram deixar de lado críticas mais diretas sobre a comunicação do BC e preferiram citar a desancoragem das expectativas como um dos grandes problemas para fazer a inflação convergir para a meta.
No encontro com Altamir, os analistas chegaram a sugerir que o modelo econométrico do Banco Central estaria defasado e não seria capaz de captar a piora do quadro.
Diagnóstico e estratégia. O diretor de assuntos internacionais do Banco Central, Tony Volpon, que foi voto dissidente nos dois últimos encontros do Copom por preferir um aumento da taxa de juros em 0,50 ponto porcentual, também se encontrou com representantes de mercado em São Paulo nesta semana.
Ele reforçou sua posição conservadora de controle de inflação e sugeriu que a divergência no BC não seria em relação ao diagnóstico do quadro inflacionário, mas sobre a estratégia para desarmar as expectativas.
Com os analistas mostrando resignação em relação às condições da economia e à dificuldade do governo, e mesmo do Banco Central, de começar a reverter esse cenário, a autoridade monetária tenta mudar as expectativas e aparar um pouco as arestas antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que começa em 12 dias.
Fonte: Estadão - 18/02/2016
1597
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 25/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Etanol se mostra como opção mais vantajosa que gasolina em 11 Estados e no DF
- Prevent Sênior, Amil e mais 12 planos são processados por práticas abusivas; veja lista
- Trabalhadores recebem primeira parcela do décimo terceiro nesta semana
- Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda
- Após Carrefour, Intermarché suspende venda de carne sul-americana na França
- Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
- Juíza absolve acusados pela “lava jato” de abrir contas para lavagem de dinheiro
- Quais medidas devem ser incluídas no pacote de corte de gastos? Ex-diretor do BC analisa
- Terceira Turma reforma decisão que condenou plano de saúde a pagar exame realizado no exterior
- Plano de saúde é condenado por cancelamento de contrato de adolescente com TEA
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)