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Agência rebaixa Brasil de novo, cinco meses após tirar selo de bom pagador
Publicado em 18/02/2016
A agência de classificação de risco Standard&Poor′s rebaixou a nota brasileira de BB+ para BB nesta quarta-feira (17) ao avaliar que o processo de ajuste da economia será mais prolongado do que o esperado. A perspectiva é negativa.
A S&P havia retirado o selo de bom pagador do país em setembro do ano passado. A agência Fitch também retirou o grau de investimento do Brasil, em dezembro. Apenas a Moody′s ainda mantém o selo de bom pagador do país, ainda que a nota esteja em revisão para rebaixamento.
Em comunicado, a agência afirma esperar que entre 2016 e 2018 o deficit público será, em média, de 7% do PIB. A dívida pública ficará em torno de 60% do PIB.
Segundo a S&P, o rebaixamento reflete uma piora no perfil de crédito brasileiro desde setembro. "Agora nós esperamos um processo de ajuste mais prolongado, com uma correção mais lenta na política fiscal e mais uma ano de contração da economia", disse a empresa.
A agência considera que o risco de a correção da política fiscal não avançar ainda é alto, considerando a inabilidade do governo em passar medidas orçamentárias no Congresso no final de 2015.
Agora, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff dificulta ainda mais a capacidade de ação do governo. Há ainda a dificuldade de aprovação de reformas, como a previdenciária. Para a S&P, o ambiente político será difícil mesmo após o fim do processo de impeachment, independentemente de quem estiver no comando do país.
A meta fiscal de 2016, de superavit de 0,5% do PIB, em nova revisão também é um problema para a S&P, assim como a a percepção de menor compromisso do governo com a política fiscal. Em 2016 e 2017, a agência espera deficit fiscal médio de 8%, com redução para 5% em 2018.
"Nós continuamos a acreditar que a fraqueza da economia brasileira aumenta o risco de execução da política fiscal, com a contração do PIB real profunda e prolongada", diz o documento sobre o rebaixamento.
Com projeção de queda do PIB per capita para cerca de US$ 7.300 em 2016, a S&P considera que a previsão de crescimento do Brasil está abaixo da de outros países no mesmo estágio de desenvolvimento.
A S&P estima que a economia brasileira recuou 3,6% no ano passado. Neste ano, a queda deve ser de mais 3%. O PIB voltará ao campo positivo em 2017 para a agência.
Com novo rebaixamento, o Brasil agora tem a mesma nota de crédito para a S&P de países como Paraguai, Costa Rica, Guatemala e Bolívia.
A S&P foi a primeira agência de classificação de risco a elevar o Brasil ao chamado grau de investimento, em abril de 2008, no segundo mandato do presidente Lula. Depois, Fitch (maio de 2008) e Moody´s (setembro de 2009) também deram a mesma chancela ao Brasil.
O selo de bom pagador, que é um reconhecimento de que o país é um lugar seguro para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida de governos.
A S&P havia retirado o selo de bom pagador do país em setembro do ano passado. A agência Fitch também retirou o grau de investimento do Brasil, em dezembro. Apenas a Moody′s ainda mantém o selo de bom pagador do país, ainda que a nota esteja em revisão para rebaixamento.
Em comunicado, a agência afirma esperar que entre 2016 e 2018 o deficit público será, em média, de 7% do PIB. A dívida pública ficará em torno de 60% do PIB.
Segundo a S&P, o rebaixamento reflete uma piora no perfil de crédito brasileiro desde setembro. "Agora nós esperamos um processo de ajuste mais prolongado, com uma correção mais lenta na política fiscal e mais uma ano de contração da economia", disse a empresa.
A agência considera que o risco de a correção da política fiscal não avançar ainda é alto, considerando a inabilidade do governo em passar medidas orçamentárias no Congresso no final de 2015.
Agora, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff dificulta ainda mais a capacidade de ação do governo. Há ainda a dificuldade de aprovação de reformas, como a previdenciária. Para a S&P, o ambiente político será difícil mesmo após o fim do processo de impeachment, independentemente de quem estiver no comando do país.
A meta fiscal de 2016, de superavit de 0,5% do PIB, em nova revisão também é um problema para a S&P, assim como a a percepção de menor compromisso do governo com a política fiscal. Em 2016 e 2017, a agência espera deficit fiscal médio de 8%, com redução para 5% em 2018.
"Nós continuamos a acreditar que a fraqueza da economia brasileira aumenta o risco de execução da política fiscal, com a contração do PIB real profunda e prolongada", diz o documento sobre o rebaixamento.
Com projeção de queda do PIB per capita para cerca de US$ 7.300 em 2016, a S&P considera que a previsão de crescimento do Brasil está abaixo da de outros países no mesmo estágio de desenvolvimento.
A S&P estima que a economia brasileira recuou 3,6% no ano passado. Neste ano, a queda deve ser de mais 3%. O PIB voltará ao campo positivo em 2017 para a agência.
Com novo rebaixamento, o Brasil agora tem a mesma nota de crédito para a S&P de países como Paraguai, Costa Rica, Guatemala e Bolívia.
A S&P foi a primeira agência de classificação de risco a elevar o Brasil ao chamado grau de investimento, em abril de 2008, no segundo mandato do presidente Lula. Depois, Fitch (maio de 2008) e Moody´s (setembro de 2009) também deram a mesma chancela ao Brasil.
O selo de bom pagador, que é um reconhecimento de que o país é um lugar seguro para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida de governos.
Fonte: Folha Online - 17/02/2016
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