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Inflação ′descontrolada′, confiança devastada
Publicado em 16/02/2016 , por Thais Herédia
Mesmo sob a promessa de uma recessão cada vez mais intensa e prolongada, a expectativa para inflação brasileira continua piorando. Os dados são coletados e divulgados pelo Banco Central através do Relatório Focus. O documento desta semana traz piora em todos os quatro índices de preços considerados pelo BC na pesquisa feita com 100 instituições financeiras que atuam no Brasil.
As previsões para 2016 para IPCA, calculado pelo IBGE; IGP-DI e IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas; e o IPC da Fipe estão há sete semanas sendo reajustadas para cima. O indicador oficial esperado para dezembro, o IPCA, já bateu em 7,61%, estourando a meta de inflação mais uma vez. Para 2017, a deterioração das expectativas está mais lenta mas igualmente perversa. Os analistas esperam que o índice fique em 6% no ano que vem – revelando que a evolução dos preços não será contida tão cedo.
Rapidamente, as diferenças entre os indicadores de inflação considerados no relatório Focus são de períodos, fontes de coleta e faixas salariais dos consumidores. Por exemplo, o IPCA mede o custo de vida das famílias com renda de até 40 salários mínimos, os IGPs da FGV, acompanham os preços do processo produtivo variando os períodos de pesquisa, e o IPC da Fipe está restrito à cidade de São Paulo, na faixa de famílias com renda de até 10 salários. Os quatro juntos, então, são uma boa fotografia do que acontece na formação de preços do país. (veja a especial de inflação do G1)
A fotografia atual mostra que o processo inflacionário brasileiro não está mais restrito ao ajuste dos preços administrados (energia, transportes, combustíveis) que aconteceu em 2015. A contaminação já escapou das mãos da política econômica do governo Dilma e da gestão do Banco Central. Para os analistas da XP Investimentos a inflação está “descontrolada no longo prazo”, segundo relatório enviado a clientes com análise do Focus. Um enunciado forte sobre uma realidade incerta.
O contágio não está sendo alimentado por uma alta imprevista de algum item da cesta básica brasileira, ou de uma matéria prima essencial ao país como a gasolina ou o trigo. Ele se dá absolutamente por medo. Com medo, o comportamento dos agentes econômicos vai ficando cada vez mais defensivo, descolando o valor das mercadorias e serviços ao seu custo de produção.
Para quebrar este ciclo destruidor de valores só há uma produtora de resultados: a confiança. Este sentimento também já extrapolou a figura de um presidente, um político, um ministro ou gestor de banco central. A recuperação da confiança precisa começar pela auto estima das pessoas que acreditam em sua competência e disposição para melhorar de vida. Num cenário de desemprego, perda massiva de poder de compra e desesperança com as lideranças, o desalento dos cidadãos corrói a auto confiança, adia planos e prolonga a crise – infelizmente.
Agenda da semana
Serão divulgados dados sobre desemprego, serviços e varejo que fecham o ano de 2015. O Banco Central também divulgará o seu índice de atividade, também conhecido como prévia do PIB, o IBC-Br de dezembro e do ano passado fechado. Os resultados vão dar mais clareza sobre a intensidade da recessão e seus estragos na economia brasileira.
As previsões para 2016 para IPCA, calculado pelo IBGE; IGP-DI e IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas; e o IPC da Fipe estão há sete semanas sendo reajustadas para cima. O indicador oficial esperado para dezembro, o IPCA, já bateu em 7,61%, estourando a meta de inflação mais uma vez. Para 2017, a deterioração das expectativas está mais lenta mas igualmente perversa. Os analistas esperam que o índice fique em 6% no ano que vem – revelando que a evolução dos preços não será contida tão cedo.
Rapidamente, as diferenças entre os indicadores de inflação considerados no relatório Focus são de períodos, fontes de coleta e faixas salariais dos consumidores. Por exemplo, o IPCA mede o custo de vida das famílias com renda de até 40 salários mínimos, os IGPs da FGV, acompanham os preços do processo produtivo variando os períodos de pesquisa, e o IPC da Fipe está restrito à cidade de São Paulo, na faixa de famílias com renda de até 10 salários. Os quatro juntos, então, são uma boa fotografia do que acontece na formação de preços do país. (veja a especial de inflação do G1)
A fotografia atual mostra que o processo inflacionário brasileiro não está mais restrito ao ajuste dos preços administrados (energia, transportes, combustíveis) que aconteceu em 2015. A contaminação já escapou das mãos da política econômica do governo Dilma e da gestão do Banco Central. Para os analistas da XP Investimentos a inflação está “descontrolada no longo prazo”, segundo relatório enviado a clientes com análise do Focus. Um enunciado forte sobre uma realidade incerta.
O contágio não está sendo alimentado por uma alta imprevista de algum item da cesta básica brasileira, ou de uma matéria prima essencial ao país como a gasolina ou o trigo. Ele se dá absolutamente por medo. Com medo, o comportamento dos agentes econômicos vai ficando cada vez mais defensivo, descolando o valor das mercadorias e serviços ao seu custo de produção.
Para quebrar este ciclo destruidor de valores só há uma produtora de resultados: a confiança. Este sentimento também já extrapolou a figura de um presidente, um político, um ministro ou gestor de banco central. A recuperação da confiança precisa começar pela auto estima das pessoas que acreditam em sua competência e disposição para melhorar de vida. Num cenário de desemprego, perda massiva de poder de compra e desesperança com as lideranças, o desalento dos cidadãos corrói a auto confiança, adia planos e prolonga a crise – infelizmente.
Agenda da semana
Serão divulgados dados sobre desemprego, serviços e varejo que fecham o ano de 2015. O Banco Central também divulgará o seu índice de atividade, também conhecido como prévia do PIB, o IBC-Br de dezembro e do ano passado fechado. Os resultados vão dar mais clareza sobre a intensidade da recessão e seus estragos na economia brasileira.
Fonte: G1 - 15/02/2016
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