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Preços dos alimentos mais do que dobraram em dez anos
Publicado em 11/02/2016 , por BRUNO VILLAS BÔAS
Principal custo de vida das famílias brasileiras, alimentos e bebidas mais do que dobraram de preço nos últimos dez anos, período em que avançaram acima da média inflação geral do país.
O cálculo, feito pela consultoria Tendências com a base de dados do IBGE, mostra que a inflação do grupo alimentação e bebidas foi de 124,12% de fevereiro de 2006 a janeiro de 2016, o maior avanço entre os nove grupos acompanhados.
No mesmo período, o índice oficial de inflação teve um aumento de 78,42%.
Segundo Márcio Milan, economista da Tendências, os alimentos subiram de preço nesses dez anos por uma combinação de alta das commodities, eventos climáticos (muita chuva ou a falta dela) e maior demanda.
"Os brasileiros tiveram nesse período um ganho de renda que permitiu consumir mais produtos, principalmente industrializados. Foi um aumento da demanda que ajudou a pressionar os preços", disse Milan.
O aumento de custo dos alimentos foi acompanhado de perto pelo grupo chamado despesas pessoais (119,42%), que inclui serviços como empregado doméstico.
JANEIRO
O IBGE divulgou nesta sexta-feira (5) que os alimentos foram o maior vilão do IPCA de janeiro. O grupo teve uma alta de 2,28%, a maior para o mês de janeiro ao longo do Plano Real, lançado em 1994.
Os destaques foram alimentos como cenoura (32,64%), tomate (27,27%), cebola (22,05%), batata-inglesa (14,78%) e alho (10,81%).
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de preços do IBGE, o aumento seria típico do mês e foi intensificado por diferentes fatores, como clima, câmbio e mesmo aumento do diesel.
"O [fenômeno climático] El Niño também provoca aumento forte de temperatura e isso pode resultar em prejuízo para o agricultor", disse Eulina, ao apresentar o resultado do IPCA nesta sexta-feira.
O avanço do dólar contribui ao pressionar preços em reais de insumos, como fertilizantes. Ela disse que os preços de pedágio também ficaram mais caros e podem ter influenciado preços de transporte.
O cálculo, feito pela consultoria Tendências com a base de dados do IBGE, mostra que a inflação do grupo alimentação e bebidas foi de 124,12% de fevereiro de 2006 a janeiro de 2016, o maior avanço entre os nove grupos acompanhados.
No mesmo período, o índice oficial de inflação teve um aumento de 78,42%.
Segundo Márcio Milan, economista da Tendências, os alimentos subiram de preço nesses dez anos por uma combinação de alta das commodities, eventos climáticos (muita chuva ou a falta dela) e maior demanda.
"Os brasileiros tiveram nesse período um ganho de renda que permitiu consumir mais produtos, principalmente industrializados. Foi um aumento da demanda que ajudou a pressionar os preços", disse Milan.
O aumento de custo dos alimentos foi acompanhado de perto pelo grupo chamado despesas pessoais (119,42%), que inclui serviços como empregado doméstico.
JANEIRO
O IBGE divulgou nesta sexta-feira (5) que os alimentos foram o maior vilão do IPCA de janeiro. O grupo teve uma alta de 2,28%, a maior para o mês de janeiro ao longo do Plano Real, lançado em 1994.
Os destaques foram alimentos como cenoura (32,64%), tomate (27,27%), cebola (22,05%), batata-inglesa (14,78%) e alho (10,81%).
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de preços do IBGE, o aumento seria típico do mês e foi intensificado por diferentes fatores, como clima, câmbio e mesmo aumento do diesel.
"O [fenômeno climático] El Niño também provoca aumento forte de temperatura e isso pode resultar em prejuízo para o agricultor", disse Eulina, ao apresentar o resultado do IPCA nesta sexta-feira.
O avanço do dólar contribui ao pressionar preços em reais de insumos, como fertilizantes. Ela disse que os preços de pedágio também ficaram mais caros e podem ter influenciado preços de transporte.
Fonte: Folha Online - 05/02/2016
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