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Poupança tem perda de R$ 12 bi em janeiro, pior saída mensal desde 1995
Publicado em 05/02/2016
A caderneta de poupança teve saída líquida de R$ 12,032 bilhões em janeiro, pior dado mensal da série histórica do Banco Central, com a continuidade de um cenário de restrição orçamentária para os brasileiros, em meio à recessão, elevação do desemprego, inflação e condições mais caras de financiamento.
O resultado, divulgado nesta quinta-feira (4), foi fruto de um saldo negativo de R$ 9,522 bilhões no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e de uma saída líquida de R$ 2,510 bilhões na poupança rural.
Com isso, representou o desempenho mais fraco para todos os meses da séria do BC, iniciada em 1995, à frente da perda líquida de R$ 11,438 bilhões sofrida pela poupança em março do ano passado.
O saque de recursos tem consequências para o financiamento imobiliário, uma vez que as regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) determinam que parte dos depósitos da poupança sejam direcionados ao crédito habitacional.
No acumulado de 2015, a poupança viu os resgates excederem os aportes em uma cifra recorde de R$ 53,568 bilhões, refletindo a pressão para a retirada de recursos em meio à derrocada da economia, que deve persistir em 2016.
Em outra frente, a tradicional caderneta também perde atratividade como alternativa de investimento diante dos juros em níveis elevados, oferecendo rentabilidade inferior à de aplicações que têm retorno baseado na Selic.
A taxa básica de juros segue em 14,25% ao ano desde julho do ano passado, após o BC ter ajustado-a em 3,25 pontos percentuais numa tentativa de combater a alta inflação no país. A poupança, por outro lado, entrega uma remuneração de 6,17% ao ano mais um pequeno acréscimo da Taxa Referencial (TR).
_______________________________________________________________________________________
BALANÇO FECHADO POUPANÇA EM 2015
O QUE FOI
Rentabilidade abaixo da inflação e crise econômica fizeram saques superarem depósitos na caderneta
O QUE É
Aplicação encerrou 2015 com perda de recursos de R$ 53,6 bilhões, o primeiro resultado negativo desde 2005
O QUE SERÁ
> Aumento do desemprego, queda na renda e inflação ainda alta vão reduzir a disponibilidade de recursos para poupança
> Aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto, devem continuar mais atraentes
> Rombo reduz recursos para financiamento imobiliário, mas crise reduz essa pressão
O resultado, divulgado nesta quinta-feira (4), foi fruto de um saldo negativo de R$ 9,522 bilhões no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e de uma saída líquida de R$ 2,510 bilhões na poupança rural.
Com isso, representou o desempenho mais fraco para todos os meses da séria do BC, iniciada em 1995, à frente da perda líquida de R$ 11,438 bilhões sofrida pela poupança em março do ano passado.
O saque de recursos tem consequências para o financiamento imobiliário, uma vez que as regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) determinam que parte dos depósitos da poupança sejam direcionados ao crédito habitacional.
No acumulado de 2015, a poupança viu os resgates excederem os aportes em uma cifra recorde de R$ 53,568 bilhões, refletindo a pressão para a retirada de recursos em meio à derrocada da economia, que deve persistir em 2016.
Em outra frente, a tradicional caderneta também perde atratividade como alternativa de investimento diante dos juros em níveis elevados, oferecendo rentabilidade inferior à de aplicações que têm retorno baseado na Selic.
A taxa básica de juros segue em 14,25% ao ano desde julho do ano passado, após o BC ter ajustado-a em 3,25 pontos percentuais numa tentativa de combater a alta inflação no país. A poupança, por outro lado, entrega uma remuneração de 6,17% ao ano mais um pequeno acréscimo da Taxa Referencial (TR).
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BALANÇO FECHADO POUPANÇA EM 2015
O QUE FOI
Rentabilidade abaixo da inflação e crise econômica fizeram saques superarem depósitos na caderneta
O QUE É
Aplicação encerrou 2015 com perda de recursos de R$ 53,6 bilhões, o primeiro resultado negativo desde 2005
O QUE SERÁ
> Aumento do desemprego, queda na renda e inflação ainda alta vão reduzir a disponibilidade de recursos para poupança
> Aplicações de renda fixa, como títulos do Tesouro Direto, devem continuar mais atraentes
> Rombo reduz recursos para financiamento imobiliário, mas crise reduz essa pressão
Fonte: Folha Online - 04/02/2016
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