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Lucro do Bradesco avança 13,9% em 2015 e atinge R$ 17,2 bilhões
Publicado em 29/01/2016 , por GIULIANA VALLONE
O Bradesco, segundo maior banco privado do país, superou previsões de lucro, apoiado em maiores receitas com juros, seguros e tarifas, além de rígido controle das despesas, compensando com sobras o aumento da inadimplência e das provisões para calotes.
O banco teve lucro líquido contábil —que exclui efeitos extraordinários de créditos e provisões técnicas, entre outros itens— de R$ 17,190 bilhões em 2015, aumento nominal (sem descontar a inflação) de 13,9% em relação ao ano anterior, quando lucrou R$ 15,089 bilhões.
"Esse é o balanço de atividades em um dos períodos mais complexos e desafiadores da história política e econômica do Brasil", afirmou o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, em teleconferência com jornalistas para comentar os resultados.
"Foi necessário um esforço redobrado para responder de forma rápida e eficiente às transformações da economia ao longo de 2015."
No quarto trimestre do ano passado, o lucro do banco somou R$ 4,353 bilhões, alta de 5,65% em relação aos três meses anteriores e de 9% ante um ano antes.
A carteira de crédito do Bradesco encerrou 2015 em R$ 474,027 bilhões, alta de 4,15% na comparação com 2014, mas praticamente estável em relação aos três meses encerrados em setembro.
A carteira foi puxada por grandes empresas (9,5%) e, na pessoa física (alta de 4,5% no ano), pelos segmentos imobiliário (27,1%) e consignado (16,7%).
Em comunicado separado, o banco previu alta de 1% a 5% de seu estoque de financiamentos em 2016. Se confirmado, o número marcará o segundo ano seguido de expansão abaixo da inflação. Em 2015, o IPCA subiu 10,67%. Para este ano, a previsão do mercado é de alta de 7,23% do índice.
"Depois de anos ininterruptos de crescimento, o crédito no país superou 50% do PIB. É obvio que agora, em um ciclo econômico adverso, a curva dá sinais de acomodação", afirmou Trabuco.
"A desaceleração esfriou a demanda de famílias e empresas. Não é um bom sinal, mas é um alento, porque significa que estão agindo com responsabilidade em um cenário indefinido de retomada do crescimento", disse o executivo.
CALOTE
O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 4,06%, acima dos 3,8% do trimestre anterior e dos 3,5% do último quarto de 2014.
De acordo com o diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, a inadimplência deve continuar subindo em 2016, embora em ritmo menos acelerado do que o registrado no último trimestre do ano passado.
"Para 2016, a expectativa é de contração da economia, então a inadimplência cresce. Só vamos ver estabilização [do índice] no início de 2017, com cenário econômico melhor", afirmou.
Entre outubro e dezembro, as despesas da companhia com provisões para perdas com calotes somaram R$ 4,192 bilhões, aumento de 8,8% na comparação sequencial e de 26,8% sobre um ano antes.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido, que mede como o banco remunera o capital dos acionistas, foi de 20,5% no período, queda de 0,7 ponto percentual sobre o terceiro trimestre, mas aumento de 0,4 ponto sobre um ano antes.
O banco também registrou alta de 13,7% no lucro das operações de seguros e teve uma receita com serviços e tarifas 13% maior, ambos na comparação anual. Por fim, conseguiu restringir o aumento das despesas administrativas a 7,4% em relação ao último quarto de 2014.
Em contrapartida, como o próprio banco havia previsto, os efeitos da recessão no país fizeram seu índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, subir a 4,1%, acima dos 3,8% do trimestre anterior e dos 3,5% do último quarto de 2014.
O banco teve lucro líquido contábil —que exclui efeitos extraordinários de créditos e provisões técnicas, entre outros itens— de R$ 17,190 bilhões em 2015, aumento nominal (sem descontar a inflação) de 13,9% em relação ao ano anterior, quando lucrou R$ 15,089 bilhões.
"Esse é o balanço de atividades em um dos períodos mais complexos e desafiadores da história política e econômica do Brasil", afirmou o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, em teleconferência com jornalistas para comentar os resultados.
"Foi necessário um esforço redobrado para responder de forma rápida e eficiente às transformações da economia ao longo de 2015."
No quarto trimestre do ano passado, o lucro do banco somou R$ 4,353 bilhões, alta de 5,65% em relação aos três meses anteriores e de 9% ante um ano antes.
A carteira de crédito do Bradesco encerrou 2015 em R$ 474,027 bilhões, alta de 4,15% na comparação com 2014, mas praticamente estável em relação aos três meses encerrados em setembro.
A carteira foi puxada por grandes empresas (9,5%) e, na pessoa física (alta de 4,5% no ano), pelos segmentos imobiliário (27,1%) e consignado (16,7%).
Em comunicado separado, o banco previu alta de 1% a 5% de seu estoque de financiamentos em 2016. Se confirmado, o número marcará o segundo ano seguido de expansão abaixo da inflação. Em 2015, o IPCA subiu 10,67%. Para este ano, a previsão do mercado é de alta de 7,23% do índice.
"Depois de anos ininterruptos de crescimento, o crédito no país superou 50% do PIB. É obvio que agora, em um ciclo econômico adverso, a curva dá sinais de acomodação", afirmou Trabuco.
"A desaceleração esfriou a demanda de famílias e empresas. Não é um bom sinal, mas é um alento, porque significa que estão agindo com responsabilidade em um cenário indefinido de retomada do crescimento", disse o executivo.
CALOTE
O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, foi de 4,06%, acima dos 3,8% do trimestre anterior e dos 3,5% do último quarto de 2014.
De acordo com o diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, a inadimplência deve continuar subindo em 2016, embora em ritmo menos acelerado do que o registrado no último trimestre do ano passado.
"Para 2016, a expectativa é de contração da economia, então a inadimplência cresce. Só vamos ver estabilização [do índice] no início de 2017, com cenário econômico melhor", afirmou.
Entre outubro e dezembro, as despesas da companhia com provisões para perdas com calotes somaram R$ 4,192 bilhões, aumento de 8,8% na comparação sequencial e de 26,8% sobre um ano antes.
O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido, que mede como o banco remunera o capital dos acionistas, foi de 20,5% no período, queda de 0,7 ponto percentual sobre o terceiro trimestre, mas aumento de 0,4 ponto sobre um ano antes.
O banco também registrou alta de 13,7% no lucro das operações de seguros e teve uma receita com serviços e tarifas 13% maior, ambos na comparação anual. Por fim, conseguiu restringir o aumento das despesas administrativas a 7,4% em relação ao último quarto de 2014.
Em contrapartida, como o próprio banco havia previsto, os efeitos da recessão no país fizeram seu índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, subir a 4,1%, acima dos 3,8% do trimestre anterior e dos 3,5% do último quarto de 2014.
Fonte: Folha Online - 28/01/2016
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