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Mercado prevê juros maiores para a compra da casa própria
Publicado em 28/01/2016 , por TATIANA FREITAS
Os saques da poupança, fonte de recursos para o financiamento imobiliário, e a alta no mercado de juros futuros devem elevar as taxas cobradas nos empréstimos para a aquisição de imóveis.
A avaliação é de Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip (Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). "A curva de juros está pressionada e isso pode configurar alta nas taxas do crédito imobiliário ao longo do ano", disse Abreu, que também é diretor da área no banco Santander.
Segundo ele, o alto grau de incertezas econômicas e políticas podem estar adiando as mudanças. "Mas acho muito difícil que as taxas caiam ao consumidor em 2016."
Além da instabilidade macroeconômica, que resulta em previsão de taxas de juros mais altas no futuro, os constantes regastes da poupança, que somaram R$ 50 bilhões em 2015, complicam a situação do crédito imobiliário.
Pela primeira vez, o saldo de recursos na poupança, de R$ 509 bilhões em 2015, atingiu 65% do crédito que utiliza a caderneta como funding. Esse percentual é o máximo que os bancos podem destinar ao crédito imobiliário.
Diante da expectativa de que os resgates da poupança continuem, ainda que em menor ritmo, o setor deverá buscar outras fontes de financiamento, como o mercado de capitais. O problema é que as taxas desse tipo de operação são mais caras.
NOVA QUEDA
A Abecip estima uma queda de 20,6% na concessão de crédito para compra e construção de imóveis neste ano, para R$ 60 bilhões, após forte retração de 33% em 2015.
Além das dificuldades para ofertar crédito, a demanda vai continuar retraída, influenciada pela alta inflação, desemprego, queda na renda e baixo nível de confiança.
Quanto às exigências para a liberação do crédito, a Abecip não acredita que os bancos vão ficar ainda mais exigentes para liberar o crédito. Para a associação, o ajuste mais significativo já ocorreu.
No ano passado, o número total de imóveis financiados caiu 6%, para 945 mil unidades. Mas o resultado é altamente influenciado pelo desempenho da habitação popular. Impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, o número de imóveis financiados com recursos do FGTS subiu 30%. Já os imóveis financiados com recursos da poupança caíram 37%.
Nessa modalidade, o empréstimo para a compra de usados sofreu mais que os destinados aos novos. Enquanto o crédito para a compra de usados caiu pela metade, o financiamento de imóveis novos recuou 10%.
"No caso dos imóveis novos, a decisão de compra é antiga. Para comprar um usado, o consumidor está postergando a decisão", diz Abreu.
A crise também elevou a taxa de inadimplência no setor. Os contratos com mais de três prestações em atraso atingiram 1,9% do total em 2015, ante 1,4% no ano anterior.
A avaliação é de Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip (Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). "A curva de juros está pressionada e isso pode configurar alta nas taxas do crédito imobiliário ao longo do ano", disse Abreu, que também é diretor da área no banco Santander.
Segundo ele, o alto grau de incertezas econômicas e políticas podem estar adiando as mudanças. "Mas acho muito difícil que as taxas caiam ao consumidor em 2016."
Além da instabilidade macroeconômica, que resulta em previsão de taxas de juros mais altas no futuro, os constantes regastes da poupança, que somaram R$ 50 bilhões em 2015, complicam a situação do crédito imobiliário.
Pela primeira vez, o saldo de recursos na poupança, de R$ 509 bilhões em 2015, atingiu 65% do crédito que utiliza a caderneta como funding. Esse percentual é o máximo que os bancos podem destinar ao crédito imobiliário.
Diante da expectativa de que os resgates da poupança continuem, ainda que em menor ritmo, o setor deverá buscar outras fontes de financiamento, como o mercado de capitais. O problema é que as taxas desse tipo de operação são mais caras.
NOVA QUEDA
A Abecip estima uma queda de 20,6% na concessão de crédito para compra e construção de imóveis neste ano, para R$ 60 bilhões, após forte retração de 33% em 2015.
Além das dificuldades para ofertar crédito, a demanda vai continuar retraída, influenciada pela alta inflação, desemprego, queda na renda e baixo nível de confiança.
Quanto às exigências para a liberação do crédito, a Abecip não acredita que os bancos vão ficar ainda mais exigentes para liberar o crédito. Para a associação, o ajuste mais significativo já ocorreu.
No ano passado, o número total de imóveis financiados caiu 6%, para 945 mil unidades. Mas o resultado é altamente influenciado pelo desempenho da habitação popular. Impulsionado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, o número de imóveis financiados com recursos do FGTS subiu 30%. Já os imóveis financiados com recursos da poupança caíram 37%.
Nessa modalidade, o empréstimo para a compra de usados sofreu mais que os destinados aos novos. Enquanto o crédito para a compra de usados caiu pela metade, o financiamento de imóveis novos recuou 10%.
"No caso dos imóveis novos, a decisão de compra é antiga. Para comprar um usado, o consumidor está postergando a decisão", diz Abreu.
A crise também elevou a taxa de inadimplência no setor. Os contratos com mais de três prestações em atraso atingiram 1,9% do total em 2015, ante 1,4% no ano anterior.
Fonte: Folha Online - 27/01/2016
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