<
Voltar para notícias
2631
pessoas já leram essa notícia
Dono da JBS vira réu em caso de fraude contra o sistema financeiro
Publicado em 27/01/2016
A Justiça Federal em São Paulo abriu processo contra nove pessoas ligadas à J&F, holding que controla o grupo JBS e o banco Original, e ao Banco Rural por crime contra o sistema financeiro.
Entre os réus no processo, estão Joesley Batista, um dos filhos do fundador da JBS que hoje preside a J&F e o conselho de administração da JBS, João Heraldo dos Santos Lima, presidente do Banco Rural, e Kátia Rabello, condenada no processo do mensalão e então presidente da Trapézio, controladora do Banco Rural.
A J&F diz que provará a inocência dos réus durante o processo. O Banco Rural não foi localizado (leia mais abaixo).
A denúncia, acatada no último dia 19, é de autoria do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira.
Segundo o Ministério Público Federal em São Paulo, eles participaram de uma sequência fraudulenta de operações financeiras e empréstimos bancários.
Conhecida como "troca de chumbo", a operação consiste em transações triangulares entre duas instituições diferentes e integrantes de diferentes grupos para emitir crédito a empresas que fazem parte desses mesmos grupos.
Empréstimos de uma instituição financeira a empresas controladas infringem as leis nº 4.595/64 e 7.492/86.
ENTENDA O CASO
Segundo a denúncia do MPF, o Banco Rural fez, no dia 22 de dezembro de 2011, operações de empréstimo no total de R$ 80 milhões a duas empresas do grupo de Batista (a holding J&F e a Flora, de higiene e limpeza), um dia depois de elas abrirem contas na instituição financeira.
Descontados impostos e taxas, a quantia de R$ 79,3 milhões foi "imediatamente" transferida do Banco Rural para as contas da J&F e da Flora no Banco Original, também controlado pela holding presidida por Batista, de acordo com a denúncia do MPF.
Quatro dias depois, a Trapézio, empresa presidida por Kátia Rabello, que também é acionista do Banco Rural, recebeu empréstimo no mesmo valor, de R$ 80 milhões, ao firmar contrato com o Banco Original. Na época, a instituição era presidida por Emerson Fernandes Loureiro.
Após os descontos implícitos na operação, a quantia de R$ 79,2 milhões foi transferida para a conta da Trapézio no Banco Simples, que faz parte do conglomerado financeiro do Banco Rural.
"Pela adoção dessa prática espúria, o Banco Original concedeu indiretamente empréstimo vedado às coligadas J&F Participações S.A. e Flora Produtos de Limpeza e Higiene S.A., integrantes do Grupo JBS. Por seu turno, o Banco Rural procedeu do mesmo modo em relação à empresa Trapézio S.A., sua holding controladora", diz trecho da denúncia.
DENUNCIADOS
Além de Joesley, João Heraldo e Kátia Rabello, foram denunciados por participação direta na suposta fraude o diretor financeiro da J&F, Antonio José Barbosa Guimarães, o presidente do Banco Original, Emerson Fernandes Loureiro, seu vice, José Eduardo Tobaldini Jardim, Plauto Gouveia, vice-presidente da Trapézio, o vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane, e o diretor financeiro da instituição, Wanmir Almeida Costa.
O caso veio à tona em fevereiro de 2014, quando a Polícia Federal indiciou 17 pessoas por crime financeiro na mesma investigação.
OUTRO LADO
A J&F divulgou nota ressaltando que a JBS nem nenhum de seus executivos têm relação com o processo aberto pela Justiça Federal. As ações da JBS caíram 7,3% nesta terça, afetadas pelo noticiário envolvendo a denúncia.
"O processo se refere a dois ex-executivos do Banco Original e dois atuais executivos da J&F Investimentos. Os denunciados sentem-se confiantes e preparados para, quando intimados, apresentar defesa provando sua inocência e a regularidade das operações financeiras", diz o texto da nota divulgada pela J&F.
A reportagem não conseguiu localizar representantes do Banco Rural, que está em liquidação extrajudicial, para comentar o episódio.
Entre os réus no processo, estão Joesley Batista, um dos filhos do fundador da JBS que hoje preside a J&F e o conselho de administração da JBS, João Heraldo dos Santos Lima, presidente do Banco Rural, e Kátia Rabello, condenada no processo do mensalão e então presidente da Trapézio, controladora do Banco Rural.
A J&F diz que provará a inocência dos réus durante o processo. O Banco Rural não foi localizado (leia mais abaixo).
A denúncia, acatada no último dia 19, é de autoria do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira.
Segundo o Ministério Público Federal em São Paulo, eles participaram de uma sequência fraudulenta de operações financeiras e empréstimos bancários.
Conhecida como "troca de chumbo", a operação consiste em transações triangulares entre duas instituições diferentes e integrantes de diferentes grupos para emitir crédito a empresas que fazem parte desses mesmos grupos.
Empréstimos de uma instituição financeira a empresas controladas infringem as leis nº 4.595/64 e 7.492/86.
ENTENDA O CASO
Segundo a denúncia do MPF, o Banco Rural fez, no dia 22 de dezembro de 2011, operações de empréstimo no total de R$ 80 milhões a duas empresas do grupo de Batista (a holding J&F e a Flora, de higiene e limpeza), um dia depois de elas abrirem contas na instituição financeira.
Descontados impostos e taxas, a quantia de R$ 79,3 milhões foi "imediatamente" transferida do Banco Rural para as contas da J&F e da Flora no Banco Original, também controlado pela holding presidida por Batista, de acordo com a denúncia do MPF.
Quatro dias depois, a Trapézio, empresa presidida por Kátia Rabello, que também é acionista do Banco Rural, recebeu empréstimo no mesmo valor, de R$ 80 milhões, ao firmar contrato com o Banco Original. Na época, a instituição era presidida por Emerson Fernandes Loureiro.
Após os descontos implícitos na operação, a quantia de R$ 79,2 milhões foi transferida para a conta da Trapézio no Banco Simples, que faz parte do conglomerado financeiro do Banco Rural.
"Pela adoção dessa prática espúria, o Banco Original concedeu indiretamente empréstimo vedado às coligadas J&F Participações S.A. e Flora Produtos de Limpeza e Higiene S.A., integrantes do Grupo JBS. Por seu turno, o Banco Rural procedeu do mesmo modo em relação à empresa Trapézio S.A., sua holding controladora", diz trecho da denúncia.
DENUNCIADOS
Além de Joesley, João Heraldo e Kátia Rabello, foram denunciados por participação direta na suposta fraude o diretor financeiro da J&F, Antonio José Barbosa Guimarães, o presidente do Banco Original, Emerson Fernandes Loureiro, seu vice, José Eduardo Tobaldini Jardim, Plauto Gouveia, vice-presidente da Trapézio, o vice-presidente do Banco Rural, Vinícius Samarane, e o diretor financeiro da instituição, Wanmir Almeida Costa.
O caso veio à tona em fevereiro de 2014, quando a Polícia Federal indiciou 17 pessoas por crime financeiro na mesma investigação.
OUTRO LADO
A J&F divulgou nota ressaltando que a JBS nem nenhum de seus executivos têm relação com o processo aberto pela Justiça Federal. As ações da JBS caíram 7,3% nesta terça, afetadas pelo noticiário envolvendo a denúncia.
"O processo se refere a dois ex-executivos do Banco Original e dois atuais executivos da J&F Investimentos. Os denunciados sentem-se confiantes e preparados para, quando intimados, apresentar defesa provando sua inocência e a regularidade das operações financeiras", diz o texto da nota divulgada pela J&F.
A reportagem não conseguiu localizar representantes do Banco Rural, que está em liquidação extrajudicial, para comentar o episódio.
Fonte: Folha Online - 26/01/2016
2631
pessoas já leram essa notícia
Notícias
- 25/11/2024 68,1 milhões de consumidores estavam inadimplentes em outubro
- Etanol se mostra como opção mais vantajosa que gasolina em 11 Estados e no DF
- Prevent Sênior, Amil e mais 12 planos são processados por práticas abusivas; veja lista
- Trabalhadores recebem primeira parcela do décimo terceiro nesta semana
- Pé-de-Meia: pagamento a estudantes começa nesta segunda
- Após Carrefour, Intermarché suspende venda de carne sul-americana na França
- Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano
- Juíza absolve acusados pela “lava jato” de abrir contas para lavagem de dinheiro
- Quais medidas devem ser incluídas no pacote de corte de gastos? Ex-diretor do BC analisa
- Terceira Turma reforma decisão que condenou plano de saúde a pagar exame realizado no exterior
- Plano de saúde é condenado por cancelamento de contrato de adolescente com TEA
Perguntas e Respostas
- Quanto tempo o nome fica cadastrado no SPC, SERASA e SCPC?
- A consulta ao SPC, SERASA ou SCPC é gratuita?
- Saiba quais os bens não podem ser penhorados para pagar dívidas
- Após quantos dias de atraso o credor pode inserir o nome do consumidor no SPC ou SERASA?
- Protesto de dívida prescrita é ilegal e dá direito a indenização por danos morais
- Como consultar SPC, SERASA ou SCPC?
- ACORDO - Em caso de acordo, após o pagamento da primeira parcela o credor é obrigado a tirar o nome do devedor dos cadastros de SPC e SERASA ou pode mantê-lo cadastrado até o pagamento da última parcela?
- CHEQUE – Não encontro à pessoa para qual passei um cheque que voltou por falta de fundos. O que posso fazer para pagar este cheque e regularizar minha situação?
- Problemas com dívidas? Dicas para você não entrar em desespero
- PROTESTO - Qual o prazo para o protesto de um cheque, nota promissória ou duplicata? O protesto renova o prazo de prescrição ou de inscrição no SPC e SERASA?
- O que o consumidor pode fazer quando seu nome continua incluído na SERASA ou no SPC após o pagamento de uma dívida ou depois de 5 anos?
- Cartão de Crédito: Procedimentos em caso de perda, roubo ou clonagem
- Posso ser preso por dívidas ?
- SPC e SERASA, como saber se seu nome está inscrito?
- Acordo – Paga a primeira parcela nome deve ser excluído dos cadastros negativos (SPC, SERASA, etc)