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Dividir a casa é tendência entre pessoas com mais de 30 anos
Publicado em 04/01/2016 , por PHILIPPE SCERB
Dividir a casa deixou de ser coisa de estudante. Hoje, proliferam-se nas grandes cidades as chamadas repúblicas tardias, formadas por pessoas mais velhas –de vinte e poucos anos até cinquentões.
Para dividir um teto, não precisa ser amigo nem ter o mesmo sangue. A maioria dos parceiros se conhece por meio de sites especializados (como o Moove In ) e grupos de redes sociais que fazem a ponte entre os interessados.
A publicitária Juliana Tonelli, 40, administra o "Dividir Apartamento SP", grupo no Facebook com mais de 49 mil membros. Ela sente um aumento recente no número de pessoas mais velhas procurando e oferecendo quartos na rede social.
Ela mesma é adepta da república tardia. Depois de dois anos alugando quartos da sua casa para estranhos em São Paulo, passou três meses nos Estados Unidos, voltou para a capital no ano passado e divide agora uma casa com outra pessoa na Granja Viana, em Cotia, Grande SP.
A publicitária Juliana Tonelli, 40, que divide uma casa na Granja Viana, em Cotia, Grande SP
A maioria dos que decidem viver em casas coletivas é motivada pela possibilidade de dividir as contas, da luz à internet, e pelo alto valor dos aluguéis, proporcionalmente mais caros para imóveis de um quarto –o preço médio do aluguel de unidades de um dormitório em São Paulo é R$ 2.900, quase o mesmo para apartamentos de dois quartos (R$ 3.076), segundo o portal VivaReal.
Nos grupos de redes sociais, a demanda costuma ser maior do que a oferta.
O designer Pedro Nekoi, 23, anunciou no Facebook que procura alguém para alugar um quarto no apartamento que ele divide com uma amiga na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.
Mesmo com várias exigências (o candidato deve ter interesses em comum com ele e a amiga e ser gay ou mulher), dois dias depois cinco interessados já tinham entrado em contato.
Para selecionar o companheiro ideal, ele combina um dia para a pessoa conhecer o apartamento e aproveita para conversar. A partir de perguntas sobre a rotina e os hábitos do candidato "já dá para sacar se o santo bate ou não", conta.
TENDÊNCIA
É difícil precisar a quantidade de pessoas que dividem apartamentos no Brasil –o mercado não é regulamentado e contratos de aluguel não incluem essa categoria. Dados do Censo de 2010 do IBGE apontam que 0,7% dos domicílios são compostos por duas ou mais pessoas sem parentesco (em 2000, eram 0,3%).
Para o arquiteto Guto Requena, as repúblicas tardias são tendência, e isso acontece não só pela economia –tanto de recursos quanto de dinheiro–, mas também porque compartilhar está na moda. "É uma mudança de comportamento. As pessoas estão valorizando mais as trocas culturais", diz.
Para o publicitário Felipe Pissardo, diretor da agência de pesquisa em comportamento e consumo Box 1824, há uma mudança de valores.
"A ideia de estar fixo em um lugar não é mais atrativa. Hoje, os jovens desejam mais ter mobilidade do que ter um bem", afirma. Esse é o caso de Juliana Tonelli.
Mas Augusto Cesar Calçado, 52, analista de sistemas, tem outro motivo para dividir a casa: "Poderia morar sozinho, mas é ruim não ter ninguém com quem conversar, dar e receber conselhos".
Ele mora com outras quatro pessoas, entre 24 e 49 anos, e não se incomoda com a diferença de idade. Pelo contrário: "Contribui para fortalecer os laços entre nós. É como se fosse uma família".
Geraldo Barbosa, 49, que mora com Calçado, concorda: "Tentamos jantar juntos todas as noites e às vezes assistir a um filme na sala. O único problema é encontrar um filme que agrade a todos".
Para não dar briga, segundo eles, cada um respeita o espaço do outro e há regras em relação à limpeza e à divisão da comida.
Para dividir um teto, não precisa ser amigo nem ter o mesmo sangue. A maioria dos parceiros se conhece por meio de sites especializados (como o Moove In ) e grupos de redes sociais que fazem a ponte entre os interessados.
A publicitária Juliana Tonelli, 40, administra o "Dividir Apartamento SP", grupo no Facebook com mais de 49 mil membros. Ela sente um aumento recente no número de pessoas mais velhas procurando e oferecendo quartos na rede social.
Ela mesma é adepta da república tardia. Depois de dois anos alugando quartos da sua casa para estranhos em São Paulo, passou três meses nos Estados Unidos, voltou para a capital no ano passado e divide agora uma casa com outra pessoa na Granja Viana, em Cotia, Grande SP.
A publicitária Juliana Tonelli, 40, que divide uma casa na Granja Viana, em Cotia, Grande SP
A maioria dos que decidem viver em casas coletivas é motivada pela possibilidade de dividir as contas, da luz à internet, e pelo alto valor dos aluguéis, proporcionalmente mais caros para imóveis de um quarto –o preço médio do aluguel de unidades de um dormitório em São Paulo é R$ 2.900, quase o mesmo para apartamentos de dois quartos (R$ 3.076), segundo o portal VivaReal.
Nos grupos de redes sociais, a demanda costuma ser maior do que a oferta.
O designer Pedro Nekoi, 23, anunciou no Facebook que procura alguém para alugar um quarto no apartamento que ele divide com uma amiga na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo.
Mesmo com várias exigências (o candidato deve ter interesses em comum com ele e a amiga e ser gay ou mulher), dois dias depois cinco interessados já tinham entrado em contato.
Para selecionar o companheiro ideal, ele combina um dia para a pessoa conhecer o apartamento e aproveita para conversar. A partir de perguntas sobre a rotina e os hábitos do candidato "já dá para sacar se o santo bate ou não", conta.
TENDÊNCIA
É difícil precisar a quantidade de pessoas que dividem apartamentos no Brasil –o mercado não é regulamentado e contratos de aluguel não incluem essa categoria. Dados do Censo de 2010 do IBGE apontam que 0,7% dos domicílios são compostos por duas ou mais pessoas sem parentesco (em 2000, eram 0,3%).
Para o arquiteto Guto Requena, as repúblicas tardias são tendência, e isso acontece não só pela economia –tanto de recursos quanto de dinheiro–, mas também porque compartilhar está na moda. "É uma mudança de comportamento. As pessoas estão valorizando mais as trocas culturais", diz.
Para o publicitário Felipe Pissardo, diretor da agência de pesquisa em comportamento e consumo Box 1824, há uma mudança de valores.
"A ideia de estar fixo em um lugar não é mais atrativa. Hoje, os jovens desejam mais ter mobilidade do que ter um bem", afirma. Esse é o caso de Juliana Tonelli.
Mas Augusto Cesar Calçado, 52, analista de sistemas, tem outro motivo para dividir a casa: "Poderia morar sozinho, mas é ruim não ter ninguém com quem conversar, dar e receber conselhos".
Ele mora com outras quatro pessoas, entre 24 e 49 anos, e não se incomoda com a diferença de idade. Pelo contrário: "Contribui para fortalecer os laços entre nós. É como se fosse uma família".
Geraldo Barbosa, 49, que mora com Calçado, concorda: "Tentamos jantar juntos todas as noites e às vezes assistir a um filme na sala. O único problema é encontrar um filme que agrade a todos".
Para não dar briga, segundo eles, cada um respeita o espaço do outro e há regras em relação à limpeza e à divisão da comida.
Fonte: Folha Online - 03/01/2016
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