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Banco Central diz que sua missão em 2016 é uma só: segurar a inflação
Publicado em 24/12/2015 , por EDUARDO CUCOLO
Dois dias após a presidente Dilma Rousseff pedir à sua nova equipe econômica para fazer o "que for preciso" para retomar o crescimento econômico, o Banco Central afirmou só ter um mandato, que é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda.
Ao apresentar as novas projeções para PIB e inflação em 2015 e 2016, o diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, afirmou nesta quarta-feira (23) que as taxas de juros vão subir quando e se o Copom (Comitê de Política Monetária) julgar necessário, mesmo em um ambiente de atividade fraca.
Disse ainda que a estratégia da instituição é restringir a inflação de 2016 ao limite de 6,5% e colocar o IPCA em 4,5% em 2017.
Questionado sobre pressões políticas para baixar juros, diante da queda na atividade e do aumento do desemprego, Altamir afirmou que a inflação é tão ruim ou pior que esses problemas.
"Se você conseguir fazer um ajuste e trazer a inflação para a meta, os ganhos para a sociedade são muito maiores", afirmou.
"O nosso mandato em relação à inflação é um só. É trazer a inflação para a meta. Temos determinação, compromisso, autonomia e instrumentos para agir. E vamos agir se necessário", disse o diretor.
Para o BC, apesar do aumento do desemprego, os reajuste salariais ainda representam uma ameaça à inflação.
DESEMPREGO
Altamir disse ainda que a inflação e outros fatores que causam incertezas, de natureza política e fiscal, atrapalham o processo de recuperação da economia.
"O empresário está louco para investir. O que a gente precisa é só recompor a confiança, tanto de consumidores quanto de empresas, para esse processo andar."
Sobre a possibilidade de moderar o ajuste fiscal e monetário para favorecer o crescimento, Altamir disse que o processo poderia ser "um pouco menos dolorido", mas implicaria em um período mais longo de sofrimento.
PROJEÇÕES
O diretor também foi questionado se as projeções do BC para inflação e PIB eram "realistas e factíveis" como pediu a presidente Dilma na segunda-feira (21) ao orientar a equipe econômica sobre a divulgação de metas.
De acordo com cálculos apresentados no Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quarta-feira pelo BC, a inflação no próximo ano deve bater em 6,2% frente um teto fixado em 6,5%. E a probabilidade dos indicadores de preços ultrapassarem esse limite é de 41%.
No mercado, a projeção já é de estouro desse limite pelo segundo ano consecutivo. Pelas contas do BC, o país fechará 2015 com uma inflação de 10,8%, a mais alta desde 2002.
A principal divergência, no entanto, se deu em relação à projeção do BC de queda do PIB de 1,9% em 2016, resultado bem inferior aos 2,8% esperados pelo mercado.
Altamir falou que as metas do BC são realistas e que a instituição não adota para si projeções de mercado.
Sobre a diferença em relação ao PIB, afirmou que uma queda dessa magnitude é significativa diante da retração de 3,6% esperada para 2015 e que não há muito espaço para cair mais.
Disse também que alguns fatores devem amenizar a retração do próximo ano, como o reajuste real do salário mínimo, com efeitos sobre benefícios sociais, e a queda da inflação.
Ao apresentar as novas projeções para PIB e inflação em 2015 e 2016, o diretor de Política Econômica do BC, Altamir Lopes, afirmou nesta quarta-feira (23) que as taxas de juros vão subir quando e se o Copom (Comitê de Política Monetária) julgar necessário, mesmo em um ambiente de atividade fraca.
Disse ainda que a estratégia da instituição é restringir a inflação de 2016 ao limite de 6,5% e colocar o IPCA em 4,5% em 2017.
Questionado sobre pressões políticas para baixar juros, diante da queda na atividade e do aumento do desemprego, Altamir afirmou que a inflação é tão ruim ou pior que esses problemas.
"Se você conseguir fazer um ajuste e trazer a inflação para a meta, os ganhos para a sociedade são muito maiores", afirmou.
"O nosso mandato em relação à inflação é um só. É trazer a inflação para a meta. Temos determinação, compromisso, autonomia e instrumentos para agir. E vamos agir se necessário", disse o diretor.
Para o BC, apesar do aumento do desemprego, os reajuste salariais ainda representam uma ameaça à inflação.
DESEMPREGO
Altamir disse ainda que a inflação e outros fatores que causam incertezas, de natureza política e fiscal, atrapalham o processo de recuperação da economia.
"O empresário está louco para investir. O que a gente precisa é só recompor a confiança, tanto de consumidores quanto de empresas, para esse processo andar."
Sobre a possibilidade de moderar o ajuste fiscal e monetário para favorecer o crescimento, Altamir disse que o processo poderia ser "um pouco menos dolorido", mas implicaria em um período mais longo de sofrimento.
PROJEÇÕES
O diretor também foi questionado se as projeções do BC para inflação e PIB eram "realistas e factíveis" como pediu a presidente Dilma na segunda-feira (21) ao orientar a equipe econômica sobre a divulgação de metas.
De acordo com cálculos apresentados no Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quarta-feira pelo BC, a inflação no próximo ano deve bater em 6,2% frente um teto fixado em 6,5%. E a probabilidade dos indicadores de preços ultrapassarem esse limite é de 41%.
No mercado, a projeção já é de estouro desse limite pelo segundo ano consecutivo. Pelas contas do BC, o país fechará 2015 com uma inflação de 10,8%, a mais alta desde 2002.
A principal divergência, no entanto, se deu em relação à projeção do BC de queda do PIB de 1,9% em 2016, resultado bem inferior aos 2,8% esperados pelo mercado.
Altamir falou que as metas do BC são realistas e que a instituição não adota para si projeções de mercado.
Sobre a diferença em relação ao PIB, afirmou que uma queda dessa magnitude é significativa diante da retração de 3,6% esperada para 2015 e que não há muito espaço para cair mais.
Disse também que alguns fatores devem amenizar a retração do próximo ano, como o reajuste real do salário mínimo, com efeitos sobre benefícios sociais, e a queda da inflação.
Fonte: Folha Online - 23/12/2015
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