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Brasil cai em ranking de IDH e fica atrás de Sri Lanka
Publicado em 15/12/2015 , por ISABEL VERSIANI
O Brasil caiu uma posição no ranking global do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em 2014, ano em que a estagnação da economia levou a uma retração da renda por habitante no país.
De um total de 188 países avaliados, o Brasil ficou na 75ª colocação. Em termos absolutos, o índice brasileiro melhorou, mas o país foi superado na classificação por Sri Lanka, que no ano anterior estava empatado na 74ª posição.
Apurado por uma equipe do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o IDH reúne indicadores de expectativa de vida ao nascer, escolaridade e renda per capita. Quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento.
O IDH do Brasil ficou em 0,755 no ano passado, enquanto no ano anterior o número havia sido de 0,752. No período, os indicadores de expectativa de vida e de escolaridade do país continuaram a trajetória de melhora verificada desde 1990, quando o índice foi divulgado pela primeira vez, mas a renda per capita caiu.
Apenas 19 países não tiveram progresso no IDH no ano. No geral, trata-se de países que estão nos extremos do ranking –como Dinamarca (4ª posição) e Guiné (182ª)– ou que enfrentam guerras ou crises econômicas e políticas –como Síria (134ª), Iraque (121ª) e Venezuela (71ª). A lista foi mais uma vez liderada pela Noruega. O último colocado foi o país africano Níger.
A coordenadora do Atlas do Desenvolvimento no Pnud no Brasil, Andréa Bolzon, afirmou que, diante da retração da economia brasileira observada este ano, é possível que o indicador global do país sofra uma piora. "Vai ter um reflexo na renda, o que pode puxar os outros indicadores para baixo."
Ela frisou que o fato de o Brasil ter melhorado seu índice no ano passado demonstra a "resiliência" das famílias, o que atribuiu à rede de proteção social do país –o relatório do IDH destaca o Bolsa Família, recomendando que o programa seja replicado em outros países.
Bolzon destacou, ainda, que o IDH é mais influenciado por indicadores estruturais, que demoram algum tempo para sofrer variações significativas. De 1990 a 2014, o IDH do Brasil cresceu a uma taxa média anual de 0,91%, passando de 0,608 para o patamar atual. Foi o maior crescimento da América do Sul, Em 2014, a alta foi de 0,40%.
O Pnud divulga também um IDH que incorpora o impacto da desigualdade sobre o desenvolvimento. Com esse ajuste, o Brasil cai 20 posições no ranking e seu indicador fica em 0,587.
TRABALHO
Paralelamente à divulgação do índice, o relatório anual do IDH também discute questões específicas relacionadas ao desenvolvimento humano. Neste ano, o tema foi o trabalho. Segundo o documento, atualmente há cerca de 204 milhões de desempregados no mundo e 1,5 bilhão de pessoas estão em trabalhos considerados vulneráveis (em geral, informais).
O relatório afirma que, para aumentar o desenvolvimento por meio do trabalho, as políticas públicas devem se concentrar em criar oportunidades de emprego, assegurar o bem estar dos trabalhadores e adotar ações focalizadas em grupos específicos, como os jovens.
Ao mesmo tempo, reconhece que as relações de emprego estão mudando e se tornando menos estáveis e duradouras, e que os países precisam construir um novo contrato social que proteja os trabalhadores nesse cenário.
De um total de 188 países avaliados, o Brasil ficou na 75ª colocação. Em termos absolutos, o índice brasileiro melhorou, mas o país foi superado na classificação por Sri Lanka, que no ano anterior estava empatado na 74ª posição.
Apurado por uma equipe do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o IDH reúne indicadores de expectativa de vida ao nascer, escolaridade e renda per capita. Quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento.
O IDH do Brasil ficou em 0,755 no ano passado, enquanto no ano anterior o número havia sido de 0,752. No período, os indicadores de expectativa de vida e de escolaridade do país continuaram a trajetória de melhora verificada desde 1990, quando o índice foi divulgado pela primeira vez, mas a renda per capita caiu.
Apenas 19 países não tiveram progresso no IDH no ano. No geral, trata-se de países que estão nos extremos do ranking –como Dinamarca (4ª posição) e Guiné (182ª)– ou que enfrentam guerras ou crises econômicas e políticas –como Síria (134ª), Iraque (121ª) e Venezuela (71ª). A lista foi mais uma vez liderada pela Noruega. O último colocado foi o país africano Níger.
A coordenadora do Atlas do Desenvolvimento no Pnud no Brasil, Andréa Bolzon, afirmou que, diante da retração da economia brasileira observada este ano, é possível que o indicador global do país sofra uma piora. "Vai ter um reflexo na renda, o que pode puxar os outros indicadores para baixo."
Ela frisou que o fato de o Brasil ter melhorado seu índice no ano passado demonstra a "resiliência" das famílias, o que atribuiu à rede de proteção social do país –o relatório do IDH destaca o Bolsa Família, recomendando que o programa seja replicado em outros países.
Bolzon destacou, ainda, que o IDH é mais influenciado por indicadores estruturais, que demoram algum tempo para sofrer variações significativas. De 1990 a 2014, o IDH do Brasil cresceu a uma taxa média anual de 0,91%, passando de 0,608 para o patamar atual. Foi o maior crescimento da América do Sul, Em 2014, a alta foi de 0,40%.
O Pnud divulga também um IDH que incorpora o impacto da desigualdade sobre o desenvolvimento. Com esse ajuste, o Brasil cai 20 posições no ranking e seu indicador fica em 0,587.
TRABALHO
Paralelamente à divulgação do índice, o relatório anual do IDH também discute questões específicas relacionadas ao desenvolvimento humano. Neste ano, o tema foi o trabalho. Segundo o documento, atualmente há cerca de 204 milhões de desempregados no mundo e 1,5 bilhão de pessoas estão em trabalhos considerados vulneráveis (em geral, informais).
O relatório afirma que, para aumentar o desenvolvimento por meio do trabalho, as políticas públicas devem se concentrar em criar oportunidades de emprego, assegurar o bem estar dos trabalhadores e adotar ações focalizadas em grupos específicos, como os jovens.
Ao mesmo tempo, reconhece que as relações de emprego estão mudando e se tornando menos estáveis e duradouras, e que os países precisam construir um novo contrato social que proteja os trabalhadores nesse cenário.
Fonte: Folha Online - 14/12/2015
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