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Banco Central sinaliza alta dos juros para evitar que inflação supere teto
Publicado em 04/12/2015 , por EDUARDO CUCOLO e GUSTAVO PATU
Depois de desistir de cumprir o centro da meta de 4,5% de inflação em 2016, o Banco Central prometeu atuar "de forma contundente" para evitar que a alta de preços ultrapasse o teto de 6,5% no próximo ano.
Isso significa que a taxa básica de juros, em 14,25% ao ano desde o fim de junho, tende a subir em 2016.
De acordo com a ata da mais recente reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta quinta-feira (3), os diretores do Banco Central deixaram claro que, mesmo que o ajuste fiscal fracasse, os juros serão elevados, se necessário, para evitar que a inflação ultrapasse o teto em 2016 e chegue a 4,5% em 2017.
As expectativas do mercado para a inflação de 2016 hoje oscilam em torno de 6,64%, o que torna mais provável um aumento dos juros.
Após a divulgação do documento, durante evento em São Paulo, o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Tony Volpon, afirmou que há "uma preocupante alta nas expectativas de inflação".
Disse ainda que a superação do nível de 10% prevista para este ano (as mais recentes estimativas do mercado apontam IPCA de 10,38%) tem uma carga simbólica que não deve ser ignorada e pode incentivar um comportamento mais defensivo por meio da indexação de preços.
DISCIPLINA
Sobre o ceticismo do mercado em relação à possibilidade de a instituição alcançar esses objetivos, afirmou "rechaçar veementemente" a hipótese de "uma suposta falta de disposição do BC em cumprir sua missão".
"Eu acredito que temos de agir e responder de forma contundente e tempestiva para retomar o processo de ancoragem das expectativas inflacionárias e disciplinar o processo de formação de preços", afirmou o diretor.
Volpon disse ainda que "um ajuste monetário eficiente" vai contribuir para a retomada da economia, pois o controle efetivo da inflação é condição necessária para a recuperação do crescimento.
AUMENTO IMEDIATO
Na decisão da semana passada, quando a taxa Selic foi mantida em 14,25% ao ano, dois diretores votaram pelo aumento dos juros. Além de Volpon, o diretor Sidnei Corrêa Marques (Organização do Sistema Financeiro) queria a elevação para 14,75% ao ano.
Segundo a ata, para os dois "seria oportuno ajustar, de imediato, as condições monetárias, de modo a reduzir os riscos de não cumprimento" da meta.
"No entanto, a maioria dos membros do Copom considerou monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião [nos dias 19 e 20 de janeiro] para, então, definir os próximos passos na sua estratégia", diz o documento do Copom.
A instituição afirmou ainda que adotará as medidas necessárias para trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016 e para chegar a 4,5% em 2017.
O documento afirma ainda que as projeções de inflação para 2015 e 2016 se elevaram desde a reunião anterior, no final de outubro, e que projeta que ela se aproximará dos 4,5%, superados desde 2010, em 2017.
Conforme reportagem da Folha de terça (1º), assessores presidenciais não descartam um aumento de juros em janeiro. Uma eventual alta da taxa é vista com ressalvas e críticas pela área política do governo, que teme agravamento da recessão no país.
Isso significa que a taxa básica de juros, em 14,25% ao ano desde o fim de junho, tende a subir em 2016.
De acordo com a ata da mais recente reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta quinta-feira (3), os diretores do Banco Central deixaram claro que, mesmo que o ajuste fiscal fracasse, os juros serão elevados, se necessário, para evitar que a inflação ultrapasse o teto em 2016 e chegue a 4,5% em 2017.
As expectativas do mercado para a inflação de 2016 hoje oscilam em torno de 6,64%, o que torna mais provável um aumento dos juros.
Após a divulgação do documento, durante evento em São Paulo, o diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Tony Volpon, afirmou que há "uma preocupante alta nas expectativas de inflação".
Disse ainda que a superação do nível de 10% prevista para este ano (as mais recentes estimativas do mercado apontam IPCA de 10,38%) tem uma carga simbólica que não deve ser ignorada e pode incentivar um comportamento mais defensivo por meio da indexação de preços.
DISCIPLINA
Sobre o ceticismo do mercado em relação à possibilidade de a instituição alcançar esses objetivos, afirmou "rechaçar veementemente" a hipótese de "uma suposta falta de disposição do BC em cumprir sua missão".
"Eu acredito que temos de agir e responder de forma contundente e tempestiva para retomar o processo de ancoragem das expectativas inflacionárias e disciplinar o processo de formação de preços", afirmou o diretor.
Volpon disse ainda que "um ajuste monetário eficiente" vai contribuir para a retomada da economia, pois o controle efetivo da inflação é condição necessária para a recuperação do crescimento.
AUMENTO IMEDIATO
Na decisão da semana passada, quando a taxa Selic foi mantida em 14,25% ao ano, dois diretores votaram pelo aumento dos juros. Além de Volpon, o diretor Sidnei Corrêa Marques (Organização do Sistema Financeiro) queria a elevação para 14,75% ao ano.
Segundo a ata, para os dois "seria oportuno ajustar, de imediato, as condições monetárias, de modo a reduzir os riscos de não cumprimento" da meta.
"No entanto, a maioria dos membros do Copom considerou monitorar a evolução do cenário macroeconômico até sua próxima reunião [nos dias 19 e 20 de janeiro] para, então, definir os próximos passos na sua estratégia", diz o documento do Copom.
A instituição afirmou ainda que adotará as medidas necessárias para trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016 e para chegar a 4,5% em 2017.
O documento afirma ainda que as projeções de inflação para 2015 e 2016 se elevaram desde a reunião anterior, no final de outubro, e que projeta que ela se aproximará dos 4,5%, superados desde 2010, em 2017.
Conforme reportagem da Folha de terça (1º), assessores presidenciais não descartam um aumento de juros em janeiro. Uma eventual alta da taxa é vista com ressalvas e críticas pela área política do governo, que teme agravamento da recessão no país.
Fonte: Folha Online - 04/12/2015
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