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Governo federal tem deficit inédito de R$ 12,3 bilhões em outubro
Publicado em 27/11/2015 , por ISABEL VERSIANI
Pressionadas pela queda da arrecadação de tributos e pelo aumento das despesas previdenciárias, as contas do governo federal fecharam outubro com um deficit recorde, de R$ 12,3 bilhões.
O segundo maior deficit foi registrado em 1998, quando o saldo foi negativo em R$ 1,5 bilhão (valor não corrigido pela inflação). Em outubro de 2014, a União havia registrado um superavit primário de R$ 4 bilhões no mês.
O resultado, divulgado nesta quinta-feira (26), elevou para R$ 33 bilhões o rombo acumulado pelo governo no ano, quase três vezes o valor registrado no mesmo período de 2014: R$ 11,6 bilhões.
As contas no vermelho obrigam o governo a aumentar seu endividamento, buscando financiamento no mercado para cobrir o saldo.
"É uma trajetória ainda não positiva", resumiu o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive.
Ele afirmou que os números mostram a importância de o setor público conter o crescimento das suas despesas obrigatórias, por meio de uma reforma na Previdência.
No ano, a Previdência acumula um deficit de R$ 75,8 bilhões, 34% superior em termos reais (já descontada a inflação) ao saldo negativo do mesmo período de 2014.
Em outubro, essa tendência de alta do rombo foi aprofundada por uma mudança no calendário de pagamentos do 13º salário dos beneficiários do INSS. No mês foi paga a primeira parcela do adiantamento do 13º, que normalmente ocorria em setembro.
Com isso, o deficit previdenciário aumentou em seis vezes na comparação no mês.
PEDALADAS
A maioria das despesas do governo acumulou queda real (descontada a inflação) no ano. A principal exceção foram os gastos com o pagamento de subsídios, que aumentaram 167%, para R$ 23,1 bilhões, inflados pelo pagamento de parte das chamadas pedaladas fiscais —dívidas do Tesouro junto aos bancos estatais.
As despesas com obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) recuaram 41% —já descontada a inflação—, para R$ 33,8 bilhões neste ano. Os gastos com os demais gastos não obrigatórios tiveram queda de 10,4%.
READEQUAÇÃO
Saintive afirmou que os números mostram o esforço do governo em fazer a sua parte para o ajuste, mas reconheceu que esse processo envolve o atraso de pagamentos devidos a fornecedores.
"Quando o país passa por uma situação fiscal como a que estamos vivendo, de fato existe uma readequação das despesas, há um reescalonamento e uma revisão de contratos", afirmou o secretário, ao responder a uma pergunta sobre os atrasos nos pagamentos.
"Isso faz parte um pouco do ajuste necessário no atual momento. Mas, sem dúvida nenhuma, assim como na questão dos subsídios, estamos tentando quitar todas as dívidas que o governo possui", disse.
O segundo maior deficit foi registrado em 1998, quando o saldo foi negativo em R$ 1,5 bilhão (valor não corrigido pela inflação). Em outubro de 2014, a União havia registrado um superavit primário de R$ 4 bilhões no mês.
O resultado, divulgado nesta quinta-feira (26), elevou para R$ 33 bilhões o rombo acumulado pelo governo no ano, quase três vezes o valor registrado no mesmo período de 2014: R$ 11,6 bilhões.
As contas no vermelho obrigam o governo a aumentar seu endividamento, buscando financiamento no mercado para cobrir o saldo.
"É uma trajetória ainda não positiva", resumiu o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive.
Ele afirmou que os números mostram a importância de o setor público conter o crescimento das suas despesas obrigatórias, por meio de uma reforma na Previdência.
No ano, a Previdência acumula um deficit de R$ 75,8 bilhões, 34% superior em termos reais (já descontada a inflação) ao saldo negativo do mesmo período de 2014.
Em outubro, essa tendência de alta do rombo foi aprofundada por uma mudança no calendário de pagamentos do 13º salário dos beneficiários do INSS. No mês foi paga a primeira parcela do adiantamento do 13º, que normalmente ocorria em setembro.
Com isso, o deficit previdenciário aumentou em seis vezes na comparação no mês.
PEDALADAS
A maioria das despesas do governo acumulou queda real (descontada a inflação) no ano. A principal exceção foram os gastos com o pagamento de subsídios, que aumentaram 167%, para R$ 23,1 bilhões, inflados pelo pagamento de parte das chamadas pedaladas fiscais —dívidas do Tesouro junto aos bancos estatais.
As despesas com obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) recuaram 41% —já descontada a inflação—, para R$ 33,8 bilhões neste ano. Os gastos com os demais gastos não obrigatórios tiveram queda de 10,4%.
READEQUAÇÃO
Saintive afirmou que os números mostram o esforço do governo em fazer a sua parte para o ajuste, mas reconheceu que esse processo envolve o atraso de pagamentos devidos a fornecedores.
"Quando o país passa por uma situação fiscal como a que estamos vivendo, de fato existe uma readequação das despesas, há um reescalonamento e uma revisão de contratos", afirmou o secretário, ao responder a uma pergunta sobre os atrasos nos pagamentos.
"Isso faz parte um pouco do ajuste necessário no atual momento. Mas, sem dúvida nenhuma, assim como na questão dos subsídios, estamos tentando quitar todas as dívidas que o governo possui", disse.
Fonte: Folha Online - 26/11/2015
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