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Inflação na cozinha faz prato feito ficar mais caro e pesar no bolso
Publicado em 23/11/2015 , por BRUNO VILLAS BÔAS
Com o impacto das chuvas e do câmbio, o custo para preparar um prato básico dos brasileiros com arroz, feijão, bife e batata frita aumentou acima da média dos preços da economia.
Levantamento da Fundação Getulio Vargas feito a pedido da Folha mostra que a "inflação da cozinha" foi de 12,51% em 12 meses até outubro, o avanço mais rápido para o período desde 2012, quando ficou em 17,31%.
Para formular o índice, considerou-se a variação dos preços de dez itens necessários para o prato feito, ponderados pelo peso dos produtos na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).
Esse avanço de 12,51% é maior até mesmo do que o da alimentação fora de casa, que teve alta de 10,77% no mesmo período, segundo dados do IPCA, índice oficial de inflação do IBGE.
O avanço foi mais rápido também que o da inflação do país –o IPCA avançou 9,93% em um ano até outubro.
O preço dos alimentos subiu bastante por uma combinação de clima menos favorável para a agricultura –com estiagem e fortes chuvas– e da alta do dólar."Por serem perecíveis e, muitas vezes, cotados em dólar no mercado internacional, o repasse do câmbio nos alimentos é rápido e intenso", diz Rodrigo Alves de Melo, economista da Icatu Vanguarda.
Na lista, alguns itens tiveram aumento ainda maior. O preço do feijão-carioca –comum em São Paulo e pouco consumido no Rio– subiu 31,5%, segundo dados da FGV.
A pesquisa incluiu também o feijão-preto, mais consumido em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Neste caso, o preço caiu 5,22% em 12 meses até outubro.
CARNE SALGADA
O maior impacto veio da carne salgada, o item mais caro no prato feito do brasileiro. O preço subiu 17,89% no acumulado dos últimos 12 meses.
"Com a alta do dólar, ficou mais atraente para os frigoríficos exportar, o que afeta o preço da carne no mercado interno", afirma André Braz, economista do Ibre (Instituto de Economia da FGV).
Único item não alimentício da lista, o gás de botijão ficou 20,47% mais caro no período, por causa do reajuste autorizado pela Petrobras nas refinarias em setembro.
Como os alimentos fazem parte dos itens mais básicos, as vendas foram menos afetadas pela crise. Cortar alimentos é a última opção dos consumidores.
A advogada Flavia Vidigal, 31, e o marido fazem pelo menos três refeições por semana em casa, no Rio."O mercado ficou mais caro com a inflação, mas não tive como me adaptar. Comer na rua também ficou caro e evito."
Para economistas, os alimentos devem continuar pressionando o IPCA até o fim do ano, por causa do câmbio e da entressafra de produtos.
Levantamento da Fundação Getulio Vargas feito a pedido da Folha mostra que a "inflação da cozinha" foi de 12,51% em 12 meses até outubro, o avanço mais rápido para o período desde 2012, quando ficou em 17,31%.
Para formular o índice, considerou-se a variação dos preços de dez itens necessários para o prato feito, ponderados pelo peso dos produtos na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).
Esse avanço de 12,51% é maior até mesmo do que o da alimentação fora de casa, que teve alta de 10,77% no mesmo período, segundo dados do IPCA, índice oficial de inflação do IBGE.
O avanço foi mais rápido também que o da inflação do país –o IPCA avançou 9,93% em um ano até outubro.
O preço dos alimentos subiu bastante por uma combinação de clima menos favorável para a agricultura –com estiagem e fortes chuvas– e da alta do dólar."Por serem perecíveis e, muitas vezes, cotados em dólar no mercado internacional, o repasse do câmbio nos alimentos é rápido e intenso", diz Rodrigo Alves de Melo, economista da Icatu Vanguarda.
Na lista, alguns itens tiveram aumento ainda maior. O preço do feijão-carioca –comum em São Paulo e pouco consumido no Rio– subiu 31,5%, segundo dados da FGV.
A pesquisa incluiu também o feijão-preto, mais consumido em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Neste caso, o preço caiu 5,22% em 12 meses até outubro.
CARNE SALGADA
O maior impacto veio da carne salgada, o item mais caro no prato feito do brasileiro. O preço subiu 17,89% no acumulado dos últimos 12 meses.
"Com a alta do dólar, ficou mais atraente para os frigoríficos exportar, o que afeta o preço da carne no mercado interno", afirma André Braz, economista do Ibre (Instituto de Economia da FGV).
Único item não alimentício da lista, o gás de botijão ficou 20,47% mais caro no período, por causa do reajuste autorizado pela Petrobras nas refinarias em setembro.
Como os alimentos fazem parte dos itens mais básicos, as vendas foram menos afetadas pela crise. Cortar alimentos é a última opção dos consumidores.
A advogada Flavia Vidigal, 31, e o marido fazem pelo menos três refeições por semana em casa, no Rio."O mercado ficou mais caro com a inflação, mas não tive como me adaptar. Comer na rua também ficou caro e evito."
Para economistas, os alimentos devem continuar pressionando o IPCA até o fim do ano, por causa do câmbio e da entressafra de produtos.
Fonte: Folha Online - 22/11/2015
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